29
julho
Reportagem especial
Em mais uma reportagem especial, vamos abordar as dificuldades enfrentadas pela Sociedade Musical Novo Século, entidade formadora de músicos e que existe há 113 anos em Santa Cruz do Capibaribe.
A Sociedade é tida como entidade de cultura mais antiga em atividade no município, mas que, pela falta de investimento do poder público e da sociedade civil, ameaça fechar as portas de vez em 2014, fato que já acontece, em parte, pelo cancelamento de atividades neste segundo semestre, especialmente no tocante as apresentações musicais.
Com estrutura física defasada e deteriorada pela ação do tempo, instrumentos velhos (alguns com mais de duas décadas de uso), a falta de um corpo docente qualificado, de recursos financeiros para manutenção dos poucos profissionais que ainda restam e de incentivo para que estudantes busquem o aprendizado de algum instrumento, a Sociedade sobrevive com as receitas obtidas de 114 sócios contribuidores (entre R$ 10,00 e R$ 50,00) ligados a história da entidade ou do gosto pela música.
Além disso, há uma subvenção de R$ 2000,00 mensais vinda da prefeitura municipal, mas que está bloqueada por problemas pendentes da Sociedade na Receita Federal, como relata o maestro Wellington Araújo.
“Hoje nós movimentamos cerca de R$ 1600,00 por mês (…) e a despesa física que temos é quase tudo isso e olha que o maestro não está nem recebendo desde janeiro para deixar isso bem claro”, ressaltou Wellington, afirmando que os recursos obtidos só pagam o auxiliar administrativo, o office-boy (que arrecada os recursos dos sócios) e algumas despesas simples como internet, energia, telefone e materiais de limpeza.
Wellington também relatou que tentaram realizar outras atividades para levantar receita, como aulas de canto, violino e violão, mas a iniciativa não deu certo relatou.
“O tiro saiu pela culatra. No primeiro mês, os alunos até pagaram a professora (de canto) e sobrou pouquíssima coisa pra Novo Século. No segundo mês, metade dos alunos, inclusive temos a relação, pagam e a outra metade não pagou. Não teve aula a partir do terceiro mês, nem de canto e nem violino”, destacou.
O maestro também relatou que parte instrumental da Sociedade é um dos pontos mais críticos da entidade. De acordo com ele, 31 instrumentos entre trompetes, trombones, sax e clarinetes necessitam de reparos, mas que as condições financeiras da instituição não permitem tais gastos.
“Fizemos um orçamento com um luthier (profissional capacitado para consertar instrumentos) e é algo em torno de R$ 10 mil. O que está funcionando ainda são os poucos clarinetes, saxes, tubas e percussão”, destacou o maestro, em quantidade insuficiente, faltando ainda outros músicos como oboístas, trompistas entre outros.
Outro ponto levantado pelo maestro Wellington é de quanto a Sociedade Musical Novo Século precisaria de receitas para que a mesma pudesse se manter ativa e com qualidade, de modo a levar o nome de Santa Cruz do Capibaribe para todo o país.
“Para termos uma banda com 45 pessoas, com todo esse naipe fechado e de uma forma mais profissional, necessitaríamos de R$ 30 mil reais/mês. Temos uma parceria com a CDL e com a parte jurídica do Fórum de nossa cidade e já levantamos quase todo o orçamento de material específico de compra de material para funcionarmos: todos os instrumentos, estantes e o fardamento novo. Mas além desse material, vem à manutenção do corpo de instrumentos e das pessoas envolvidas com este projeto, e isso não temos recursos”, enfatizou.
O maestro também relatou que, para que este projeto vá adiante, é necessário maior participação do Poder Público não só financeiramente, mas que promova a sensibilização do empresariado local e também das pessoas comuns. O maestro, na tentativa de arrecadar recursos, iniciou uma campanha de arrecadação, para que o depósito em conta corrente (em qualquer valor) possa ser realizado pela população.
“Quero dizer para toda a sociedade que fiscalize, que nos tragam críticas, sugestões que possam contribuir com nosso trabalho. Nos procurem, pois a Sociedade funciona, de maneira precária, mas séria e a música tem um caráter transformador e tem dado sua contribuição social e no crescimento de pessoas”, destacou.
Confira a conta para depósito
Banco do Brasil
Agência: 0711-0
Conta Corrente: 6960-4, em nome da Sociedade Musical Novo Século.
18
junho
Festejos
Tradição, cores, musicalidade, gente na essência… O São João é uma das mais belas representações de nossa cultura.
A escola Dinâmica tem tido a preocupação de sempre incentivar e usar os vários elementos de nossa cultura no processo de ensino-aprendizagem para que os alunos conheçam, desde cedo, a rica pluralidade cultural do nordeste brasileiro, região em que estamos inseridos.
Na última sexta-feira (14/06) aconteceu a grande FESTA JUNINA da Escola Dinâmica, um grande encontro entre professores, funcionários, pais e alunos da escola, que com muita alegria, vivenciaram o SÃO JOÃO DINÂMICA 2013.
O evento reuniu o melhor de nossas principais tradições, retratando com muito brilho o Forró: nossa música, nossa culinária com as comidas típicas do nordeste e a alegria da nossa gente, que foi representada pelos alunos da escola em cada apresentação que acontecia na quadra da Pele Bronzeada.
O encanto das danças aliado ao ritmo contagiante do forró enchia os olhos dos pais, que deslumbrados aplaudiam em forma de retribuição ao espetáculo que acontecia diante deles.
Turmas do infantil ao ensino médio se apresentaram, cada turma trazia o seu estilo, mostrando as variadas faces que compõem nossa identidade cultural.
O diretor Joselito Pedro e a coordenadora Célia Tôrres apresentavam as turmas e conduziam o evento com muita descontração, procurando sempre destacar os pais e os alunos como as principais estrelas do evento, mostrando assim, a rica interação que a instituição mantém no relacionamento escola e família.
Uma quadrilha entre alunos e professores encerrou a programação da festa, comandada pela entusiasmada professora de Português e Literatura, Egmar Santos, a quadrilha estilizada manteve viva a energia do público composto por pais, alunos e professores, que dançavam por toda a quadra, ficando atentos até o último momento.
A escola Dinâmica vem se destacando em Santa Cruz do Capibaribe como referência na rede particular de ensino, a instituição possui um atendimento humanizado e sempre se destaca com grandiosos eventos, incentivando a participação dos alunos, contribuindo na evolução educacional e valorizando a cultura popular.
Confira mais algumas imagens do evento (clique para ampliar):
17
junho
Para ver e ouvir
No final da manhã desta segunda-feira (17), a declamadora e cordelista Santa-cruzense Ágda Moura foi destaque em um dos principais portais juninos paraibanos: o Repórter Junino (clique para ir ao site).
Ágda Moura, que ocupa o cargo de auxiliar administrativo na Secretaria de Educação e coordena o Polo Multicultural do São João da Moda, teve dois vídeos publicados no site, no qual ela declama duas poesias, focando temas marcantes do universo nordestino.
Ao seu lado, nos dois vídeos feitos pelo jornalista e professor da UEPB Fernando Firmino, o poeta Amaro Dias, figura histórica da cultura popular santa-cruzense.
Confira os dois vídeos abaixo:
14
junho
Série: Violência Silenciosa
A luta para que o município tenha uma delegacia especializada no atendimento à mulher acontece desde a criação da coordenadoria, em 2007, que foi pensada a partir da demanda de violência de Santa Cruz do Capibaribe. Já foi realizado um abaixo-assinado, com participação da União Brasileira de Mulheres e entregue, em mãos, para o secretário de Segurança Pública do Estado, na época.
“Infelizmente o que acontece é que os dados oficiais da época não davam a demanda real. O grande problema que temos aqui, desde sempre, é essa questão dos registros. Tanto na delegacia e as próprias mulheres têm muito medo. Nós estamos agora com um avanço, esse ano, com a consolidação do centro. Nós estamos com uma parceria com a Secretaria de Saúde, que existe já a notificação compulsória, para que a gente tenha realmente esses dados de saúde”, informou a psicóloga.
13
junho
Série: Violência Silenciosa
No Centro de Referência da Mulher, a mulher é acompanhada pelos profissionais, recebe toda a assistência sem que, no primeiro momento, tenha que prestar uma queixa, porém, no Centro, ela é incentivada a buscar uma vida melhor. É importante salientar que, com a Lei Maria da Penha, a vítima não precisa mais denunciar e prestar queixa na delegacia. Qualquer pessoa pode fazer a denúncia e o caso será investigado. Ou, a vítima pode entrar diretamente com um processo no fórum da cidade.
Santa Cruz do Capibaribe possui um convênio com a Secretaria da Mulher de Pernambuco, que possibilita que a mulher agredida possa sair ou chegar ao do município, com segurança e acompanhamento psicológico, social e jurídico, tanto provisoriamente, como até definitivamente.
“A Secretaria da Mulher do Estado vem buscar a mulher aqui e ela é enviada para uma casa abrigo que a gente não sabe onde é. E ela pode ficar lá uma média de 06 meses, que é o prazo que a gente tem para correr o processo, que pode ser um pouco mais e pode ser menos. E depois que termina esse prazo, geralmente, ela é readaptada”, explica Verônica.
Caso a vítima não tenha condições de voltar para o município de origem, o Estado faz um processo de ressocialização, onde ela receberá proteção, ajuda de custo por um período e um aperfeiçoamento profissional para que ela possa trabalhar e conseguir o próprio sustento. Os filhos menores de 18 anos também recebem a mesma proteção.
O centro de Referência da Mulher funciona na Rua José Manoel Moraes, 190, Centro de Santa Cruz do Capibaribe (PE), das 8h às 14h, de segunda à sexta-feira. Também está disponível o telefone (81) 3731.1826.