Na tarde tarde desta quinta-feira (17) foi realizada mais uma sessão ordinária na Câmara de Vereadores.
Dos 17 edis, 14 deles estiveram presentes e fizeram uso da tribuna, em uma reunião que foi acalorada em vários momentos. As ausências ficaram por conta dos vereadores Vânio Vieira, Helinho Aragão (PTB) e Narah Leandro (PSB), por outros compromissos agendados.
Além dos temas já citados, que predominaram a pauta de discussões, projetos importantes, vindos do Executivo, também foram apresentados, votados e aprovados.
O primeiro deles tratou do reajuste salarial dos professores da rede municipal, o segundo destacou o salário dos servidores retroativo a janeiro e o terceiro destacou o piso salarial para servidores públicos efetivos.
Confira o que foi dito pelos vereadores durante o uso da tribuna:
Abrindo a série de discursos, o vereador Galego de Mourinha (PTB) destacou, segundo ele, a demora por parte da secretaria de Serviços Públicos em realizar o reparo de buracos em vias públicas.
“Tantas coisas para fazer, um tapa buraco é tão simples, mas toda vez que se quer fazer tem que se humilhar a deputado, governador ou a prefeito, enfim. Eu já disse nessa Tribuna, que os políticos dessa cidade têm que ter pulso, bater na mesa e exigir as obras boas para Santa Cruz do Capibaribe” – disse.
O vereador Carlinhos da Cohab (PSL) destacou sua ida a Recife na última quarta-feira junto com o vereador Ernesto Maia (PSL) ao Tribunal de Contas do Estado.
Os vereadores foram a busca de informações sobre as contas do exercício 2013 do prefeito Edson Vieira (PSDB), contas estas em que estavam a polêmica auditoria especial sobre o caso da KMC Locadora.
O TCE havia aprovado as contas, mas o Ministério Público de Contas foi provocado e decidiu recorrer da decisão e criticou o prefeito, citando que ele figuraria no hall de fichas-sujas.
“Em breve, o prefeito que já é bloqueado, vai se tornar um prefeito ficha suja. As contas do prefeito sequer vêm para cá, já sobe direto para o Tribunal de Contas”.
Conhecido pela linha de discursos fortes contra o Governo Federal, o vereador Zé Minhoca (PSDB) fez duras críticas à forma, segundo ele, como o PT vem administrando o país.
“O PT teve o descalabro e sem-vergonhice de quando chegar ao poder, fizeram o que estão fazendo. Todos nós fomos enganados. Quando um bandido daquele vem dizer que vai devolver 5 milhões, é porque ele roubou 20. Peço aos jovens que não percam a esperança”.
Zé Minhoca chegou a ter seu discurso interrompido por uma conhecida militante do PT no cenário local, sendo questionado que deveria ter vergonha ao falar da história da legenda.
Ronaldo Pacas fez duras críticas a bancada de oposição que, segundo ele, não se preocupa em, junto com suas principais lideranças, conseguir ações em prol do município.
O vereador contextualizou a sua crítica a BR-104 que, segundo ele, está sendo mais uma vez recapeada no estado da Paraíba.
“Na PE-160, os trabalhos estão caminhando e há quanto tempo essa BR-104 anda paralisada? Vocês têm representantes fortes em Brasília como Humberto Costa e Armando Monteiro, que já poderiam ter feito algo” e completou: “Será que só os paraibanos é que são bons ou é a discriminação do Governo Federal com o Estado, por ser adversário?” – disse.
No principal ponto de seu discurso, Ernesto Maia (PSL) destacou que tem uma nova denúncia envolvendo o Calçadão, desta vez tendo como alvo um vereador de situação.
Sem dizer qual o nome, Ernesto fez críticas à, segundo ele, a forma de como o vereador Zé Minhoca (PSDB), que preside a CPI que apura denúncias no espaço comercial, decidiu pelo fechamento da mesma.
“O senhor está querendo proteger alguém, mas não sei quais os seus motivos. Não foi mandado pela prefeitura o cadastro atual dos feirantes e nós não podemos ir em lojas e boxes sem esse cadastro” – disse.
Ainda de acordo com a denúncia, um dos vereadores supostamente teria sido beneficiado, de forma irregular, com pontos comerciais.
O vereador Fernando Aragão usou da tribuna para questionar de quem seria a responsabilidade pela manutenção da iluminação pública do município.
Segundo ele, ruas e avenidas tem sofrido efeitos com lâmpadas queimadas e destacou o jogo de empurra-empurra entre a Celpe e o município, cobrando para que o problema seja tratado em uma audiência pública.
“Não é mais possível que a população não saiba a quem solicitar quando o assunto é iluminação pública. Os problemas estão acontecendo e isso faz com que a insegurança aumente” – disse.
A audiência teria como convidados representantes da Celpe, do Poder Público e também da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Líder da bancada situacionista, Klemerson Pipoca (PSDB) fez duras críticas ao vereador Carlinhos da Cohab (PSL).
De acordo com Pipoca, a atuação parlamentar do oposicionista seria questionável e o desafiou para um debate, até mesmo com a presença da juventude estudantil.
“Vão vários projetos que tenho nesses três anos e dois meses de mandato. Eu o desafiei e ele ‘abriu’ por não ter o que mostrar” – frisou
Aumentando as críticas, Pipoca destacou a ida de Ernesto Maia e do próprio Carlinhos a Recife, com foco no escândalo da KMC Locadora, que deu origem a “Farra das Locações”.
“Porque não foram buscar soluções para Santa Cruz a exemplo da continuidade da BR-104… Isso é ter coerência?!” – disse.
No ponto mais forte de seu discurso, o vereador socialista exibiu a gravação de um trecho de um discurso do vereador Fernando Aragão.
A gravação mostra Fernando descrente que a Central de Feiras e Mercados não sairia do papel porque o Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM), fonte para a conclusão do projeto, estaria quebrado.
“Fernando, diga que sim ou que não que o senhor disse que o FEM estaria quebrado. Vossa Excelência afirma que o FEM é uma mentira?” e completou: “A Central de Feiras e Mercado é uma mentira?” – disse.
Fernando rebateu, solicitando que o vereador Junior apresentasse documentos para sustentar suas afirmações.
No seu discurso, o vereador situacionista destacou a entrega de duas obras pela atual gestão: A Praça dos Paraibanos e também a nova Central de Feiras e Mercados.
“O que vi é que 90% das pessoas estão satisfeitas com essas duas obras para Santa Cruz do Capibaribe” – disse.
Em seguida, o vereador voltou a relembrar a proximidade do fim do prazo para regularização do Título de Eleitor, através do recadastramento biométrico.
O tema da insegurança pública foi pauta no discurso do vereador situacionista.
Zezin Buxin (PSDB) enfatizou, segundo ele, que a maioria dos assaltos envolvendo criminosos em motos são realizados com o auxílio do capacete fechado, que segundo o mesmo, dificulta a identificação dos bandidos por suas vítimas.
O vereador destacou sua posição favorável a um projeto que obrigue a retirada do capacete fechado das ruas e aproveitou para criticar aqueles que, segundo ele, dizem que o governo não está tomando atitudes no enfrentamento a criminalidade.
“Enquanto as Oposições dão a conotação de que não se vem fazendo nada, muito pelo contrário! Se tem feito muito, mas isso ainda não é suficiente” e completou: “Quando se procura culpados para os problemas, se diz que a culpa é dos políticos ou da falta de policiais, mas se esquecem de culpar também os bandidos. Ninguém está de braços cruzados” – disse.
No seu discurso, o vereador Deomedes Brito (PT) rebateu as críticas feitas pelo vereador Zé Minhoca (PSDB) ao Governo Federal.
De acordo com ele, o momento de instabilidade política no país é somente colocado apenas o PT como culpado, não vendo as irregularidades cometidas em outros governos envolvendo políticos de outros partidos.
“O que quero é que se dão o pau em Chico, deem também em Francisco” – disse
Em seguida, o vereador teceu críticas ao situacionista Junior Gomes (PSB), criticando a curta atuação do mesmo à frente da Secretaria de Serviços Públicos e a atual relação do mesmo com o ex-prefeito Toinho do Pará, político que já foi nomeado por Junior como “Toinho Buracão”.
“Não sei quem tem a maior cara de pau, se é o senhor ou Toinho do Pará” – pontuou.
No principal ponto de seu discurso, o presidente da Câmara, Afrânio Marques (PDT), destacou as entregas das obras Praça dos Paraibanos e Central de Feiras e Mercados.
“Mesmo quando se critica pela crítica da Oposição, as obras estão aí para servir a população. Quando se fala em praça, estamos dando opções de lazer que são raras e quando se fala na Central de Abastecimento (Feiras e Mercados), estamos dando condições dignas a aqueles comerciantes” – disse.
No seu discurso, o vereador Luciano Bezerra (PR) destacou o atual momento de instabilidade política, enfatizando as gravações de conversas telefônicas entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula.
“Estamos vivendo o momento em que o Brasil não tem crédito, em que a riqueza vem diminuindo. O salário vem se perdendo frente a inflação. O país não tem mais crédito para que os investidores internacionais coloquem aqui o seu dinheiro. É preciso que essa crise, que para mim chegou ao extremo, em que nosso país dormiu com gravações absurdas, de relações que posso dizer de prostituição das instituições públicas entre uma presidente e uma ex-presidente e do alto escalão de seu governo” – disse.
Em seguida, Luciano falou da aprovação da Comissão do Impeachment da presidenta e destacou a necessidade de uma limpeza política, independentemente de quais partidos.
No principal ponto de seu discurso, o vereador Dida de Nan (PSDB) destacou a entrega, para este fim de semana, de uma praça e um carro para o PSF, todos na Vila do Pará.
As entregas sessão realizadas nesta sexta-feira, na abertura da tradicional festa do distrito. Com as entregas anunciadas, o vereador aproveitou para atacar adversários políticos.
“Temos um grupo, um prefeito que trabalha apesar de todas as dificuldades que temos, não só prefeitura, mas governo do Estado e Governo Federal. A bancada de situação e acusada de dizer que ‘Tudo está a mil maravilhas’, mas não, falta melhorar e muito, em especial a insegurança” – disse.
Em seguida, o vereador fez duras críticas ao PT, citando que o governo estaria prejudicando o país e que a Oposição não teria coragem de assumir isso a população.