25
novembro

Protesto contra a insegurança e nova denúncia marcam mais uma sessão na Câmara


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Fotos: Thonny Hill

Na tarde desta quinta-feira (24) foi realizada mais uma sessão na Câmara de Vereadores. Uma sessão que foi quente, especialmente por conta da presença de manifestantes que cobravam, dos políticos de oposição, maior empenho quanto a buscar soluções para o enfrentamento a insegurança.

O bate-boca começou ainda no começo da sessão, envolvendo não só os manifestantes e também Fernando Aragão (um dos alvos do protesto), mas também entre os edis, com destaque as trocas de acusações entre Fernando, Helinho e Zé Minhoca.

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Como outras semanas, o tema da insegurança continuou a dominar a pauta dos discursos, mas a denúncia feita por Ernesto Maia, que acusou o prefeito Edson Vieira de usar água da Compesa destinada a prédios públicos e localidades carentes para, supostamente, beneficiar familiares, secretários e também a si mesmo, também repercutiu na Casa de Leis.

Dos 17 edis, 16 deles compareceram, porém 13 deles fizeram uso da tribuna. A ausência ficou por conta de Galego de Mourinha (PTB) e Helinho Aragão, Zé Elias e Vânio Vieira dispensaram o uso da tribuna. Confira o que falou cada um dos 13 vereadores:

Ernesto Maia denuncia Máfia da Água no governo Vieira

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Primeiro a discursar, o vereador Ernesto Maia (PT) fez mais uma denúncia contra a gestão Vieira, que o mesmo batizou de Máfia da Água.

Segundo ele, caminhões agregados a prefeitura, que deveriam abastecer apenas a população mais carente, estariam abastecendo a residência do prefeito, de seus pais e também de outros familiares. O vereador citou que chegou a acompanhar, por cerca de 60 dias, a movimentação de alguns desses caminhões agregados.

O vereador chegou a entregar, para a imprensa, vídeos que mostram, supostamente, um desses caminhões abastecendo a casa do prefeito. Sobre o caso, ele falou:

“Nós flagramos o carro que era para distribuir água no Santo Agostinho, colocando a água na casa do prefeito Edson Vieira, flagramos o carro que era para colocar no Jaçanã, colocando na casa do pai do prefeito, que são pessoas que têm condições de comprar agua” – frisou.

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Afrânio Marques solicita que entidades realizem nova manifestação contra a insegurança

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Os recentes protestos contra a insegurança foram pauta no discurso do vereador e presidente da Casa de Leis.

De acordo com Afrânio, os protestos realizados tomaram conotação política o que, para ele, seria prejudicial a causa, que seria o enfrentamento ao problema.

O mesmo aproveitou para fazer um convite as entidades como Ascap, CDL, Moda Center e Ascont.

“Eu gostaria de fazer um apelo. A Allan, Menininho, Valdir da CDL, Ascont e entidades. Para que vocês puxem esse movimento. Movimento que se tem políticos a frente, é porque estão escondendo alguma coisa. Peço para que as entidades façam isso” – disse.

O mesmo também aproveitou para expressar que a causa da insegurança segundo ele, se dá pela falta de educação e de informação, destacando projetos de sua autoria que propõem o incentivo à cultura e a leitura.

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Dida de Nan afirma que protesto teve propósito principal em atacar Edson Vieira

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No principal ponto de seu discurso, o vereador Dida de Nan (PSB) fez diversas críticas ao protesto realizado na última terça-feira (22).

De acordo com o vereador, a causa principal do protesto não seria a questão insegurança, mas que o principal propósito seria de atacar o prefeito Edson Vieira (PSDB). Dida citou a presença no evento de políticos como José Augusto Maia (PTN) e vereadores de Oposição, que fizeram discursos de forte tom político.

“O que vimos não foi um grupo de Ernesto querer melhorar a cidade, mas apenas de atacar o prefeito. Em alguns momentos, citaram o governador para tentar amenizar, mas na verdade, era só para dar madeirada no prefeito” – disse.

Dida completou que a Oposição já teria pago um preço alto por, segundo ele, seguir sua forma de fazer política, se referindo ao resultado negativo nas últimas eleições.

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Carlinhos da Cohab desafia Dida de Nan a renunciar como vice de Edson Vieira

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No principal ponto de seu discurso, o vereador Carlinhos da Cohab (PTB) fez um desafio a Dida de Nan (PSB).

Fazendo referência as denúncias feitas por Ernesto quanto a suposta “Máfia da Água”, em que o mesmo acusou o prefeito de abastecer a sua casa e a de familiares com água da Compesa, que deveria ser destinada a prédios públicos e comunidades carentes, o vereador fez um desafio ao seu adversário, que é também vice-prefeito eleito.

“Se abrir uma CPI aqui, ainda garanto que vão dizer que ele está certo. Está certo roubar água?! Quero ver se vocês vão defender ou vão ficar calados. Isso é o mínimo que vão fazer, ficar calados porque a verdade dói. É água na casa do prefeito e se não colocar, está fora” e completou: “Se ele for investigado e isso for verdade, renuncie” – disse.

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Pipoca afirma que Carlinhos da Cohab não busca soluções para enfrentamento a insegurança

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O vereador Klemerson Pipoca (PSDB) fez diversas críticas ao oposicionista Carlinhos da Cohab (PTB).

De acordo com o governista, Carlinhos não buscaria soluções para o enfrentamento a insegurança do município e fez pouco caso ao ofício protocolado em Recife, onde protocolou um ofício no Palácio do Campo das Princesas, onde atua o governador Paulo Câmara (PSB).

“Ele foi para o Recife e protocolou um ofício, mas o que ele trouxe de fato para Santa Cruz?” – disse.

Em seguida, o vereador criticou Fernando Aragão (PTB) onde, segundo o mesmo, fez uma atitude inadequada contra um dos manifestantes.

“Poucos cidadãos estão aqui reivindicando e Fernando Aragão chama um deles de louco? Só porque eles estão cobrando que a Oposição faça alguma coisa” – pontuou.

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Zezin Buxin afirma que apenas segundo protesto apresentou proposta para a insegurança

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No seu discurso, o vereador Zezin Buxin (PSDB) mostrou sua aprovação ao pequeno protesto realizado na Câmara.

Segundo a Oposição, o protesto era formado apenas de aliados do prefeito Edson Vieira (PSDB), mas segundo o vereador, teria sido o único a apresentar uma proposta para o combate a insegurança.

“Quero que, pelo menos alguém, apresente uma ideia para esse problema e esse pequeno grupo aqui apresentou, que é a mudança no código penal” – disse.

Em seguida, o vereador destacou, segundo o mesmo, que a origem da violência teria um conjunto de fatores e que a sociedade só se procuraria culpados, mas não soluções; assim como não culpar os próprios bandidos.

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Junior Gomes chama Fernando Aragão de frouxo

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O vereador Junior Gomes (PSB) fez um discurso carregado com diversas críticas a vereadores de oposição, com ataques a Ernesto Maia (PTB), Carlinhos da Cohab (PTB) e principalmente em Fernando Aragão (PTB).

“Ao se sentir pressionado, porque cobraram a oposição sua responsabilidade, Fernando chamou um deles de louco, de babões e até mesmo Zé Minhoca de caduco” – disse.

Em seguida, o vereador lembrou a reunião dos mesmos com o comando do 24º BPM para tratar da insegurança e, segundo Junior, Fernando ficou calado durante toda a mesma, continuando as críticas.

“Ele ficou calado porque é frouxo, porque não tem nada a mostrar para o povo. Quero parabenizar as pessoas que estão aqui, que apresentaram propostas enquanto a oposição não disse nada” – pontuou.

Em seguida, ele fez críticas a José Augusto Maia, citando que o mesmo, enquanto esteve como deputado federal, não teria feito nada em prol da segurança pública.

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Ronaldo Pacas rebate ofício de Carlinhos da Cohab e denúncia de Ernesto Maia

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Dois pontos podem ser destacados no discurso do vereador governista. No primeiro deles, o vereador tentou desqualificar a denúncia de Ernesto, que acusou o prefeito de usar, para si e para familiares, água da Compesa que deveria ser usada para abastecer prédios públicos e pessoas carentes.

“Sua denúncia é válida, mas espero que ela não seja como aquela do jumento, que tanto vocês criticaram, mas não deu em nada” – ironizou.

Em seguida, o vereador fez críticas ao ofício protocolado no Palácio do Campo das Princesas, direcionado ao governador, com cobranças quanto a questão da insegurança.

“Com relação ao requerimento (ofício) que ele deixou na casa do governador, agora ele não pode mais falar que Diogo Moraes é da cozinha. Com relação a água, nós estamos lutando. Você desafiou Dida e queria que, quando a água chegasse, ela beneficiasse Jataúba, para beneficiar correligionários seus” – pontuou.

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Narah Leandro destaca campanha para cadastramento de doadores de medula óssea

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No primeiro ponto de seu discurso, a vereadora fez destaque a uma campanha que será realizada pelo Hemope no município.

A campanha, marcada para 30 de novembro e 01 de dezembro, tem como foco o cadastramento para doações de medula óssea. Segundo ela, o cadastramento acontecerá na parte da manhã na quarta-feira (30) e na parte da tarde na quinta-feira (01).

Já quanto a questão da insegurança, a vereadora fez críticas a Oposição que, segundo a mesma, não poderia falar da questão da insegurança local.

“Eu não acredito que apresentar soluções seja algo fácil, mas parem de terceirizar esse problema. Apresentem soluções como eu fiz, como o Polícia Amiga e o Projeto Transformar. Apresentem propostas e corram atrás, pois assim vocês podem falar sobre segurança pública” – pontuou.

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Fernando Aragão rebate críticas de manifestantes e de Zé Minhoca sobre suposta responsabilidade com instalação de presídio

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Dois pontos podem ser destacados nas falas do líder da bancada de Oposição. No primeiro deles, Fernando Aragão rebateu as críticas feitas por manifestantes, que cobravam da oposição ações no enfrentamento a insegurança.

“O que não se pode é cobrar aquilo que não se é possível fazer por um vereador. Estamos cobrando para que o prefeito faça sua parte. Isso vai resolver? Não, mas vai amenizar” – disse.

Fernando Aragão voltou a cobrar a instalação das câmeras de segurança e também da volta dos trailers da Guarda Municipal, citou que a cidade está “entregue às baratas” quanto a segurança rebateu críticas de Zé Minhoca.

O situacionista afirmou que Fernando seria um dos responsáveis pela chegada do presídio a cidade, jogando o fato para o ex-vereador Francisco Ricardo (PSDB) e o ex-prefeito Toinho do Pará.

“O senhor não tem moral para falar de dignidade de ninguém, já que o senhor votou contra seu próprio requerimento (que pedia a instalação da CPI dos Coffee Breaks)” – disse.

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Zé Minhoca chama vereadores de Oposição de mentirosos e afirma não temer ser levado a Conselho de Ética

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No seu discurso, o vereador Zé Minhoca (PSDB) fez críticas a vereadores de Oposição, citando que os mesmos só se posicionam para denegrir a imagem do prefeito.

Em seguida, o vereador falou sobre o presídio de Santa Cruz, voltando a colocar o mesmo como um dos responsáveis pelo aumento da criminalidade no município. Por vários momentos, o vereador se mostrou extremamente irritado, chamou vários vereadores de Oposição de mentirosos e mostrou não se importar com a possibilidade de ser posto ao Conselho de Ética por quebra de decoro.

Zé Minhoca finalizou seu discurso, afirmando que Fernando seria sim um dos culpados pela instalação do presídio no município junto com Toinho do Pará. Segundo o mesmo, quando na presidência da Câmara, o vereador estaria devendo o valor de R$ 35 mil, referente ao terreno do mesmo, mas não deu maiores detalhes.

“Venha aqui vereador, venha aqui que eu vou mostrar a verdade, que você também é responsável por esse presídio estar aqui” – disse.

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Deomedes Brito faz críticas a manifestação na Câmara e cobra respeito de Zé Minhoca a sua bancada

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Em seu discurso, o vereador Deomedes Brito (PT) fez críticas aos manifestantes que estavam na Câmara.

De acordo com ele, os protestos não deveriam ser direcionados unicamente a vereadores de oposição, mas também a prefeitura e ao governador. O vereador também mostrou sua insatisfação quanto ao discurso do vereador Zé Minhoca e cobrou para que o mesmo tivesse respeito com a sua bancada.

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Luciano Bezerra destaca protesto na Câmara e projeto com mudanças no regime de tributação ao Polo

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Dois pontos podem ser destacados no discurso do vereador de situação. No primeiro deles, Luciano Bezerra (Rede) destacou a presença dos manifestantes na Câmara, que protestavam contra a insegurança.

Sobre a insegurança, o parlamentar destacou que ela tem origem em diversos fatores como estrutura defasada das polícias e a falta de investimento.

“É preciso encarar isso. Enquanto não se encarar com seriedade que ela precisa, digo a vocês que seremos reféns” – pontuou.

Em seguida, Luciano destacou o Projeto de Lei aprovado em primeira votação na Assembleia Legislativa, que fixa novas regras fiscais para confecções do Agreste.

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