Para Mendonça Filho, Dilma ou Cerveró está mentindo

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O líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE), contestou as duas versões apresentadas para justificar o fechamento da compra da refinaria de Pasadena, no Texas. Em audiência pública conjunta nas comissões de Fiscalização, Relações Exteriores e Desenvolvimento Econômico, hoje (16/4), o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró defendeu o negócio e afirmou ter sido correto no parecer preparado para o conselho de administração da estatal.
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Já a presidente Dilma Rousseff afirmou, em nota à imprensa, mês passado, que foi enganada e se baseou em resumo incompleto e com falhas. “Não dá para as duas versões serem verdadeiras. Quem está falando a verdade? Será que Cerveró enganou a todos, diretoria e conselho de administração ou todos participaram dessa operação desastrosa?”, questionou o democrata.
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Cerveró afirmou mais de uma vez durante a audiência que não existem decisões individuais. O negócio, confirmou, foi aprovado pela diretoria da Petrobras e pelo conselho de administração à época presidido por Dilma Rousseff. E disse: “não foi o melhor do mundo, mas não foi um negócio malfadado. Não houve chance para ser concluído”. E ainda afirmou que as cláusulas Put Option e Marlim, consideradas prejudiciais pela própria presidente Dilma, são absolutamente comuns nesse tipo de negócio e irrelevantes.
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“Essa operação vai entrar na história como um dos mais negativos exemplos de gestão no serviço público. A presidente da Petrobras, Graça Foster, disse ontem no Senado que significou um prejuízo de US$ 500 milhões, quando confessou que a compra da refinaria não foi um bom negócio. Não param de surgir versões sobre esse negócio e cada uma só reforça a CPMI”, pontuou Mendonça Filho.
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O democrata ainda criticou o esforço do governo e do próprio ex-diretor Cerveró em provar que a Astra Oil – empresa que foi sócia da Petrobras na refinaria – não pagou ‘apenas’ US$ 42 milhões por 50% de Pasadena, mas cerca de US$ 360 milhões, considerado o valor do ativo, estoques, dívidas, e gastos com serviço de outra empresa para refinar o petróleo já que a trading belga era uma comercializadora.
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“Nesse caso, os argumentos de Cerveró e Graça Foster são parecidos. Existe uma conta mágica para inflar o valor pago pela Astra Oil por Pasadena. E essa conta só demonstra que a operação foi um desastre e o prejuízo foi brutal, monumental”, opinou o deputado pernambucano.
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Informações da Assessoria.

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