Na manhã desta quarta-feira (25) foi realizada mais uma assembleia dos professores. Na pauta de discussões, o não pagamento, por parte da prefeitura municipal, da segunda parcela do retroativo referente ao reajuste salarial de 13,01% do mês de abril.
De acordo com o sindicato da categoria (Sinduprom), a dívida já ultrapassa os R$ 200 mil, sendo que a prefeitura afirma que não tem dinheiro para efetuar esse pagamento, alegando queda de receitas.
Uma proposta teria sido feita a categoria para que esse valor seja pago em janeiro, juntamente com o salário do mês de dezembro, mas ela não foi aceita.
Na terça-feira (24), uma reunião chegou a acontecer, no Ministério Público, entre sindicato, promotoria e prefeitura e lá foi recomendado pela promotora Dra. Natália Campelo que a prefeitura pagasse essa parcela do retroativo junto ao 13º, mas a prefeitura alegou que não teria recursos, mantendo a proposta inicial.
Como não houve acordo, uma paralisação de advertência acontece hoje, onde mais de 9 mil alunos ficara sem aulas. Na assembleia, os professores mostraram seu descontentamento diante do posicionamento por parte do Poder Público, mas alegaram que retornam as atividades a partir desta quinta-feira (26).
De acordo com Luciene Cordeiro, que representa o Sinduprom no município, a possibilidade de uma greve geral da categoria para agora, fator que comprometeria o restante do ano letivo (que finaliza na segunda quinzena de dezembro) está descartada.
Durante suas falas, ela frisou as lutas e conquistas da categoria, mas sinalizou que uma greve geral pode acontecer, caso o cenário permaneça o mesmo em 2016. A possibilidade não foi contestada pelos presentes.
“Eu seria leviana e louca para convocar os professores para uma greve, mas isso é um esquenta para 2016, que não espero coisas boas” – disse.