03
julho

Caos na polícia civil


Sem acordo com o governo, categoria anuncia que fará nova paralisação já na semana que vem

 

Cerca de 2 mil policiais realizaram grande protesto em Recife. Foto - Sinpol (divulgação).

Está marcada para a próxima quarta-feira (08) mais uma paralisação dos policiais civis em Pernambuco.

 

Entre a pauta de reivindicações da categoria, estão melhores salários e condições de trabalho nas delegacias, assim como a atualização dos equipamentos de trabalho (com novos coletes a prova de balas, armas e viaturas) e também a contratação de novos agentes.

 

Nesta quinta-feira (02) a categoria realizou uma paralisação e em todo o estado e, na capital pernambucana, foi realizado um grande protesto com cerca de 2 mil policiais, inclusive com o enterro simbólico do programa Pacto pela vida.

 

Após o protesto, uma comissão foi recebida pelo secretário-executivo da Casa Civil, Marcelo Canuto e sem conseguir um acordo, os policiais anunciaram a nova paralisação, que também incluirá os agentes do instituto de Medicina Legal (IML).

 

Outro motivo do protesto dos policiais civis é o Programa de Jornada Extra da Segurança (PJES), onde os policiais trabalham horas extras quando não estão de plantão, de forma a incrementar o salário.

 

De acordo com o Sinpol, um policial pode trabalhar até oito “cotas de PJES” por mês, ou seja: uma cota significa 12 horas de trabalho seguidas e os policiais chegam a acrescentar 96 horas por mês na sua jornada para garantir pouco mais de R$ 1.400 ao seu salário. O programa seria uma forma encontrada pelo governo para reduzir custos e não contratar novos agentes.

 

De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), a categoria dos policiais vem sendo tratada a revelia pelo Governo do Estado. Já o governo alega que reajustes estão impossibilitados em virtude da crise e do cumprimento a Lei de Responsabilidade Fiscal.

 

Durante a paralisação, apenas flagrantes são realizados, excluindo-se procedimentos como registros de boletins de ocorrências, entrega de veículos aos proprietários e o atendimento ao público.

 

A quebra de braço entre governo e policiais civis se mostra que ainda está longe de um fim.

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