Na manhã desta quarta-feira (14), na Câmara de Vereadores, foi realizada uma audiência pública para tratar sobre vários assuntos relacionados ao universo adolescente.
Entre os temas, foram abordados os riscos e implicações da gravidez na adolescência, exposição da intimidade sexual através da internet, a importância da disseminação das informações sobre as temáticas e a necessidade do debate sobre sexualidade, seja nas escolas ou no ambiente familiar.
Com uma plateia formada por estudantes, maioria adolescentes entre 16 e 17 anos, educadores, gestores, assistentes sociais, conselheiro tutelar, coordenadoria da mulher e representantes do Poder Municipal levantaram a necessidade de se ampliar o debate para que a possibilidade de gravidez na adolescência seja vista com maior atenção por parte deles.
A vereadora Jessyca Cavalcanti, autora da iniciativa, relatou situações vivenciadas no seu dia a dia como gestora e professora. Casos alarmantes como prática de incesto (sexo entre parentes) e outros tipos de violência sexual, muitas delas com conhecimento no próprio ambiente familiar, foram expostos, fator que torna mais importante que o tema seja amplamente debatido.
A coordenadora da mulher, Clarissa Carvalho, frisou a importância do debate, colocando que a gravidez deve ser levada como uma questão de escolha e não uma necessidade de realização da mulher.
Já o secretário de Educação, Joselito Pedro, destacou a importância com que o tema pode ser debatido abertamente nos dias atuais, ao contrário de quando era jovem, onde esses assuntos eram vistos como tabus.
Paralelo a audiência pública, foram realizados vários exames rápidos de doenças sexualmente transmissíveis, com foco na sífilis e no HIV, com resultados dados em poucos minutos, além da distribuição de preservativos e panfletos educativos sobre DST’s.
A estudante Mayara Silva, da Escola Padre Zuzinha, falou sobre a importância da audiência.
“É com ideias como essa que podemos levantar ainda mais essas questões, tirar nossas dúvidas e levar adiante as discussões de um tema tão delicado e que atinge a, principalmente, nós mulheres”, frisou.
Ao final, a audiência culminará em um grupo de discussão permanente sobre as temáticas, com ações que serão elencadas entre as escolas, Coordenadoria da Mulher, Secretaria de Educação, Conselho Tutelar, que será convocado cada vez que houver necessidade de se ampliar as discussões.
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