06
novembro

Problema ambiental

Lixo que é produzido em Toritama será destinado a aterro de um dos municípios que integram o CONIAPE

Na quarta-feira (05) o prefeito de Toritama, Odon Ferreira (PSB) assinou um termo de compromisso ambiental, de modo a iniciar o processo de desativação do lixão do município, que fica as margens da BR-104.

 

No documento, que também será assinado por todos os prefeitos no estado, prevê que todos os municípios devem seguir uma Lei Federal que obriga que os lixões sejam extintos e que aterros sanitários sejam construídos para armazenar todos os resíduos, prazo esse que acabou em 02 de agosto desse ano.

 

Toritama, que integra o CONIAPE (consórcio de 11 municípios do Polo de Confecções, entre eles Taquaritinga e Santa Cruz do Capibaribe), é considerado um dos menores cidades pernambucanas em tamanho territorial, com pouco mais de 25 km², fator que este que inviabiliza a Capital do Jeans a ter seu próprio aterro.

 

Possibilidade de Santa Cruz do Capibaribe receber os resíduos não está descartada

 

Com isso, o lixo que lá é produzido terá que ser destinado a um dos aterros de municípios que integram o consórcio, ou seja: Santa Cruz do Capibaribe não está descartada em receber tais rejeitos.

 

Entramos em contato com o gestor de Meio Ambiente de Santa Cruz do Capibaribe, Pablo Ricardo, para saber se o aterro aqui existente teria condições de receber tais rejeitos, caso o município fosse o “escolhido” para essa destinação.

 

De acordo com o gestor, um estudo está sendo coordenado pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), o próprio CONIAPE e a Secretaria de Meio Ambiente do Estado para determinar onde esse lixo será destinado, mas esse estudo está em fase de início, segundo ele.

 

Pablo adiantou que não sabe se Santa Cruz do Capibaribe será selecionada, mas adiantou que o aterro tem condições de destinar, de forma correta com seu maquinário, até 200 toneladas de lixo e resíduos por dia, sendo que, atualmente, processa 80 e falou sobre a situação de Santa Cruz do Capibaribe frente a essa possibilidade.

“Nada foi conversado com a gente quanto a isso, mas o que se foi visto foi a viabilidade econômica para que Toritama destine tais resíduos. O mais provável é que Taquaritinga acabe por receber os resíduos sólidos que são produzidos em Toritama, mas uma coisa é certa: um dos municípios do Coniape ficará destinado a receber esse rejeito”, frisou.

 

Pablo também destacou que Santa Cruz do Capibaribe também assinará esse termo e que 50% das condições exigidas já estariam cumpridas, tendo ainda que implantar outras ações como a coleta seletiva e combater o despejo de lixo as margens da PE-160.

 

Punições para Toritama

 

Já em entrevista concedida ao portal G1 Caruaru e Região, a promotora do Ministério Público Dra. Gilka Miranda, falou sobre prazos para estipulação de medidas, entre elas a implantação da coleta seletiva, reciclagem e um plano municipal, assim como punições caso cada uma das etapas seja descumprida por Toritama.

 

“São vários prazos diferentes. Por exemplo: 30 dias para o plano municipal, 120 dias para a coleta seletiva, 120 dias para criar o Conselho – para os municípios que não têm. Se não houver justificativa para o descumprimento dos prazos que foram estabelecidos no termo, vai haver aplicação de multa e incorrer também em outras implicações”, frisou.

 

O estudo de viabilidade deve ser concluído em até 90 dias e, inicialmente, 20% de tudo o que é produzido de lixo em Toritama deve ser destinado a um desses aterros, quantidade que aumentaria de forma gradual.