Fotos: Thonny Hill e arquivo
Mais uma reunião ordinária foi realizada nesta quinta-feira (01) na Câmara de Vereadores e dois assuntos dominaram a pauta de discursos: a mudança de grupo político pela parte do vereador Zé Elias (PTB) e também a manutenção pela liminar que bloqueou os bens do prefeito Edson Vieira (PSDB) e dos demais citados no processo da Farra das Locações.
Além desses temas, foram votados vários requerimentos, entre eles os que pedem a abertura das CPIs da distribuição de pontos no Calçadão Miguel Arraes de Alencar e também da denúncia de irregularidades na compra e fornecimento de coffee-breaks a eventos promovidos pela prefeitura.
Confira este e outros temas que foram discutidos pelos edis.
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Dois pontos podem ser destacados no discurso do vereador Zé Minhoca (PSDB). No primeiro deles, o vereador falou sobre a entrega da medalha Padre Zuzinha ao ex-prefeito e ex-deputado federal José Augusto Maia (PROS).
No ato da entrega realizada na última terça-feira (29), o vereador se retirou do plenário no momento de falas do político.
“Ele veio aqui para mentir e eu me retirei. Eu era para ter protestado na hora. Ele veio dizer que fez o Moda Center… Ele é um mentiroso, pois quem fez foi o ex-prefeito Ernando Silvestre” – disse.
Já no segundo momento, o vereador falou sobre um projeto de lei de sua autoria, que institui o Dia Municipal dos Amigos da Pedra da Bicuda, importante ponto natural no Rio Capibaribe que é ligado diretamente a história de gerações que nasceram no município.
No principal ponto de seu discurso, o vereador petista cobrou para que o Governo Estadual mostre algum posicionamento quanto a demora pelo reinício das obras de duplicação da BR-104.
O Governo do Estado assumiu a responsabilidade de retomar as obras, que foram paralisadas ainda em 2012.
“Se eles não têm condições, eles digam e passem para o Governo Federal que eu tenho certeza que o DNIT terá condições de fazer” – disse.
Já sobre as afirmações da Situação e do Prefeito de que prejuízo aos cofres públicos com a KMC seriam de pouco mais de R$ 250 mil, o vereador endureceu o discurso, dizendo que o governo admitiu que houve erros na contratação da empresa de locação de veículos, no caso que ficou conhecido como “A farra das locações”.
No principal ponto de seu discurso, Ronaldo Pacas (PSDC) fez sua defesa as críticas que foram feitas pelo vereador Carlinhos da Cohab (PSL) a Zé Elias (PTB), após este ter ido para a bancada de Situação.
“O senhor (Zé Elias) está de volta a um partido que o senhor pertenceu e eu acho ridículo que um vereador diga que o senhor não fará falta. Você merece respeito e dignidade” – disse.
Ronaldo também destacou a crise econômica e mostrou sua torcida para que obras no município, a construção da UPA 24 horas e a Central de Feiras e Mercados, possam manter seus cronogramas e sair até o final de ano.
No fim, o vereador destacou o Projeto Cidade Lazer que, segundo ele, foi um pedido feito ao prefeito Edson Vieira (PSDB) e que foi atendido. O projeto consiste na interdição de boa parte da Avenida 29 de Dezembro aos domingos para realização de momentos de lazer a população.
Um dos discursos mais aguardados da tarde, o vereador Zé Elias (PTB) fez seu primeiro discurso depois da anunciada mudança de grupo político.
O vereador falou das críticas que recebeu e, especialmente, as que foram feitas pelo ex-aliado Carlinhos da Cohab (PSL).
“Estou com o espinhaço aqui para levar pancada, mas não vou dar a minha resposta a quem faz um discurso de zoada” e completou “Eu sou o mesmo Zé da Fuba”.
Em seguida, Zé direcionou suas palavras a Fernando Aragão, citando a pré-candidatura do mesmo a prefeito.
“Torço para que o senhor seja candidato, mas é muito difícil e o senhor sabe como é esse grupo” – pontuou.
Com um forte discurso de pré-candidatura a prefeito, o vereador Fernando Aragão deu sua opinião a saída de Zé Elias para o grupo de Situação.
Fernando lamentou a mudança política do ex-aliado, mas fez críticas ao prefeito Edson Vieira, que tem como aliados o ex-prefeito Toinho do Pará (PHS) e também o ex-vereador Dr. Nanau, questionando sobre como ficaria o discurso pregado por ele e 12 anos de atraso de gestões taboquinhas.
“Agora ele tem a chapa completa (…) São os quatro anos de ruindade mais quatro anos de KMC… Como que isso vai ficar? O povo deve analisar” – disse.
O vereador completou seu discurso afirmando que, durante a campanha de 2016, seu mote será o uso correto do dinheiro público.
No principal ponto de seu discurso, a vereadora Narah Leandro (PSB) falou da importância das eleições para escolha dos novos Conselheiros Tutelares, marcada para o próximo domingo (04).
De acordo com ela, faltou mais divulgação por parte dos meios de imprensa sobre a importância do processo eleitoral e que os locais de votação também não estavam gravados na cabeça da população.
Narah também destacou a entrada de Zé Elias (PTB) a bancada de Situação e fez sua defesa ao político quanto as críticas recebidas pela sua mudança de grupo.
“Na politicagem, o senhor só tem valor para essas pessoas enquanto está no grupo, mas quando saí, não tem. O senhor é muito bem-vindo” – disse.
O tema da crise financeira em Santa Cruz do Capibaribe foi pauta no discurso do vereador tucano. De acordo com Vânio Vieira (PSDB), em andanças e conversas com empresários locais, foi destacado que a falta de capital de Giro seria o principal problema das empresas para o enfrentamento a crise e a manutenção dos empregos.
Vânio citou que essa falta de dinheiro se refletiu na grande quantidade, segundo ele, de imóveis e veículos postos à venda, mas enfatizou que a situação de falta de dinheiro na população deixa o cenário ainda mais difícil.
Como solução, o vereador propôs para que os vereadores realizem, uma reunião para discutir uma forma de como o Governo Federal poderia ajudar as empresas locais, através da criação de uma linha de crédito especial para financiamento de Capital de Giro.
“Sem esse recurso, muitos empresários de confecção me disseram que não tem condições de continuar. Isso tiraria Santa Cruz dessa crise” – disse.
No principal ponto de seu discurso, o vereador Dida de Nan (PSDB) fez sua defesa ao governo após a divulgação dos argumentos que serão usados na defesa do prefeito Edson Vieira.
Segundo informações de bastidores, seria de que prejuízo aos cofres públicos não seria de R$ 1,7 milhão, mas de pouco mais de R$ 250 mil, o vereador comemorou a notícia.
“Agora está em R$ 250 mil. São acusações. Eu quero que vocês riam, podem rir, mas eu não entendo. É justamente o que eu vinha falando: vocês levam na esportiva, na gozação, mas vai ser lapada e vai ter de novo” – disse.
Sobre a questão do Moda Center, Dida afirmou que José Augusto Maia só morou luta pela mudança da feira para o Moda Center quando percebeu que teria vantagens financeiras no processo.
“Muita gente sabe que Zé se montou em boxes, em lojas; em um dormitório daqueles grandes… Quem é que não vai desse jeito?! Ali foi que deram a Zé!” – frisou.
No principal ponto de seu discurso, o vereador Ernesto Maia (PSL) voltou a destacar o bloqueio dos bens do prefeito Edson Vieira (PSDB), um dos citados no escândalo da Farra das Locações de Veículos.
Ernesto citou a manutenção da liminar na Justiça, que liberou que o prefeito tivesse apenas o seu salário no poder executivo e dirigiu críticas ao vereador situacionista Dida de Nan (PSDB).
“Foi dito pelo Ministério público, pelo juiz e pelo desembargador que os bens dele continuaram bloqueados. Dida, faça como eu. Se tem alguma denúncia, vá ao Ministério Público.
Em seguida, o vereador mostrou o seu lamento quanto a saída do vereador Zé Elias (PTB) de seu grupo político.
O vereador Luciano Bezerra (PR) fez uma defesa a Gestão Vieira e criticou, segundo ele, a postura do grupo de Oposição em se posicionar como se o prefeito já tivesse sido condenado no caso da Farra das Locações.
Luciano rebateu palavras de Ernesto Maia e chegou a fazer um comparativo do caso com o que está acontecendo com o vereador Galego de Mourinha (PTB) e também com o ex-prefeito Toinho do Pará (PHS) e também do vereador Zé Elias (PTB), citados em um processo de suposta doação irregular de terrenos públicos.
“Eu tenho os vereadores Galego de Mourinha e Zé Elias como acusados, mas eles têm seu direito à ampla defesa como o prefeito Edson Vieira também tem. Quero deixar bem claro é que tudo aquilo que o senhor acusa o prefeito Edson Vieira, cabe para qualquer um dos que estão aqui. O que eu estou dizendo é que se precisa de respeito na tribuna” – disse.
A discussão da polêmica criou um mal-estar entre os vereadores e, em sua defesa, Galego citou que colocava a disposição seu sigilo bancário e telefônico e destacou que tudo o que foi feito quando secretário de obras era de conhecimento do ex-prefeito.
“Percebam o nervosismo do vereador que, assim como o vereador Zé Elias e o prefeito podem estar sendo injustiçados aqui.
A mudança de grupo político pelo vereador Zé Elias (PTB) foi a principal pauta de seu discurso.
De acordo com o vereador, o ex-aliado petebista deveria ter analisado mais a sua mudança de grupo. Helinho lamentou a decisão de Zé Elias.
“Lamento profundamente o senhor ter tomado essa decisão. Eu acho que um político deve ter lado, mas o senhor deveria ter analisado isso com a sua família e com o povo que tanto te abraçou” – frisou.
No fim de seu discurso, o vereador falou sobre a quantidade de bairros que ficaram em situação de colapso com a divulgação do novo calendário de abastecimento da Compesa, cobrando para que carros pipas fossem destinados o mais breve possível.
O vereador Carlinhos da Cohab (PSL) ironizou as afirmações de Dida de Nan (PSDB) que comemorou o argumento de que o suposto prejuízo de mais de R$ 1,7 milhão seria de pouco mais de R$ 250 mil.
Carlinhos citou que Dida teria feito “uma comparação maluca” sobre o caso e disse que o vereador situacionista abrisse os olhos quanto, segundo ele, ao escândalo.
“Dida, eu repito mais uma vez. No lado político nas suas falas sobre a KMC, o senhor deixa a desejar. Abra seus olhos, pois tenho para mim que o senhor não pegou esse dinheiro; eu tenho certeza” – disse.
No fim, o vereador destacou a continuidade do bloqueio dos bens do prefeito Edson Vieira na justiça.
No principal ponto de seu discurso, o vereador Klemerson Pipoca (PMN) rebateu as afirmações de Carlinhos da Cohab (PSL) e do grupo de Oposição quanto as críticas ao caso da KMC Locadora.
“Eles têm essa mesma ladainha. Vai pra lá, vem pra cá e não tem nenhum projeto” e completou: “O senhor tem um discurso populista. Só grita, grita e grita. O que o senhor trouxe de produtivo para esta reunião?” – frisou.
O vereador completou seu discurso falando dos trabalhos realizados pela Comissão de Convivência com a Seca na qual é presidente e também destacou a importância da eleição para a escolha dos novos conselheiros tutelares, que será realizada no próximo domingo (04).
Penúltimo vereador a discursar, o vereador Galego de Mourinha (PTB) aproveitou para rebater as afirmações e, segundo ele, as comparações feitas pelo vereador Luciano Bezerra (PR) quanto a citação em processo por improbidade administrativa com o escândalo da “Farra das Locações”.
Galego citou que uma coisa não tem nada a ver com a outra e reafirmou que a situação de bloqueio de bens do prefeito Edson Vieira (PSDB) teria motivado tais comparações, assim como o projeto eleitoral dele com Fernando Aragão.
Em seguida, o oposicionista frisou que o marqueteiro do prefeito teria, segundo ele, orientado para que os situacionistas levantassem fatos na tribuna como forma de tirar o foco do escândalo com a locação de veículos em 2013, durante o decreto de emergência.
Em seguida, o vereador completou seu discurso, citando que ouviu informações de que o vereador Luciano Bezerra estaria construindo uma mansão em torno de R$ 2 milhões com dinheiro de origem duvidosa.
“Luciano, tem tanta gente aí nas esquinas de Santa Cruz dizendo que o senhor está fazendo uma mansão de mais de R$ 2 milhões e ninguém sabe de onde veio esse dinheiro. Se fosse escutar conversa, aí a gente vai…”.
Já sobre a sua citação na CPI dos terrenos, o vereador citou que teria recebido uma proposta de Diogo Moraes para que, caso aderisse ao grupo de situação, a CPI que o colocaria como alvo das investigações seria cancelada.
Último a discursar, no principal ponto de seu discurso, o vereador Afrânio Marques voltou a reafirmar sua posição que de o prefeito Edson Vieira (PSDB), citado no escândalo da Farra das Locações, só pode ser acusado de crime caso seja condenado judicialmente.
Para o vereador, as falas que a Oposição prega sobre os fatos colocam o prefeito em uma condição de culpado sem que o caso tenha sido julgado.
“O voto está em primeiro lugar e em muitos casos o interesse público fica em segundo plano. A gente precisa ser honesto. Não adianta brigar um grupo e o outro e não sou eu que estou querendo dar lição em ninguém aqui não, Isso é uma posição minha. Ficam condenando as pessoas sem que haja um julgamento, mas vamos esperar que hajam os julgamentos porque estamos condenando sem sequer dar o direito à ampla defesa”.
Politicagem e mais politicagem e projetos que são bons nada. Da uma tristeza toda semana ler a mesma coisa. Triste politica santacruzense.