Em entrevistas concedidas na rádio Comunidade FM, membros da diretoria do Moda Center Santa Cruz falaram da busca por soluções ao impasse gerado pela falta de notas fiscais com os carreteiros e donos e guias de excursões, que desencadearam o protesto que aconteceu na última segunda-feira, no Moda Center.
O síndico Valmir Ribeiro e os membros Janilton Alan e Carlos Henrique esclareceram pontos para a formalização dos comerciantes.
O síndico do parque, Valmir Ribeiro enfatizou a importância de ouvir os organizadores do protesto ocorrido na última segunda-feira (18), onde o acesso a PE 160 em frente ao Moda Center foi bloqueado. Os representantes de excursões e donos de carretas apontaram o cenário para que possam continuar fazendo compras em Santa Cruz do Capibaribe.
A diretoria também rebateu críticas vindas de algumas pessoas que afirmaram que as apreensões de mercadorias estavam sendo restritas ao Moda Center, citando que, na reunião, foi dito que o fato está acontecendo em todas as regiões do estado, incluído-se ai os Polos Gesseiro e de Açúcar.
Segundo Valmir, uma reunião com o gerente geral da Secretaria Estadual aconteceu na terça-feira (19), onde o mesmo se comprometeu em ajudar os comerciantes dentro da legalidade.
De acordo com o síndico do parque, algumas das apreensões ocorridas aos compradores se deram em consequência de notas fiscais “frias” emitidas por empresas “laranjas”, fato que prejudica a imagem do Polo de Confecções do Agreste.
Para Valmir, toda a solução para o impasse das notas fiscais passa por uma solução: a formalização das empresas produtoras de confecções e do produtor individual.
O pequeno comerciante conta com o MEI – Microempreendedor individual, um programa que permite a formalização com tarifas reduzidas para quem movimenta até 60 mil reais por ano. O MEI custa mensalmente 39,90 reais e o Certificado Digital com validade de 18 meses, para emissão de notas fiscais, custa 189 reais.
Valmir Ribeiro ainda enfatizou a existência da Sala do Empreendedor que funciona no SAC do Moda Center e presta esclarecimentos para quem deseja a formalização e dispõe de serviços como a emissão do CNPJ.
Para Janilton Alan, membro da diretoria, muitos prazos dados pela Secretaria da Fazenda se esgotaram e o cliente agora é quem pede a nota fiscal das mercadorias adquiridas.
“Agora é o cliente que está exigindo a nota fiscal, não temos como recorrer a políticos, eles não podem intervir” disse.
O síndico Valmir Ribeiro também apontou outras soluções para emissão de nota, como a busca por cooperativas existentes, que fornecem a nota aos cooperados e reafirmou o fato do cliente estar cobrando a formalização.
“O cliente está pedindo para facilitar seu dia-a-dia, o transporte, e sua venda. Temos que parar de buscar jeitinhos. Temos realmente sair da zona de conforto e buscar planejamento nas nossas empresas” disse o síndico.
Os membros da diretoria do Moda Center apontaram como benefícios da formalização o acesso ao crédito, a formalização de funcionários, e contribuição para aposentadoria do empreendedor e que a questão deve ser lavada a sério por parte de todos os confeccionistas.
“Nós temos o maior parque de confecções, mas também temos que ser o melhor”, disse Valmir.
Concordo plenamente quando o síndico diz: “… Temos que parar de buscar jeitinhos. Temos realmente sair da zona de conforto e buscar planejamento nas nossas empresas.”
A cidade cresceu e, juntamente com o Moda Center, se tornou conhecida no Brasil todo. O vendedor também devem crescer e parar de querer estar sempre na “informalidade”, haja visto que ele deve acompanhar o crescimento de nossa cidade e, por que não?, confirmar o seu título de CIDADÃO, pagando os impostos de forma correta. Afinal de contas, um grande sábio, que muitos desses vendedores acreditam, deixou um belo ensinamento que todos deveríamos seguir: “A César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.
Fui completamente a favor do protesto que ocorreu na última segunda e se tiver mais, estarei defendendo os direitos dos cidadãos que lá lutam pelos seus direitos.
CORRIGINDO
Fui completamente a favor do protesto que ocorreu na última segunda e se tiver mais, estarei defendendo os direitos dos cidadãos que lá lutam.
Lendo esta matéria aqui fico mim perguntado o que será daqueles pequenos comerciantes que não apuram nem o que comer direito com essas feiras ruins que enfrentaremos de janeiro em diante.Ficará só os grandes.Quero ver se sem os pequenos os compradores virão.veremos.