01
fevereiro
Ponderação com Janielson Santos
Tomam posse hoje em assembleias estaduais, Câmara Federal e Senado, os aprovados pelo povo em 2018. Consequentemente, os rejeitados nas urnas estão oficialmente ‘desempregados’ dos cargos eletivos.
Numa lista extensa de políticos reprovados, está um velho conhecido do eleitor santa-cruzense e personagem central em algumas coberturas jornalísticas que fiz e guardo na memória, com relativo carinho: Armando Monteiro Neto.
Era Armando Monteiro o pré-candidato ao governo do estado de Pernambuco, em janeiro de 2014, quando participei, pela primeira vez como repórter, de uma coletiva de imprensa.
O evento na Câmara de Vereadores, lotado de simpatizantes, trazia naquele momento um dissidente recente do então governador Eduardo Campos, autoridade máxima e quase incontestado até então.
Na oportunidade, fui o segundo repórter a perguntar e meus questionamentos foram: ‘como se contrapor a um projeto de governo, quando há bem pouco tempo era da base e, pela relativa demora a visitar a cidade (a anterior tinha sido em 2012, coincidentemente durante campanha eleitoral) não tinha medo de ficar conhecido como político que só surge na cidade por voto?’.
Diante de uma platéia recheada, o senador não perdeu a oportunidade. Respondeu de forma demorada, pausada e contundente, para delírio da torcida presente, em vaias calorosas para o iniciante repórter, a cada término de frase. Dentre tantas de efeito, Armando soltou que “não precisava assinar cartão de ponto em Santa Cruz do Capibaribe”.
Numa cidade dividida politicamente, Armando alcançou sempre números expressivos. Em 2018 conseguiu a façanha de obter o apoio de líderes rivais (Edson Vieira e Zé Augusto). É, sem dúvida, um dos políticos mais votados na história do município.
Mesmo com a marca eterna de ter sido o político com duas derrotas seguidas para o governo do estado, guardará no currículo uma trajetória de vitórias, sendo eleito, até o momento, três vezes deputado federal e senador da república.
Teremos tempo de avaliações futuras de todos que estão iniciando suas funções, nesta sexta-feira. Com Armando, cada pernambucano (em especial o santa-cruzense) já pode fazer uma retrospectiva na memória, resgatar aquilo que o povo da Capital da Moda lhe ofereceu e a contrapartida ofertada em trabalhos, para uma análise definitiva. Fique à vontade para aplaudir ou vaiar.
As opiniões e informações aqui expressas são de responsabilidade de seu idealizador
24
janeiro
As curtinhas do Romenyck Stiffen
Fora: O Governo Edson Viera (PSDB) fez mudanças e remanejamentos em seu secretariado, além de segundo e terceiro escalão. As alterações concretizaram a saída do PCdoB do governo municipal.
A cara: O PCdoB foi por bom tempo, através de Paulinho Coelho, Iana e Tito, a cara das políticas públicas voltadas para mulher e juventude na gestão Vieira, pois ficaram à frente das Coordenadorias da Mulher e Juventude.
Desembarque: Em conversa com o presidente do PCdoB municipal, Paulinho Coelho, ele relatou que desde janeiro de 2018 os membros da sigla, que faziam parte do governo, procuraram a gestão para desembarcar da administração. As alegações teriam sido: ‘Não compor o projeto de Alessandra e a ligação da sigla com o Governo do Estado’. Contudo, se mantiveram, até então, a pedido da própria gestão, que pediu uma espécie de tempo para busca dos substitutos.
Oposição?: Apesar de estarem de fora da administração, os mesmos não se colocam como oposição ao Governo Vieira, pois acreditam ser incoerente, já que acabaram de sair. Contudo, os mesmos entendem que a relação fica complicada, devido às adversidades entre governo Municipal e Estadual, já que a sigla é base do Governo Estadual, tendo Luciana Santos (PCdoB), na vice.
Os nortes: Segundo Paulinho, a sigla está em processo de conferência extraordinária, construção de um núcleo regional do partido no Agreste e sentarão com a direção estadual para entender a orientação para o futuro.
Cauteloso: Com o fim das coligações, referente às eleições proporcionais, Paulinho se mostrou cauteloso em relação ao posicionamento do partido para 2020. Segundo o presidente da sigla, cada passo tem que ser tomado com muito cuidado.
24
janeiro
Resumório! – A coluna do professor Tenório
JOÃO E MARIA – Até a última segunda-feira, recebi a informação não oficial que o pagamento do salário de dezembro dos professores do município estava na letra J. Pelo menos os Joões estão felizes, as Marias ainda não. Férias é muito bom, mas liso nem tanto assim.
AINDA NÃO – Reza a lenda que nesta quarta-feira (23) todos os professores efetivos receberiam o salário de dezembro. Chegar o dia 23 de janeiro sem receber o salário de dezembro é tão irritante quanto a voz de Paula do BBB. É uma situação difícil, tomara que se resolva rápido, feito o discurso de Bolsonaro em Davos.
BLACK FRIDAY DE IPTU – O ex-prefeito de Toritama, Odon Ferreira, além de uma grande bronca com o aluguel de um imóvel que está lhe rendendo uma boa dor de cabeça, também inventou uma verdadeira Black Friday de IPTU, principalmente durante o mês de outubro de 2016 lá na capital do jeans. Os descontos chegavam a mais de 70%. Como os descontos não tinham amparo legal e não eram iguais para toda população, mais uma bronca para o bigOdon encarar na justiça.
A PEDRA – Até o momento, o prefeito de Toritama, Edilson Tavares, é um dos poucos prefeitos da região com elevada aprovação de sua gestão, sem nenhuma pedra no sapato para lhe atrapalhar. No sapato não, só no meio de uma rua. O prefeito calçou uma rua, deixando uma enorme pedra no meio da pavimentação. Eu nunca tinha visto algo parecido. O homem consegue construir três grandes escolas em tempo recorde e não conseguiu retirar uma pedra do caminho para pavimentar uma rua.
NO ESCURO – No futebol das celebridades políticas, o prefeito Edson Vieira, o vice-prefeito Dida de Nan e um secretário de governo se reuniram no meio do campo durante um dos apagões de segunda-feira para uma conversa rápida no escuro. A última vez que fizeram uma reunião no escuro foi na casa de Nanau para tratar da eleição de Helinho para presidência da câmara de vereadores. Naquela ocasião, deu um pra trás danado. Tomara que dessa vez dê certo, seja lá o que estavam resolvendo.
O LIVRO – Encontrei um aliado de Diogo MORAES, que veio me falar de um livro que traria pra mim. Fiquei feliz, na verdade, emocionado, achando que se tratava do valiosíssimo livro da biografia de Miguel Arraes. Pena que era um livro que eu havia emprestado faz um tempão.
CONTA RACHADA – “A conta do almoço de Rodrigo Maia com a bancada pernambucana, realizado em um restaurante de um empresarial famoso no Pina, teve a sua conta rachada pelos parlamentos. Cada deputado pagou a sua. Quase isso. Teve gente que saiu de fininho na hora de passar o cartão”. Esse texto foi escrito por um blogueiro da capital, mas parece coisa de Resumório. Os caras têm um cartão coorporativo, é tudo pago por nossa conta no fim das contas e ainda saem de fininho para não pagar o próprio almoço.
BLOQUEADOS – A justiça determinou novo bloqueio de bens do ex-prefeito Toinho do Pará, ele iguala Edson Vieira, os dois são bi bloqueados. A justiça também determinou o bloqueio de bens da ex-secretária de “educação”, Socorro Maia. No final das contas, ou teremos uma cidade de injustiçados ou de maus gestores. Eu nunca tinha visto tanto bloqueio de bens na minha vida.
ENQUETE MENTAL – Quando alguém falar de bloqueado nas redes sociais ou em alguma emissora de rádio da cidade estará se referindo a Edson Vieira, José Augusto Maia, Toinho do Pará, Socorro Maia ou a todos?
É A MÃE – Já o vereador Ernesto Maia, caso ele continue pegando no pé do prefeito Edson Vieira chamando-o de bloqueado, corre o risco de algum apaixonado pelo lado azul dizer: “é a mãe”. Era assim que se respondiam as ofensas mal educadamente.
FARRA DAS CPI´s – Na primeira reunião ordinária de 2019 da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Capibaribe já teremos a abertura de uma CPI. Mais duas estão encangadas e a líder do governo, Jéssyca Cavalcanti, ainda lembra de mais uma, aquela dos teclados. Se alguma coisa vai ser resolvida eu não sei, só sei que poderemos ter uma verdadeira farra das CPI´s nos próximos dois anos.
DIRETO DA REDE – “Escândalo com o Flávio Bolsonaro parece caixa de lenço de papel: Você puxa um e logo vem quatro”.
“Não me queiram mal. Apenas pensem nisso, enquanto lhes digo que fica o dito para ser rido.”
16
janeiro
Resumório! – A coluna do professor Tenório
LITORAL E PROCISSÃO –Depois de tanto ouvir que o nome dela é Jenifer, que meninos vestem azul e meninas vestem rosa, que arma em casa é risco para criança tanto quanto liquidificador, estamos de volta com informações sobre os bastidores da política colhidas no litoral e procissão.
SANTO AMARO – No caso específico da procissão de Santo Amaro em Taquaritinga do Norte ocorrida terça-feira (15), muitos fiéis e poucos políticos. Quando não é ano de eleição, eles adoecem, têm compromisso em pleno mês de janeiro etc. Quando o ano é de eleição, todos estão lá, debaixo de chuva e caminhando quilômetros perto do andor.
QUENTE – E a notícia mais quente da Festa de Santo Amaro na fria Taquaritinga do Norte foi os trinta e nove graus de febre do Deputado Federal Ricardo Teobaldo que o impossibilitou de seguir a procissão. O negócio ficou ainda mais quente quando o deputado se encontrou com a comitiva de Fernando Aragão e conversaram um pouco sobre a eleição 2020.
PRESENÇA – A parte do TRABALHO e do CORAÇÃO eu não sei, mas a deputada Alessandra Vieira marca PRESENÇA em todas as festas dos padroeiros da região. Teve cidade que foi a única deputada participando das festividades. Ou ela é devota de muitos santos, ou está mandando recando para quem é AUSENTE demais, ou está apenas cumprindo o que prometeu em campanha: ser presente.
LITORAL – Enquanto tem prefeito curtindo vários dias de folga (merecidamente) no litoral, tem fiel escudeiro passando de sala em sala na prefeitura para saber quem Tá e quem não Tá trabalhando. Em tempos de Big Brother, todo mundo é monitorado.
INOCENTE – O ex-prefeito de Toritama, Odon Ferreira, é réu em ações criminais e tem bens bloqueados pela justiça. Eu particularmente acho que ele é ‘inocente’. É muita inocência de um gestor em seu primeiro ano de mandato se complicar tanto com questões tão $éria$.
BLOQUEIO – E o Odon não foi o único contemplado recentemente com bloqueio de bens. O prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Edson Vieira, foi alvo de mais um bloqueio de bens.Nem a seleção brasileira de vôlei sofre assim com tantos bloqueios.
OLHOS DA CARA – O deputado estadual Diogo Moraes pode até ter sumido, mas as polêmicas envolvendo seu nome não. A da vez foi o Tribunal de Contas ter suspendido a compra de R$ 1,8 milhão em livros de homenagem a Miguel Arraes pela Assembleia Legislativa. O kit-box com dois livros custaria R$ 456,00. A compra havia sido autorizada pelo deputado Diogo Moraes sem licitação e publicada no Diário Oficial durante o recesso.
RIQUEZA – Antigamente, em Santa Cruz do Capibaribe, era rico quem tinha antena parabólica e uma linha telefônica em casa. Hoje em dia, para ser considerado rico basta ter uma landrover na garagem ou um kit box da biografia do ex-governador Miguel Arraes de Alencar. Se quatro mil livros seriam quase dois milhões, o Calçadão Miguel Arraes foi uma pechincha por pouco mais de treze milhões.
LEITURA E VAQUEJADA – Com o valor de dois kits da biografia de Miguel Arraes no bolso, eu passaria tranquilamente mais uma semana no litoral. Quando reclamarem que Diogo já destinou emenda parlamentar para vaquejada, lembrem que ele tentou investir recursos da ALEPE em leitura, mas o TCE suspendeu.
CUIDADO COM OS NOMES – A situação dos políticos está tão complicada que vale a pena refletir um pouco na hora de batizar seus filhos. Outro dia aconteceu uma discussão enorme num grupo de whatsapp porque confundiram um tal de Edson com o prefeito de Santa Cruz. Se você tem nome igual ao de algum político, cuidado!
ABC – E se você pretende que seus filhos sejam professores um dia, coloquem nomes que comecem com as letras A, B ou C. Isso porque a prefeitura de Santa Cruz vai começar a pagar o restante dos salários de dezembro dos professores efetivos por ordem alfabética. Parece que aprendeu com Hilário.
“Não me queiram mal. Apenas pensem nisso, enquanto lhes digo que fica o dito para ser rido.”
11
janeiro
Ponderação com Janielson Santos
É possível que haja poucos clichês mais verdadeiros, que aquele onde afirma que ‘a educação é o caminho’. Tenho plena convicção disso e, muito provavelmente por esse motivo, minha indignação ao constatar a desvalorização, sob vários aspectos, do professor brasileiro, e sua extrema falta de prestígio perante órgãos governamentais e a sociedade em geral.
Dados revelados pelo ‘Índice Global de Status de Professores de 2018’, divulgado pela Varkey Foundation, organização voltada para a educação, mostra que o país não estacionou, está pior: caminha na contramão.
Numa junção triste onde soma, entre tantos outros elementos, a falta de respeito dos alunos, salários insuficientes direcionados por governos incompetentes (no mínimo) e visto como uma carreira pouco segura para os jovens, o resultado é de um país na última posição, entre 35 analisados, no que diz respeito ao prestígio à categoria.
Ensino fundamental, médio e superior. Sempre fui de instituição pública. Não se surpreenda quando eu disser que tive (e tenho) diversos super-heróis que carregam conhecimento como arma e um livro como escudo. Não tenho dúvidas que, onde quer que eu chegue, terá uma carga considerável de suas contribuições.
Pessoas que se entregam e dedicam-se, a todo instante, na construção de uma sociedade minimamente mais justa. Infelizmente, ainda precisam reafirmar e lutar para assegurar direitos adquiridos ao longo de muitos anos. Uma luta na sala e outra fora dela, as duas com o mesmo objetivo.
Pra sintetizar essa figura, deixo aqui registrado o nome de Luciene Cordeiro (para aprender com ela, não precisei ser seu aluno em sala). Esta semana oficializou saída da diretoria do SINDUPROM –PE (Sindicato Único dos Profissionais do Magistério Público das Redes Municipais de Ensino no Estado de Pernambuco). Ela foi uma das fundadoras do órgão e, há quase três décadas, simboliza, na região, essa incansável luta por uma educação um pouco mais digna e respeitável com a classe.
Sinto que o mundo precisa, entre tantas outras coisas, de pessoas dispostas, ativas, criativas, prestativas, operacionais, voluntariosas, guerreiras, educadoras! Essas características não podem passar despercebidas. Jamais esquecidas. Precisam ser exaltadas, parabenizadas e valorizadas.
Por mais respeito aos profissionais da sala de aula. Por mais consideração à categoria. Por mais ‘Lucienes’. A todos os professores (que estiveram/estão comigo em sala, ou não), minha eterna gratidão.
As opiniões e informações aqui expressas são de responsabilidade de seu idealizador
28
dezembro
Artigo – Por Adriano Oliveira
O sucesso eleitoral de Bolsonaro tem incentivado candidaturas aliadas ao futuro presidente na vindoura eleição municipal. As articulações políticas e a formação da conjuntura começam a ser construídas em 2019. A lógica exige que as alianças sejam formadas de acordo com a conjuntura em que os eleitores estarão inseridos em 2020.
Jair Bolsonaro poderá ser um grande eleitor no próximo pleito municipal. Embora, isto não signifique que candidatos apoiados pelo futuro presidente serão eleitos. O que existe aparentemente de concreto, neste instante, é que Bolsonaro influenciará a formação de um bloco de candidatos a prefeitos que irão se confrontar com partidos que militam na esquerda, como o PT, PSB, PCdoB e PDT.
A influência do governo Bolsonaro atingirá grandes e médias cidades. Podendo, claro, influenciar eleitores de municípios com baixa densidade populacional. Entretanto, preciso fazer uma alerta: A possível influência positiva de Bolsonaro na vindoura eleição só ocorrerá se o seu governo conquistar popularidade. Esta poderá estar nos campos moral e econômico. É possível que a agenda moral de Bolsonaro mantenha razoável popularidade para ele, independente do desempenho da economia. Mas a agenda moral traz rejeição. Assim como um desempenho econômico pífio.
Bolsonaro será eleitor estratégico na futura eleição municipal. Mas a força do seu apoio é uma incógnita. Candidatos opositores ao governo Bolsonaro poderão ter bom desempenho, principalmente se a popularidade do presidente da República estiver em baixa.
A crise econômica esteve presente na eleição de 2016. Ela possibilitou a origem de eleitores tolerantes com incumbentes. Estes votantes perdoaram prefeitos candidatos à reeleição, pois “acreditaram” que os prefeitos não fizeram mais ou não cumpriram as promessas em razão da crise. Em 2020, a crise econômica estará ou não presente. A existência dela tem o poder de criar eleitores tolerantes. Mas isto não é uma certeza. Sentimentos de mudança, a depender da conjuntura municipal, e não da nacional, também devem ser considerados.
Prefeitos bem avaliados tendem a ser reeleitos. Mas como conquistar popularidade diante da escassez? Este é o grande desafio dos atuais prefeitos. Independente de Bolsonaro ou da crise econômica, prefeitos precisam convencer eleitores que merecem continuar. A eleição municipal começou. Feliz 2019!