06
maio

Em Santa Cruz do Capibaribe


Conselheiros tutelares de 18 estados se unem para tratar o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes

Temas delicados estão sendo debatidos para mais de 300 conselheiros tutelares. Fotos: Júlio Severino e Thonny Hill.

Nesta quarta-feira (06) está sendo realizado o segundo dia do I Encontro Nacional de Prevenção e Enfrentamento ao Abuso Sexual de Crianças e Adolescentes.

 

O evento, que trata de dois temas polêmicos e silenciosos para a maioria da população, está repleto de atividades como palestras, debates e discussões que envolvem mais de 300 conselheiros tutelares de 18 estados brasileiros, além de juízes, promotores, psicólogos e outros profissionais.

 

Hoje, o dia foi dedicado  as palestras com os temas “Abuso sexual e pedofilia – conhecer para combater”, “O papel do CREAS no atendimento dos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes”, “A resposta e o enfrentamento ao abuso e a exploração sexual” e também o lançamento do livro “O sistema de garantia de direitos enlouquecido – Casos, causos e descausos”.

 

Escrito pelo especialista em gestão e controle de políticas públicas e ex-presidente do Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente, Silvino Neto, a obra traz, em suas páginas, casos relacionados a temática em várias cidades do estado.

Após o lançamento, foi realizado momento de autógrafos.

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A parte da noite do evento será dedicada aos professores da rede pública de ensino, onde será realizada a palestra com o ex-conselheiro tutelar e atual conferencista e coordenador de semanários sobre os Direitos Humanos, Luciano Betiate.

 

Mapa dos abusos e da exploração sexual de crianças e adolescentes em Santa Cruz

 

Em entrevista concedida ao blog, o conselheiro tutelar Cleiton Ferreira falou sobre os casos de abuso sexual de crianças e adolescentes no município.

 

De acordo com ele, cerca de 40 casos foram registrados em 2014, números que poderiam ser ainda maiores devido a esse tipo de violência ser silenciosa e os casos não serem levados as autoridades competentes.

 

Cleiton citou ainda que, até o mês de maio, cerca de 10 possíveis casos de abuso e violência sexual já foram registrados no Conselho Tutelar, sendo que a maioria deles envolve crianças pobres e do sexo feminino.

“Os encaminhamentos que nós mandamos para a delegacia, para o Ministério Público, são suspeitas de abusos e o fechamento dos inquéritos nos confirmam, ou não, esses abusos. Essas pessoas que sofrem são os mais humildes, são os mais carentes e o agressor se aproveita de necessidades, muitas vezes presentes na família da criança agredida, seja com uma roupa, uma feira, um dinheiro, um lanche… Temos que ter esse cuidado, especialmente aos pais e as mães, sobre ofertas que são feitas aos filhos e nos denunciem quaisquer comportamentos estranhos.”, disse.

 

Cleiton ainda completou que casos aterrorizantes volta e meia chegam a conhecimento do Conselho Tutelar a exemplo de crianças de 04 anos, do sexo masculino, que são aliciadas sexualmente por agressores.

 

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