25
maio

Artigo


Lulismo e eduardismo

 

Eleitores fazem escolhas considerando incentivos emocionais. Os incentivos emocionais advêm da empatia que o eleitor sente pelo candidato. Surgem também em razão de boas lembranças que os sufragistas têm para com gestores. Eleitores sentem saudades caso o gestor bem avaliado não seja reeleito. Eleitores também podem sentir medo da oposição e optar pela continuidade do governo.

 

Eleitores, em cada eleição, apresentam as suas demandas, as quais fazem parte da agenda eleitoral. Através de pesquisas qualitativas e quantitativas é possível identificar e decifrar as agendas dos eleitores. Por exemplo: na era FHC, a agenda majoritária era combate à inflação. Já na era Lula, a agenda foi crescimento econômico e inclusão social.

 

No âmbito dos estados, observo que a agenda na era Jarbas foi a modernização do estado e, por consequência, melhoria dos serviços públicos e infraestrutura. Na era Eduardo, as agendas foram semelhantes às presentes na era Jarbas, além da segurança pública.

 

A contemplação das agendas por parte dos governos geram lembranças positivas nos eleitores. FHC é lembrado por ter combatido a inflação. Parte dos eleitores tem boas lembranças do Lula em razão do crescimento econômico e dos programas sociais. O ex-governador Jarbas Vasconcelos incentiva boas lembranças nos eleitores. Alto porcentual de sufragistas pernambucanos consideram que Eduardo Campos foi o melhor governador da História de Pernambuco.

 

Os sentimentos positivos de parte dos eleitores para com o ex-presidente Lula possibilitou a origem do lulismo no segundo mandato do então presidente. O eduardismo surgiu em razão dos sentimentos positivos dos sufragistas pernambucanos para com Eduardo Campos. Em 2010, pesquisas detectaram a forte presença do eduardismo entre os eleitores pernambucanos. E a forte presença do lulismo entre os eleitores brasileiros.

 

Eduardismo e lulismo são manifestações observáveis nos ambientes político e eleitoral. Elas têm capacidade de influenciar as escolhas dos eleitores. Tais manifestações não são eternas. Por outro lado, elas podem não findar. Entretanto, elas sofrem processo de enfraquecimento. Em 2010, como já dito, o lulismo estava no auge. Em 2014, constatei o início do seu declínio.

 

O lulismo influenciará fortemente e amplamente as escolhas dos sufragistas na eleição presidencial de 2018? O eduardismo influenciará fortemente e amplamente as escolhas dos sufragistas nas disputas eleitorais de 2016 e 2018? As agendas originadas em cada eleição motivam a origem de novas manifestações eleitorais caso novos atores políticos as contemplem. Quando o eduardismo e o lulismo serão substituídos por outras manifestações eleitorais?

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