A noite política desta quinta-feira (06) foi marcada pela volta do uso da tribuna por parte dos vereadores de Santa Cruz do Capibaribe.
Como esperado, a polêmica em torno do não início dos trabalhos da CPIs da KMC e Teclados dominou a pauta na maioria dos discursos, mas outros temas foram postos como o colapso no abastecimento de água e a situação caótica da PE-160.
Os discursos mais fortes pela Oposição foram os dos vereadores Carlinhos da Cohab (PSL), Ernesto Maia (PSL) e Fernando Aragão (PROS), que trouxeram a tribuna o tema CPIs.
Já pela situação se destacaram Jessyca Cavalcanti (PTC), que atacou as denúncias da Oposição, Narah Leandro (PSB), abordando a implantação do Projeto Transformar na Cracolândia e também Junior Gomes (PSB), que repetiu seu posicionamento em dar início dos trabalhos da CPI da KMC somente após pronunciamento da justiça.
A única ausência foi a do vereador Dida de Nan (PSDB), que alegou compromissos particulares e não compareceu a Câmara.
Confira o resumo dos discursos:
Abrindo os discursos, o vereador usou da tribuna para atacar a Mesa Diretora da Câmara.
Para Carlinhos da Cohab (PSL), a responsabilidade de ter instalado as CPIs da. Farra das Locações e dos Teclados ainda em 2013 seria de plena responsabilidade dos parlamentares Vânio Vieira (PSDB), Afrânio Marques (PDT) e do presidente Junior Gomes (PSB).
Carlinhos chegou a provocar os veadores, comparando a polêmica das CPIs como uma “fedentina”, citando que assinaria qualquer pedido de CPI e disparou.
“Solicito mais uma vez à Mesa Diretora que a CPI da KMC seja implantada. Eu e o vereador Fernando colhemos as assinaturas necessárias e a CPI ainda não foi aberta. A população precisa de respostas”, frisou.
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Foi este o principal ponto do discurso apontado pelo vereador tucano. Para Vânio Vieira (PSDB), já está mais do que na hora da cidade começar a se preocupar em consumir água de maneira responsável e fez um pedido a população.
“Peço a todos uma atenção especial para esse momento que vivemos, um momento de seca. Nossa cidade está a beira de um colapso e precisamos ser conscientes do nosso papel e de nossa responsabilidade”, destacou.
Em suas breves palavras, o vereador de oposição fez críticas destinadas a Compesa, sobre como a empresa trata seus consumidores no município.
De acordo com Zé Elias, a empresa de abastecimento não está cumprindo sua prestação de serviços como deveria, citando que também já solicitou um caminhão pipa para sua casa e que, até o momento, não foi atendido.
“Quero criticar a Compesa pois solicitei um caminhão de água em minha casa, mas não fui atendido, enquanto na casa de um vizinho já foram 2 caminhões. Tratem o povo igual”, frisou.
Zé Elias destacou também que irá acompanhar a assinatura da Ordem de Serviço para o início das obras de construção da nova agência do INSS, juntamente com o deputado federal José Augusto Maia (PROS).
Os principais pontos abordados pelo vereador tucano foram, segundo ele, as mudanças visíveis em Santa Cruz do Capibaribe.
Zezin (PSDB) citou as recentes ações do governo municipal junto ao trânsito, através da sinalização de ruas e avenidas no centro e outros bairros.
Outro ponto tocado pelo vereador foi a construção do novo calçadão. De acordo com Zezin, o local, depois de concluído, dará dignidade aos pequenos confeccionistas.
“Esta cidade está mudando para melhor, e de forma rápida”, frisou.
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O principal ponto do discurso do vereador socialista foi a polêmica em torno do tema CPI da KMC.
Junior Gomes enfatizou a tentativa de parte da Oposição, mais precisamente do vereador Carlinhos da Cohab (PSL), em tentar fazer com que a Câmara desse início dos trabalhos de investigação mediante decisão judicial.
“A partir do momento que se colocou na Justiça, nós (mesa diretora) ficamos aguardando”, enfatizou Junior, completando que nunca foi contra as investigações e que o não início dos trabalhos não configura em manobra política para tentar proteger seus pares.
O vereador também mostrou seu descontentamento com Fernando Aragão (PROS), que afirmou, em entrevista ao blog, que a atitude de Junior Gomes em não dar início a CPI estaria desmoralizando o Poder Legislativo.
A situação de colapso no abastecimento de água em Santa Cruz do Capibaribe foi o principal ponto do discurso do vereador tucano.
Para Francisco Ricardo (PSDB) é necessário que os vereadores se empenhem para que a Compesa deixe de cobrar as contas de água da população, inclusive levando o caso para o Ministério Público.
O vereador destacou que as opiniões de ouvintes nas rádios, que reclamam que a água não chega as suas torneiras há meses, seria um argumento mais que suficiente para isso, completando que o mesmo procedimento de isenção das contas já foi adotado no município.
O vereador também cobrou para que haja uma fiscalização maior por parte da Vigilância Sanitária para garantir a qualidade da água que chega ao município em carros pipas de outras localidades.
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Foram esses os dois principais pontos no discurso do petebista. Galego de Mourinha (PTB) afirmou que já não há mais espaço para covas no cemitério da Vila do Pará e cobrou da prefeitura a ampliação do local.
“Se morrer mais duas pessoas, só se for para colocar em túmulos da família porque se for para cavar mais covas, não tem espaço”, frisou.
No segundo ponto, o vereador solicitou que uma operação tapa buracos seja realizada o mais rápido possível e comparou a via a uma “tábua de fazer pirulitos”.
Galego também criticou o governador Eduardo Campos (PSB), que não fez a assinatura da ordem de serviço para a duplicação da PE-160.
Sempre polêmica, a vereadora do PTC não economizou nas palavras para atacar os vereadores Carlinhos da Cohab (PSL) e Ernesto Maia (PSL), assim como também o deputado federal José Augusto Maia (PROS).
Sobre José Augusto, Jessyca Cavalcanti (PTC) afirmou que o deputado não trouxe nada para o município nos últimos quatro anos e rebateu o discurso de Carlinhos da Cohab, que afirmou que agora chegariam obras vindas de emendas do deputado federal.
“É muita cara de pau dizer que o deputado, que nada fez por Santa Cruz, vai encher essa cidade de obras. Certamente, estarei enviando um óleo de peroba para o deputado e o nobre vereador”, frisou.
Já contra Ernesto, a vereadora citou que o lider da oposição estaria querendo desqualificá-la perante o governo e sindicato dos professores e disparou: “Lamentavelmente, estarei enviando um presente para ele: um óleo de peroba” pontuou.
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Helinho Aragão (PTB), iniciou suas palavras afirmando que os vereadores deveriam se pautar em assuntos de maior relevância para o município.
Entre as discussões estão o colapso no abastecimento de água, buracos na PE-160, paralisação da duplicação da BR-104 em vez das pré-candidaturas ou a chegada (ou não) de emendas parlamentares.
“Vamos parar com isso, temos que discutir assuntos mais sérios”, frisou.
O tema CPI também foi abordado. Helinho cobrou para que os trabalhos de investigações, tanto do caso KMC como o dos Teclados e Kits Musicais fossem iniciados.
“Se essas CPIs não derem em nada, serei o primeiro a vir aqui e pedir desculpas”, destacou.
O vereador pedetista não economizou críticas ao deputado federal José Augusto Maia.
Afrânio (PDT) afirmou que a construção da nova agência do INSS em Santa Cruz do Capibaribe vem de uma luta sua em conjunto com o deputado federal Paulo Rubem (PDT) desde 2009 e que essa construção só será possível porque, graças ao empenho do seu deputado, o município entrou no plano de expansão de agências.
Sobre a emenda de R$ 500 mil, que o deputado federal afirma que destinou como parte para viabilizar a obra, Afrânio denunciou que a emenda foi perdida, pois ela não estaria empenhada de acordo com o boletim presente no site da Câmara dos Deputados.
“É preciso saber quem falou a verdade e quem mentiu, quem pegou a carona”, frisou.
O principal ponto dos discurso da vereadora socialista foi o conjunto de iniciativas que estão, aos poucos, começando a ser aplicadas na área da cracolândia, próxima ao Mercado de Farinha.
Narah (PSB) destacou que o programa será um enfrentamento ao tráfico e ao consumo de drogas naquela localidade e destacou que o trabalho já vem sendo iniciado desde outubro do ano passado, através do Programa Atitude, do Governo do Estado.
“386 pessoas já foram atendidas de outubro até janeiro”, frisou, completando também que a maior incidência de pessoas envolvidas com drogas naquela área não são adolescentes e sim pessoas na faixa etária dos 18 a 23 anos.
No final de seu discurso, a vereadora pediu colaboração da população para o combate as drogas, seja por ajuda aos usuários como através de denúncias para as polícias.
“Com atitude, é possível transformar”, pontuou.
Foi este o ponto principal do discurso do vereador. Para Pipoca (PMN) a implantação do programa Polícia Amiga nas imediações onde fica situada a cracolândia será de grande benefício para os moradores daquela localidade.
A iniciativa priorizará chances para recuperação de pessoas envolvidas com as drogas.
“Estamos unindo forças, vereadores e secretarias, para que pessoas usuárias e dependentes de drogas sejam acolhidas e amparadas. Ontem aconteceu o lançamento do projeto que visa revitalizar uma área que, durante muito tempo, foi posta a margem da sociedade. Temos nos preocupado também em capacitar as pessoas que lidam com os dependentes, para que tudo ocorra da melhor forma possível”, destacou.
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A polêmica do não início da CPI da KMC e dos Teclados foram os principais pontos do discurso de Ernesto Maia (PSL).
Para o vereador, a postura adotada pelo presidente da câmara, o vereador Junior Gomes (PSB) em esperar o julgamento do mérito não é justificada e que as duas CPIs deveriam ser iniciadas o quanto antes.
“Somos um poder independente, não precisamos de decisão da justiça para iniciar a CPI” destacou, completando que o presidente deveria refletir mais sobre o assunto.
Sobre o discurso de ataque de Jessyca Cavalcanti (PTC), de que o vereador teria a cara de pau e mereceria um frasco de óleo de peroba, Ernesto respondeu a provocação e fez um desafio.
“Eu quero ver como vão ficar as bochechas de algumas pessoas que vão ter que pedir votos para Sérgio Guerra, que nunca fez nada por Santa Cruz do Capibaribe”.
Foi este o principal ponto do discurso abordado pelo vereador Ronaldo Pacas (PSDC).
Para o vereador, além da Compesa não realizar o fornecimento de água de maneira devida para o município, ainda promoveria desrespeito contra o consumidor.
“A Compesa é uma estatal que envergonha Pernambuco. As pessoas que são atendidas lá são tratadas como se nada fossem”, destacou.
Ronaldo também aproveitou parar prestar contas de algumas ações solicitadas por ele ao longo do mês de janeiro como pedidos para conserto na iluminação pública de algumas ruas e também elogiou o governo pela reafirmas que começaram a ser realizadas no Hospital Municipal.
As reformas deverão viabilizar a implantação de mais dois novos blocos cirúrgicos e melhorias na parte de atendimento e recepção daquela unidade hospitalar.
No seu discurso, o vereador petista criticou os vereadores Afrânio Marques (PDT) e Junior Gomes (PSB).
Para Deomedes (PT) os posicionamentos de cada um quanto a esperar a decisão judicial para que as CPIs sejam instauradas seria uma atitude reprovável.
“A Oposição quer coerência e quer passar tudo isso a limpo”, frisou.
Já contra Jessyca Cavalcanti (PTC), Deomedes afirmou que ela tentou barrar os trabalhos da CPI da KMC, solicitando que fosse feita também a CPI dos Teclados. Com isso, de acordo com o petista, a Oposição recuaria e desistiria do pedido de CPI da KMC.
As últimas críticas do vereador foram feitas para o prefeito Edson Vieira (PSDB), afirmando que o mesmo estaria tirando para si o mérito de obras federais, escondendo o nome da presidente Dilma Rousseff (PT).
Último a discursar, a polêmica do não início dos trabalhos das CPIs também entrou em pauta.
Para Fernando (PROS) o indeferimento da liminar pela justiça, que obrigaria a câmara a iniciar, em caráter imediato a CPI da KMC, sob a alegação de não se ter especificado uma data para a duração das investigações, seria um argumento fraco.
Para o vereador, o regimento diz que, colhidas um terço das assinaturas e protocolado o requerimento de solicitação, a CPI deveria ser implantada imediatamente.
“É um motivo muito fraco para se negar uma liminar”, citou. Fernando também respondeu as afirmações de Junior Gomes sobre a tristeza das palavras ditas por Fernando, em entrevista ao Blog, de que ele estaria desmoralizando o legislativo.
O vereador chegou a pedir desculpas a Junior Gomes, mas ratificou que se sentiu decepcionado com a postura adotada pelo colega que, segundo Fernando, colocaria o poder legislativo de maneira submissa ao poder judiciário.
essas reuniões é uma baixaria tem cada vereadores mal educados e mundiças e ainda fazem parte da educação.Isso é uma palhaçada povo sem credibilidade para representar o povo.