30
abril
Comédia teatral “Só é corno quem quer” encerra temporada nesse fim de semana
Neste último fim de semana acontecem as duas últimas apresentações da peça teatral “Só é corno quem quer”.
A comédia, com texto de Durval Cunha e protagonizada pela companhia de teatro Só de Deboche, mostra situações inusitadas envolvendo os quatro atores, onde é contada a história de um escritor que elabora um livro sobre as dificuldades entorno da relação a dois, porém, na divulgação do candidato a ‘Best-Seller’, uma série de imprevistos cômicos acontecem, colocando em cheque a programação idealizada pelo dito escritor.
O espetáculo é composto por momentos complexos que rondam os relacionamentos humanos, tudo de uma maneira bem descontraída e humorada.
A peça acontece neste sábado (30) e domingo (01) no Teatro Municipal de Santa Cruz do Capibaribe a partir das 20h. Os ingressos, ao preço de R$ 10,00 (R$ 5,00 a meia entrada), podem ser adquiridos na bilheteria.
25
abril
Artigo – Por Adriano Oliveira
Paul Manafort é o novo estrategista do presidenciável republicano Donald Trump. Manafort sugeriu que Trump passasse a ser disciplinado. Não sei o que significa candidato disciplinado para Paul Manafort. Mas desconfio que o novo estrategista de Trump lhe aconselhou a não ser sincero em demasia e abandonasse as polêmicas.
Michel Temer, o provável novo presidente da República, deveria, assim como fez Donald Trump, mudar de estrategista ou contrata um. Temer, aos poucos, é engolido pelos realismos eleitoral e econômico. Em razão disto, Michel Temer precisa ser estratégico. Pois se assim não for, corre o risco de ser uma decepção.
A presidente Dilma Rousseff deixará um grande desafio econômico para Temer. Reconheço que a presidente Dilma tentou fazer no início de 2015 as reformas liberais que o Brasil precisa. Mas a falta de liderança da presidente e a indisposição dos partidos de oposição possibilitaram que as reformas não fossem feitas. A oposição temia que as reformas possibilitassem que o Brasil retomasse o rumo do crescimento econômico e o PT fosse beneficiado na eleição de 2018.
Hoje, certamente, o PT tem essa mesma preocupação. As reformas liberais que o Brasil precisa caso sejam implementadas por Michel Temer podem favorecer o PMDB na eleição presidencial de 2018. Contudo, faço uma ressalva: em 2015, a presidente Dilma tinha tempo para obter os benefícios eleitorais das reformas liberais, após os custos advindos da aprovação de tais reformas. Michel Temer tem semelhante tempo?
A paralisia de Michel Temer em seu futuro governo lhe trará impopularidade, assim como reforçará a tese de que o impeachment da presidente Dilma foi um golpe. A não paralisia também. Mas se as medidas econômicas do provável presidente forem implantadas, ele poderá obter popularidade e, claro, sucesso eleitoral em 2018.
Michel Temer pode não vir a ser reeleito em 2018. Mas ele tem condições de ser reconhecido, após o seu curto mandato presidencial, como o presidente da República que recolocou o Brasil nos trilhos do desenvolvimento social e econômico. Mas Temer precisa optar em ser estadista ou candidato à reeleição. As duas opções não são excludentes. Mas o estadista não se preocupa com a impopularidade. O candidato à reeleição sim. Portanto, qual será a opção estratégica de Michel Temer?
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As opiniões aqui expressas são de responsabilidade de seu idealizador
22
abril
As curtinhas do Romenyck Stiffen
Dificuldades – A explanação do secretário de finanças de Santa Cruz do Capibaribe, Roberto Soares, na ultima terça-feira (19), na reunião de comissões da Câmara de Vereadores, apontaram as dificuldades financeiras do município, mas não imaginava que a situação era tão complicada a ponto de comemorar, na terra das confecções, a compra de 30 fardas com RECURSOS PRÓPRIOS.
Comemorou muito – Pois é! Através de nota da Gerência de Comunicação, a prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe comemorou e muito, na terra das confecções, a compra de 30 fardas com RECURSOS PRÓPRIOS para os agentes de trânsito e ao administrativo operacional da mobilidade do município.
Emenda – Sinceramente; não daria para imaginar que, na terra das confecções, a prefeitura não tivesse RECURSOS PRÓPRIOS para comprar 30 fardas, sendo necessário o prefeito Edson Vieira (PSDB) solicitar de um deputado federal uma emenda para aquisição do material.
Bom trabalho – Mesmo com o enorme exagero na comemoração da nota de assessoria, é necessário reconhecer que estão havendo melhorias na mobilidade urbana do município.
Pecado Capital – Em entrevista recente ao programa Cidade em Foco, o deputado Diogo Moraes (PSB) fez um levantamento das ações do governo Edson Vieira (PSDB) e afirmou que, diante de tanto trabalho realizado pelo grupo de Situação “O que a oposição tem e fala, é um sentimento dos sete pecados capitais que é a inveja, porque tiveram a oportunidade de trabalhar e não fizeram. Agora criticam coisas que beneficiam o povo”.
Por fora – O vereador e pré-candidato a prefeito pela oposição de Santa Cruz, Fernando Aragão (PTB), cometeu uma gafe ao questionar se a presidente do Santa Cruz PREV, Elaine Silva, seria concursada ou contratada. O parlamentar se equivocou, pois discutiu e aprovou um projeto que deixa bem claro que o presidente da instituição tem que ser do quadro efetivo do município.
Não é a primeira – O pré-candidato Fernando Aragão terá o desafio de falar mais com a razão do que com a emoção em seus discursos durante seu novo projeto. Pois não é a primeira vez que durante suas fortes falas saem gafes como essas. Termos como “capacho”, “cadeado”, “amontoado de bancas”, “trabalho de uma reunião” foram colocadas de forma equivocada em algumas frases de discursos que lhe marcam até o momento.
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19
abril
Artigo – Por Adriano Oliveira
Ser tolo não condiz com políticos e estrategistas. Estrategistas e políticos não podem ser tolos, eles precisam ser sábios. O debate contemporâneo brasileiro está recheado de tolices.
Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu, preliminarmente, que o reajuste das dívidas dos Estados deve ser corrigido por juros simples e não por juros compostos. Diversos governadores já declararam apoio a tal decisão. Observo com preocupação a disposição dos governadores de apoiarem a decisão preliminar do STF. Os governadores sabem que se o pleno do STF decidir pela cobrança dos juros simples, os devedores dos Estados serão beneficiados. Portanto, Estados e União serão prejudicados.
O principal problema do Brasil é a crise fiscal. Como conter o crescimento da dívida pública? Esta indagação sugere que não cabe discussão quanto aos juros simples. A reforma do Estado brasileiro é que precisa ser debatida. Nos âmbitos municipal, estadual e União, atores, no exercício do poder, precisam ter disposição para criar medidas que possibilitem o controle da dívida pública e o aumento do investimento público.
Reformas liberais são necessárias para a superação da crise. Este é um consenso entre economistas e gestores sábios. Quem está disposto a fazer reformas liberais? Qual presidente da República terá coragem de fazer uma radical reforma da Previdência? Qual governador tem a consciência de que a dívida pública dos estados forma a divida pública da União, portanto, presidentes e governadores precisam cortar gastos e definir prioridades?
Apesar dos avanços sociais nos últimos 20 anos, o Brasil continua a ser um país fortemente desigual. Diversos ambientes sociais carecem fortemente da presença do Estado. Então, como implantar uma agenda liberal sem abrir mão de políticas sociais inclusivas? Este é o desafio. E a contemplação de tal desafio requer disposição dos atores políticos para enfrentar privilégios.
Como implantar reformas liberais em ambiente de regressão dos indicadores sociais? As conquistas sociais recentes estão se perdendo em razão das crises política e econômica. Certamente, independente do presidente da República, os eleitores, em ambiente de perdas sociais, não aceitarão as necessárias reformas liberais. Assim ocorrendo, como estes eleitores votarão na próxima eleição presidencial?
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17
abril
As curtinhas do Romenyck Stiffen
Discussão: Em conversa com um membro da bancada de vereadores de situação de Santa Cruz, o mesmo nos confidenciou que em breve será levantada a discussão estatutárias dos partidos políticos frente às novas regras eleitorais.
Esqueceram: Segundo o parlamentar, apesar de muitos políticos da cidade ter aproveitado o tempo de filiação estabelecida pela reforma eleitoral atual, “esqueceram” que alguns partidos estabelecem em seus estatutos o mínimo de tempo de filiação para garantir uma candidatura futura.
A lista: Na lista do parlamentar, vários políticos dos dois grupos da cidade não observaram esse detalhe. Contudo, o mesmo deu destaque aos nomes dos vereadores Ernesto Maia (PT) e Fernando Aragão (PTB).
Entendimento: Pelo entendimento do vereador, o pré-candidato a prefeito Fernando Aragão, não estaria atendendo ao estatuto do PTB, assim como o vereador Ernesto Maia também não supriria as exigências do estatuto do PT. Nesse contexto, ambos poderão concorrer à eleição sob-judice.
Entendimento: Em contato com o presidente municipal do PTB, o vereador Helinho Aragão, o mesmo afirmou que existe segurança sobre o tema, pois o corpo jurídico do partido tem outra interpretação.
A interpretação (I): Segundo Helinho “o caput do artigo 20 da lei 9.096/1995 não pode ser outra, a não ser de que o prazo superior previsto no estatuto serve de parâmetro para disputa interna dos partidos nas convenções, jamais como fundamento legitimador de impugnação, por adversários ao registro de candidatura de seu filiado, sob pena de se admitir, ao contrário da sólida posição do Supremo Tribunal Federal, delegação estatutária para criação de condição de elegibilidade, inclusive em desfavor da própria agremiação”.
A interpretação (II): Em contato com o vereador Ernesto Maia, o mesmo afirmou ter a mesma interpretação do vereador Helinho Aragão. Maia ainda citou o exemplo da vereadora do Recife, Marilia Arraes (PT), onde na ocasião da saída da parlamentar do PSB para o PT essa mesma discussão foi levantada e o PT teria dado todas as garantias à mesma. Vale lembrar, que assim como Ernesto, Marilia Arraes ainda não disputou eleição, após sua nova filiação para servir como jurisprudência.
Só começando: Uma coisa é certa, a eleição 2016 será diferenciada em todos os sentidos, principalmente no campo jurídico onde os advogados das coligações futuras trabalharão e muito para defender suas interpretações.
“União”: O evento realizado no ultimo sábado, 16/04, pelo vice-prefeito de Taquaritinga, Lero (PR), em busca de emplacar sua candidatura a prefeito pelo grupo Calabar pregou união, se falou em realizar uma pesquisa para escolher o candidato do grupo, se falou em reuniões do deputado estadual Diogo Moraes (PSB) com diversos setores do grupo sendo exaltado como o grande articulador da união.
União?: O problema é tentar convencer o eleitorado que o grupo Calabar está unido, mas o evento não contar com a presença do prefeito Evilásio Araújo (PSB), essa “união” não será fácil.
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15
abril
As curtinhas do Romenyck Stiffen
Segurança prometida: Não é isso que você está pensando, não vou comentar aqui sobre a sensação de segurança pública prometida e não cumprida, mas sim, sobre a segurança prometida com a Previdência Própria de Santa Cruz, quando o projeto ainda estava em discussão.
Primeiro lugar: O problema é que o áudio de uma discussão entre o prefeito Edson Vieira (PSDB) e o vereador Afrânio Marques (PDT), gravado pelo vereador Vânio Vieira (PTB), demonstrou que não seria os pensionistas que estariam em primeiro plano na criação da Previdência Própria, mas sim, o caixa ou as contas da prefeitura.
Celeridade: No áudio que temos em mãos, o prefeito Edson Vieira cobrava na ocasião, celeridade ao vereador Afrânio Marques em relação ao projeto da previdência própria, pois, segundo o prefeito “o dinheiro estava faltando”.
Sem repassar: Em pouco mais de um ano de Previdência, o prefeito Edson Vieira já está com mais de um milhão e setecentos mil reais em atraso nos repasses para o Santa Cruz Prev, na parte patronal. A segurança prometida aos servidores, no projeto, era que em caso de atraso no repasse o montante seria debitado no FPM (Fundo de Participação dos Municípios).
Parcelamento: Durante a semana, o prefeito encaminhou um projeto de lei à Câmara municipal, solicitando dos vereadores a autorização para parcelar a divida de um milhão e setecentos mil reais, em 60 meses.
Pedalada?: Ao deixar de repassar o dinheiro para o Santa Cruz Prev, por falta de planejamento, para utilizar em outros setores da prefeitura, isso não configuraria uma pedalada? Pois, se o dinheiro não foi repassado, se deduz que ele deve ter sido utilizado em outro setor.
Confiança: O prefeito já atrasou mais de R$ 650 mil dos pensionistas e acordou como iria pagar a divida com os conselhos fiscalizadores do Santa Cruz Prev, um milhão e setecentos poderá ser parcelado em 60 vezes. Se um pouco mais de um ano a situação está desse jeito, quem garante que os atrasos nos repasses não irão virar rotina de parcelamento e o artigo da Lei de debitar no FPM não será descumprida?
Analisado: As comissões competentes para analisar o pedido de parcelamento estarão se reunindo próxima terça-feira (19) às 10h da manhã. Está nas mãos dos mesmos fazer valer a lei que discutiram e aprovaram onde esse dinheiro já deveria ter sido debitado no FPM ou aprovar um projeto, a pedido do prefeito, para parcelar um dinheiro que já deveria está na previdência? É bom ouvir os interessados, os servidores.
Ouvir: É bom ouvir os servidores, pois são os mais interessados e precisam da segurança prometida de quando o projeto estava em discussão. São os servidores que devem está em primeiro plano e não a falta de planejamento da prefeitura.
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13
abril
Resumório – A coluna do professor Tenório
RESUMORIAL – Nunca antes na história dessa cidade se falou tanto em vice. São incontáveis as postagens em grupos de WhatsApp e em páginas de blogs que abordam o assunto. Hoje acrescentarei mais uma a esse infindável número. Farei com tranquilidade e alegria, mesmo sabendo que não terei a exclusividade da informação quando a coluna estiver publicada. Divulgar e parabenizar o novo vice aqui é motivo de alegria pra mim, independentemente do que alguns irão pensar. Mas antes é preciso dizer que ninguém chega a ser vice por acaso. Os caminhos são sempre espinhosos, há sempre aquele grupo que critica por criticar e espalha pessimismo. Acompanhei toda a movimentação da conflitante montagem de chapa, uma novela que parecia não ter fim com desejo de candidatura que acabou não se concretizando e diversas reuniões. Juventude ou experiência? Sinceramente, desde que haja trabalho, planejamento e vontade de contribuir não vejo idade como fator determinante para o sucesso. Parabéns David Helry e equipe e parabéns ao time de futsal Feminino do Ypiranga, vice-campeão da Copa Nordeste de Futsal. Um vice com a marca do trabalho e ousadia. Qualquer semelhança com outra novela local é mera coincidência.
TUDO É POSSÍVEL – Domingo será escrito mais um importante capítulo na história desse país. Tem gente que ainda não entendeu o tamanho da seriedade do que está acontecendo: Político trabalhando em Brasília no fim de semana e a Rede Globo mudando o dia e horário de transmissão do futebol mostram que a coisa é mais séria do que se pensa e tudo pode acontecer. Ou melhor, quase tudo. Uma cobertura imparcial da Globo já é querer demais…
DE BUSÃO PARA BRASÍLIA – Parece que a opção para fugir da crise que afeta o comércio vem diretamente de Brasília. Domingo promete um movimento maior do que qualquer feira de dezembro no Moda Center. Já pensaram o lucro que daria vender água mineral, quentinha, coxinha, pão com mortadela, caneta e cartolina pra fazer cartaz criativo. A grande questão é: Será que vai ter busão saindo da igreja de São Cristóvão para o Distrito Federal?
POLÍTICA INDIGESTA – Coxinha, “queijo do reino”, “bolo”, mortadela, acarajé e “merenda”! Qual será o próximo item do cardápio? Quantos escândalos ainda teremos que digerir? A verdade é que está cada vez mais difícil acreditar nos nossos governantes. Um bom apetite para todos em 2016!
EDIN BOM E EDIN RUIM – Os papeis se inverteram com os Edins de Brejo e Santa Cruz no quesito educação. Enquanto o daqui resolveu dar o reajuste de 11,36% sem precisar negociação com a categoria e quitou o retroativo atrasado, o do outro lado do rio deu reajuste zero, não recebeu a categoria na prefeitura para discutir os dez itens da pauta, chamou a polícia e colocou carro de som na rua dizendo que professor já ganha muito. “O futuro sempre vai repetir o passado enquanto a piscina estiver cheia de ratos”.
HAT-TRICK PARLAMENTAR – O “hat-trick” ocorre no futebol quando o jogador consegue fazer três gols na mesma partida. No Brasil, quando acontece, o jogador aparece no programa Fantástico com direito a escolher uma música. Pois não é que um vereador de oposição conseguiu a façanha de um hat-trick, ao ser condenado a pagar multa três vezes em três processos diferentes por excessos e acusações infundadas em um programa de rádio semanal. E ainda é o que aparece como mais votado nas pesquisas internas. Fantástico mesmo são as coisas que acontecem na política dessa cidade!
PESQUISA FALSIANE – Por falar em pesquisa, surgiu uma mais falsa que abraço de político em ano eleitoral. O instituto Alfa desmentiu quase instantaneamente a veracidade da pesquisa, inclusive alegando desespero político e má fé de quem a idealizou. Será que se divulgarem pesquisa apontando redução no índice da violência na cidade neste exato momento alguém vai acreditar?
QUEM FOI? – Já se sabe quem, inteligentemente, compartilhou a pesquisa em redes sociais. O mistério agora fica por conta do mentor intelectual dessa ideia mirabolante. Segundo alguém que não lembro quem, o melhor álibi é o de Zé Augusto, que estava na Alemanha durante a divulgação.
CAMARO X GATO – Camaro perde corrida para gato. Falando assim até parece uma fábula dos tempos modernos, mas não é. Trata-se do resultado da corrida de Prado que aconteceu na Vila do Pará no último fim de semana. O cavalo “Gato Brabo” venceu o cavalo “Camaro” de Natálio Arruda. Natálio não anda numa maré muito boa ultimamente. Se essa maré não mudar até as eleições, ele poderá, além de perder para Gato Brabo, perder para um Coelho zangado também.
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11
abril
Artigo – Por Adriano Oliveira
O porco-espinho sabe apenas uma coisa. Ele tem a certeza. O porco-espinho não considera outras possibilidades. A raposa sabe de várias coisas. Não tem a certeza. A raposa considera diversas possibilidades. Tais premissas advêm do cientista político Philip Tetlock.
Prefiro a raposa ao porco-espinho. Enquanto diversos atores afirmam que o impeachment ocorrerá, opto por mostrar que o impedimento da presidente Dilma ocorrerá ou não. Indicadores diversos mostram que a incerteza predomina. Impedimentos de presidentes da República representam jogos de soma-zero. Isto é: só é possível existir um vencedor.
Caso a presidente Dilma sofra o impedimento, o PT cooperará com o governo Temer? Os manifestantes contrários ao impedimento da presidente aceitarão o resultado ou protestarão intensamente nas ruas? E se a presidente Dilma não sofrer o impeachment, a oposição estenderá as mãos para a presidente? Os manifestantes que hoje vão às ruas defender o impeachment aceitarão o resultado e não mais protestarão contra a presidente Dilma?
O impeachment, sem “acordão”, não é a solução para crise. Esta é uma obviedade para a raposa. Mas não é para o porco-espinho. O ideal era que após a votação do impeachment, independente do resultado, todos ofertassem voto de confiança ao vencedor e processos de cooperação ocorressem. Mas não vislumbro, neste instante, a cooperação.
O impeachment ou o não impeachment poderá provocar consequências institucionais relevantes. Futuros presidentes da República reprovados entre os eleitores e inaptos para o exercício do cargo ficarão sujeitos à mágoa do PT e de outras agremiações. Pedidos de impedimentos, assim como ocorreu na era FHC, voltarão a ser corriqueiros. A instabilidade institucional poderá surgir. O não impeachment frustrará a expectativa de diversos atores estratégicos. A frustação poderá elevar os conflitos em todos os espaços adequados para manifestações.
Qual é, então, a solução para as crises? A raposa, certa vez, sugeriu o “acordão” entre os diversos atores institucionais. O “acordão” pode ser construído com impeachment ou sem impeachment. Mas que tal com novas eleições gerais?
As opiniões aqui expressas são de responsabilidade de seu idealizador