Na manhã desta sexta-feira (12) nossa redação recebeu uma denúncia feita pela idosa Lucidalva Leite de Lima (65 anos), que reside no bairro Malaquias Cardoso.
De acordo com as informações prestadas pela idosa, a sua filha Marina Lima Glicério (25 anos), que sofre de convulsões, não recebe há 03 meses, da rede municipal de saúde, o medicamento carbamazepina que, segundo ela, é usado três vezes ao dia para prevenir as crises.
Ainda de acordo com a idosa, o medicamento vinha sendo distribuído há mais de um ano pelo município, sendo primeiramente no Hospital Materno Infantil e depois no Ambulatório Médico Especializado (AME), mas que agora a sua filha não mais recebe o remédio.
Segundo a idosa, a alegação inicial para o não fornecimento seria pelo fato de que o medicamento estaria faltando na rede municipal, mas segundo a mesma, pessoas que trabalham dentro do próprio AME lhe teriam dito que a unidade dispõe do medicamento, mas que não teria sido ofertado devido a requisição do médico ser de uma unidade privada de saúde.
“Quando ela vai buscar, dizem que não tem; que está faltando… E a gente sabendo que tem a medicação, pois tem gente que trabalha lá dentro e já me disse que tem muita caixa. Eles ficam negando a medicação dela. Ela leva a requisição (do médico de uma unidade particular) e eles dizem que não serve. Mandam ela ir de madrugada a “Rua Grande”, no postinho (de saúde) pegar outra requisição; mandam ela ir na Rua Luiza Mendes de madrugada para pegar a requisição para vir pegar o remédio… Ela vai, pega (a requisição) e quando vai (ao AME), dizem que não tem a medicação. Hoje mesmo, ela só tem os comprimidos de tomar hoje” – disse.
A idosa completou que a requisição que possui, que é assinada pelo médico Dr. André Aragão Neves (CRM 15005), sempre servia anteriormente para pegar a medicação, mas que sua filha teria ido mais duas vezes no AME e voltou sem o remédio.
“Ela leva a requisição de Dr. André Neves e dizem que não tem a medicação” – disse, citando que o tratamento custa R$ 40,00 por mês. Ainda segundo a idosa, tanto mãe quanto filha são impossibilitadas de pegar filas, já que a idosa tem problemas de locomoção e as crises da filha são imprevisíveis.
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Questionada se ela procurou a Secretaria de Saúde para relatar o caso, ela citou que já foi diversas vezes, mas que não obteve sucesso. Encaminhamos na última segunda-feira (15) o caso, via e-mail, para a equipe de assessoria da prefeitura local no intuito de obter informações do Secretário de Saúde de Santa Cruz do Capibaribe, Breno Feitoza.
A resposta foi dada nesta quarta-feira (17). Confira:
O município distribui a medicação Carbamzepina de forma regular.
O pedido de fevereiro teve um atraso devido ao período de carnaval, mas a Secretaria está aguardando a chegada.
A situação específica relatada pelo blog nunca aconteceu antes com relação a esse medicamento, a Secretaria vai apurar junto aos funcionários citados e a paciente para que a questão seja solucionada.