11
agosto

Coluna Ponto de Vista – com Euzébio Pereira


MUDANÇAS NAS CONJUNTURAS PARTIDÁRIAS

 

Nas últimas semanas temos acompanhado diversas movimentações partidárias em todas as esferas, passando pelos rearranjos no Congresso Nacional, passando pelo Palácio do Campo das Princesas e, claro, em nossa cidade. Por razões diferentes, cada uma destas movimentações carrega consigo uma marca, cheia de simbolismo e recados.

Buscando criar uma maioria na Câmara, o presidente Bolsonaro se aliou ao bloco do “centrão”, conhecido pelo pragmatismo no apoio de todos os governos. A oferta de cargos e os afagos despertaram o alerta no grupo de comanda a Casa, propiciando uma mudança nos blocos partidários: DEM, MDB, PROS e PTB deixaram o centrão. As peças mudam com vistas a sucessão de Rodrigo Maia e, lógico, 2022.

Na esfera estadual muitos foram pegos de surpresa com a aprovação, pela executiva nacional do PT, de candidatura própria de Marília Arraes à prefeitura do Recife. Aparentemente os diretórios estadual e municipal sinalizaram no mesmo caminho, embora o histórico demonstre o contrário. Humberto Costa, que foi alçado ao posto de Senador graças a aliança com o PSB e de sua interferência para tirar Marília da disputa pelo governo, vai precisar mexer muitas peças para continuar afagando os aliados. O que se espera é que o PSB jogue duro e, caso a candidatura não seja descartada, uma ruptura é inevitável, respingando em várias outras cidades.

Uma das cidades que podem sentir os impactos desta nova conjuntura é Santa Cruz do Capibaribe. Vamos continuar acompanhando.

VAPT-VUPT

Agregando – Com a pré-campanha em visível crescimento, Dida conseguiu o apoio de mais uma importante legenda: PSL. Além da adesão de seus quadros, trata-se da legenda com o segundo maior tempo de propaganda e que, somados aos demais partidos que estão no projeto, consolida a formação da aliança em torno de seu nome. Além de agregar, a adesão causou impactos em concorrente.

Enconlhendo – Com definição do PSL em apoiar o projeto de Dida, o pré-candidato Alan Carneiro teve uma baixa significativa em sua rede de apoios. O partido, como dito, tem um bom tempo de guia e com a perda o projeto de do PSD deve ser o de menor espaço na propaganda de rádio. Nos bastidores há indícios de novos abandonos.

Incerteza – Diante das constantes trocas de farpas entre os projetos do PP e PSB e dos novos cenários que estão surgindo no Estado, a candidatura de Helinho Aragão mais uma vez foi colocada em cheque. Lógico que caberá ao próprio PSB o lançamento e consolidação da candidatura, mas o que se vê é uma ingerência do PP na questão, buscando o apoio da sigla. Cada um apresenta uma perspectiva, depende da fonte.

Na Disputa – O vice do Brejo da Madre de Deus, Josevaldo, segue com a pré-candidatura a prefeito da cidade, buscando apoio de outras legendas ao projeto. Eleito junto com Hilário, atualmente está rompido politicamente com aquele. Questionamos, recentemente, eventual inelegibilidade para concorrer a tal cargo, conforme normas da Lei de 64/90. Há, e é preciso ser dito, entendimento de que ao assumir o posto do titular nos últimos seis meses, mesmo interino e por pouco tempo, o vice passa a ter animus do titular do cargo, podendo concorrer ao posto deste. Há ministros que destoam deste entendimento, mas não há indicativo de mudança no entendimento formado pela maioria. Ao que parece, a disputa ficará realmente a cargo da Justiça Eleitoral.

Luto – Na última semana o ex-vereador, Hideraldo Abrantes, foi mais uma vítima do novo coronavírus. Morto precocemente pelo vírus, Hideraldo tem seu nome registrado na história da cidade como presidente da Câmara de Vereadores e signatário da Lei Orgânica Municipal, bem como na memória das pessoas, por sua presteza e boa conversa. Já passam de cem mil o número de vítimas da Covid-19 no Brasil. É um cenário assustador e as esperanças estão todas a cargo de duas questões principais: pessoas se cuidando (distanciamento e higiene) e dos cientistas trabalhando na busca por vacinas e tratamentos eficazes. Mas é essencial que percebamos que não estamos tratando simplesmente de números. Cada vitima tem uma história.

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