08
abril

Santa Cruz só deve ter maior oferta de água vinda do Prata em até dois meses, afirma presidente da Compesa


Fotos: Thonny Hill

Neste sábado (08) os estúdios da rádio Polo FM receberam Roberto Tavares, presidente na Compesa. O assunto é a crise hídrica em Santa Cruz, mas com foco na recente inauguração do Sistema Pirangi, que traz água do Rio Pirangi até a barragem do Prata, em Caruaru.

De acordo com ele, a barragem do Prata está com apenas 13% da capacidade e a capacidade de água que pode ser retirada, do Rio Pirangi como forma de complemento é, no máximo, 200 litros por segundo.

Ainda de acordo com Roberto, o segundo conjunto de bombas já entrou em funcionamento, mas uma quantia de água direcionada a barragem pela adutora só deve ser feita com maior quantidade apenas quando o rio ganhar mais volume nos próximos dois meses.

“O que estamos trazendo não estamos aumentando em Caruaru, porque estamos reduzindo do Prata. Temos que preservar a barragem nos primeiros meses. O rio vai pegar nível e, se Deus quiser, vai chover e a barragem do Prata vai pegar nível também. Nesse período, estamos fazendo um investimento de R$ 2,6 milhões, que foi autorizado pelo governador no dia da inauguração do Pirangi para melhoria das elevatórias” – disse.

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Possibilidade de captação de água pela transposição via Congo

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Roberto Tavares foi questionado se são seria mais rápido trazer água para Santa Cruz pela transposição via Congo do que pelo sistema da adutora do agreste.

O posicionamento é defendido por vários vereadores das duas alas do município. Segundo ele, há pontos negativos e positivos quanto a isso:

“Estamos acompanhando essa água andando na Paraíba porque eles têm um sistema diferente, que a transposição termina no rio e as pessoas estão aproveitando. Um ponto positivo é esse que temos hoje” e completou: “O ponto negativo é que essa água será paga. Então veja: Pernambuco vai pagar por uma água que vai tirar do canal, colocar dentro de canos de uma adutora e vai levar para as cidades. Tudo bem, eu vou pagar por uma água que estou levando e vendendo para a população. Na Paraíba, eles vão pagar pela água que está correndo no rio, infiltrando, sendo barrada, usada em irrigação clandestina… Eu não sei como essa conta vai fechar para eles, mas, infelizmente, por falta de prioridades nos repasses (federais), isso não está pronto” – disse.

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Estação de tratamento de esgoto

Questionado sobre como estaria esse projeto, ele disse que, com a assinatura da ordem de serviço realizada hoje, uma visita já poderia ser realizada no canteiro de obras daqui há 60 dias.

Ele deu detalhes, segundo ele, das primeiras etapas da obra iniciada que, segundo o mesmo, será na coleta de esgoto já na área de rio, local onde se concentra a maior liberação dos dejetos.

Ainda de acordo com ele, a obra está orçada em aproximadamente R$ 100 milhões.

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