Foto: Thonny Hill (arquivo).
A noite de quinta-feira foi marcada por mais um uso da tribuna pelos vereadores.
A pauta dominante de boa parte dos discursos foi a reprovação do requerimento de Carlinhos da Cohab (PSL) e Deomedes Brito (PT), que solicitava esclarecimentos por parte do secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno bezerra, e do diretor de Feiras e Mercados, Sérgio Colino, sobre denúncias de suposto favorecimento na distribuição de pontos no novo Calçadão.
Também houve espaço para a discussão de temas importantes como a crise no abastecimento de água, implantação do distrito industrial, ampliação de cemitério na zona rural e a influência cada vez mais crescente na entrada de produtos chineses, que afetam a economia no setor de moda e vestuário em todo o país.
Outro destaque foi a volta de Galego de Mourinha, que discursou pela primeira vez após grave acidente de carro que sofrera na BR-232.
Não discursaram os vereadores Carlinhos da Cohab (PSL), Junior Gomes (PSB) e Zé MInhoca (PSDB), que alegaram compromissos particulares. Confira o resumo dos discursos, vereador a vereador:
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No seu discurso, o vereador do PMN falou sobre dois pontos. O primeiro deles foi sobre um requerimento de sua autoria, que solicitou que reformas fossem feitas no Parque Florestal.
O vereador comemorou os resultados, citando que o local é a única área ambiental disposta para que a população realize atividades físicas e, em um de seus pedidos, citou que irá sugerir para que uma quadra de areia seja implantada na área do antigo espelho d´água.
No segundo ponto, o vereador falou de sua cobrança, junto ao Poder Municipal, para que seja implantado estacionamentos públicos de bicicletas em Santa Cruz, através de Projeto de Lei.
“Vamos cobrar para que isso seja feito, pois sabemos da demanda que Santa Cruz está tendo com os ciclistas”, frisou.
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No principal ponto de seu discurso, o vereador e líder da bancada de Situação destacou problemas presentes na Avenida Teonilo Silvestre.
De acordo com Zezin Buxin (PSDB), o trecho na avenida que compreende a parte por trás da escola Ivone Gonçalves (antigo Cenecista) até a entrada da Rua da Assembleia, está perigoso por falta de redutores de velocidade, cobrando a construção o mais breve possível.
“Nessas mediações, eles não existem mais e as pessoas reclamam de motoristas irresponsáveis, que estão transformando ali em uma pista de corrida. Isso é inaceitável”, frisou, completando que o ponto é conhecido devido a grande possibilidade de acidentes.
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No principal ponto de seu discurso, o vereador pedetista mostrou sua preocupação com a entrada de produtos chineses no Moda Center.
De acordo com Afrânio Marques (PDT), para que o município possa sobreviver às próximas ameaças comerciais, se faz necessário que algumas políticas sejam adotadas o mais rapidamente possível.
“Que uma cidade pujante como a nossa, que recebe tantas pessoas de outras cidades e de outros estados, se sustente em apenas um único pilar econômico, que deve ser cuidado com muito carinho, mas temos que pensar na diversificação de nossa economia. Tudo isso passa pela chegada da água e do distrito industrial, que deve privilegiar essa diversificação”, frisou.
Continuando suas falas, Afrânio evidenciou ainda mais a entrada de produtos chineses e o que isso pode causar a economia, gerando sérios prejuízos.
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Além de falar sobre a entrada de produtos chineses, o vereador Luciano bezerra tocou em um assunto delicado, que são as mudanças que devem ser feitas para adequar a Guarda Municipal de Santa Cruz do Capibaribe com as demais no país.
Entre as mudanças, estão a reestruturação e também a possibilidade do porte de arma de fogo, conforme diz a Lei Federal 13022/2014, que permite o porte regulamentar pelos guardas municipais.
Luciano citou que ainda resta cerca de um ano e meio para que as mudanças sejam implementadas no município, já que toda a Guarda Municipal, de acordo com a Lei, deve estar reestruturada até agosto de 2016.
“Isso é um tema polêmico e muito importante, que carece ser discutido”, frisou.
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No principal ponto de seu discurso, Fernando Aragão voltou a falar das eleições de 2016.
De acordo com o vereador, pessoas ligadas a ala jovem taboquinha, que antes colocariam seu nome como prefeito, estão passando a rifá-lo nas ruas do município.
Fernando mostrou sua indignação quanto a postura adotada pelo deputado federal José Augusto Maia (PROS) que, segundo ele, não estaria querendo levantar as discussões do grupo para as próximas eleições.
“Não temos condições de debater um assunto como esse porque o nosso líder maior, sempre que vai se fazer uma discussão, diz que é cedo, que está muito cedo pra nome, que está muito cedo para isso ou para aquilo”, frisou.
Fernando citou que, se acaso não houver as discussões no grupo taboquinha logo antes, o grupo repetirá erros de desorganização que são comuns.
“Quando esse partido precisou de mim até para retirar o meu nome em nome da unidade, eu o fiz e vou continuar fazendo, desde que, de fato, o nome seja melhor ou igual ao meu e que com esse nome tenha a condição de ir pra rua e mostra que, de fato, temos alternativa para sermos gestores dessa cidade”, concluiu.
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No principal ponto, o vereador Vânio Vieira (PSDB) falou sobre prejuízos causados com a entrada do tecido chinês.
De acordo com Vânio, comerciantes de produtos que levam o poliéster como matéria-prima estão tendo prejuízos na ordem de até 30% no faturamento.
O vereador citou que, por ser feito do petróleo, o produto chinês, mesmo taxado, os produtos chineses como camisas chegam até pela metade do valor do que é produzido aqui.
“O mercado está sendo muito prejudicado com essa mercadoria da China”, frisou.
Vânio também destacou que o prejuízo em outras cidades do polo acontece, mas em proporção menor devido a qualidade do jeans produzido, mas citou que o estado não vem ajudando com políticas de incentivo para o Polo de Confecções.
O vereador citou que fabricos, em Santa Cruz do Capibaribe, estão trocando a fabricação pela compra do produto Chinês que, além de ser mais barato, estão adquirindo qualidade melhor do que antes, fator que causa o aumento do desemprego.
“Isso é uma coisa que temos que discutir e o governo do Estado, e o Governo Federal, tem que entrar nisso. Temos que ir a busca do governo do Estado para que isso (fechamento de fábricas) não aconteça”, frisou.
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Dois pontos nortearam o discurso da vereador Narah Leandro (PSB). No primeiro, a vereadora falou sobre a paralisação das obras de duplicação da PE-1610, citando que teve conversas com pessoas ligadas a equipe de transição de que as obras de duplicação terão reinicio.
“Ele deu certeza a nossa equipe que militou junto do povo, e sua equipe de transição, ele garantiu que não vai iniciar nenhuma obra nova sem concluir as obras que estavam em andamento de Eduardo Campos e João Lyra”, destacou.
Em seguida, a vereador falou sobre a matéria publicada neste blog sobre maus tratos a animais apreendidos pela prefeitura municipal, na área onde eles ficam acondicionados, no Sítio Curral Picado.
Narah citou que conversou com o prefeito Edson Vieira (PSDB) sobre a polêmica e garantiu que soluções para o melhor acondicionamento dos animais serão tomadas o mais rapidamente possível.
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O discurso do vereador tucano foi pautado no polêmico requerimento da Oposição, que pedia explicações, em uma audiência pública, ao secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Bezerra, e do diretor de Feiras e Mercados, Sérgio Colino, sobre denúncias relacionadas ao Calçadão.
No discurso, o vereador chegou a fazer críticas a radialistas do programa Rádio Debate que abordaram a questão durante a semana e da não aprovação do requerimento. Foi abordado no programa que muito dos vereadores não votavam em requerimentos temendo investigações feitas ao Poder Executivo, onde Dida rebateu as alegações.
“Aqui não se tem medo de trabalhar”, disse. O vereador usou como uma das provas de seu argumento a atitude do vereador Zé Elias (PTB) que optou por se abster de votar na questão polêmica.
Dida citou que Zé Elias havia sido procurado por pessoas do calçadão que lhe relataram problemas nas transferências. O petebista teria levado pessoas ao encontro de Bruno Bezerra, sendo que os problemas teriam sido resolvidos.
Outro ponto que, segundo o vereador, contribuiu com a sua decisão foi o fato de que, segundo ele, a audiência pública causaria mais tumulto e que pessoas ligadas a Oposição vaiaria tanto o secretário quanto aos vereadores.
“É esse sentido que essas pessoas querem trabalhar. Querem levantar o astral do grupo mas, na verdade, estão preocupados para 2016”, frisou.
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O discurso do vereador Ernesto Maia (PSL) foi pautado em críticas a bancada de Situação.
De acordo com o vereador, a bancada adversaria estaria se comportando com forma de blindar pedidos de investigações e a convocação de servidores para prestar esclarecimentos solicitados por parte da Oposição.
Ernesto citou que tais pedidos seriam uma forma de prevenção contra possíveis atos de corrupção no governo e que vem sendo cobrado por parte da população e imprensa.
“As manobras que acontecem aqui são exclusivas da Bancada de Situação e, muitas vezes, colocam todos nós em um balaio só”, frisou.
Em outro momento, Ernesto citou que muitos da bancada de situação, pela postura que estão adotando em blindar o governo, estariam pondo seus projetos de reeleição em risco para 2016 já que pessoas dentro do grupo estariam em busca de se tornarem eleitos.
O vereador citou que um desses reflexos foram os resultados das urnas em 2014 que, segundo ele, mostravam que o atual governo não estaria tão bem avaliado como se pensava.
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No ponto mais forte de seu discurso, Zé Elias mostrou sua insatisfação com a repercussão dada diante da sua abstenção em votar no requerimento para que o secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Bezerra, e o diretor de Feiras e Mercados, Sérgio Colino, prestassem esclarecimentos em audiência pública sobre denúncias de suposto favorecimento de pontos relativos ao Calçadão.
Zé Elias citou que chegou a ser maltratado por algumas pessoas e afirmou que se absteve de votar porque recebeu seis comerciantes com problemas de que tinham bancas no Poeirão e que solicitavam cadastramento no calçadão, cujas situações foram resolvidas pelo secretário.
“Os que me procuraram, eles resolveram”.
Em um aparte, Deomedes questionou a atitude do vereador em se abster, citando que o posicionamento adotado pelo vereador não tinha sido uma atitude correta e que o requerimento solicitava explicações, citando que votou até que membros de seu grupo prestassem esclarecimentos.
Zé Elias retrucou Deomedes.
“O senhor está dizendo que eu não sou nem carne, nem peixe, mas eu sou! Eu não queria dar essa resposta, mas eu vou ter que dar. O voto é meu. Eu voto em quem quiser e digo a vocês: Pelo bem de Santa Cruz, eu sou a favor. Eu não sou mandado por ninguém”.
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No primeiro discurso após o grave acidente, o vereador Galego de Mourinha (PTB) falou sobre dois pontos.
O primeiro deles, Galego fez um paralelo com o discurso de Fernando Aragão sobre o inchaço salarial no funcionalismo, afirmando que isso estaria prejudicando serviços essenciais como transporte de pacientes a Caruaru com o carro da Vila do Pará (por estar com a matrícula atrasada) e a manutenção do aparelho de Raio-X.
Em seguida, o vereador falou sobre a paralisação das obras da PE-160 e, dirigindo-se a vereadora Narah Leandro (PSB).
“Isso foi uma obra de enganação, eleitoreira. Eu só espero Narah que seu discurso seja realizado e que essa obra tenha início em Janeiro ou fevereiro”, frisou.
Galego também cobrou a ampliação do cemitério na Vila do Pará e solicitou que a prefeitura passe a dar respostas aos requerimentos que foram solicitados pelo vereador autor, colocando o exemplo que pediu o valor dos aluguéis das viaturas da Guarda Municipal e que nada foi atendido.
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Dois pontos foram destaque no discurso do vereador do PSDC. No primeiro, Ronaldo Pacas (PSDC) rebateu palavras de Carlinhos da Cohab (PSL) que afirmou, em entrevista concedida na Polo FM, que a Câmara de Vereadores estaria se tornando lugar das coisas erradas.
Em seguida, Ronaldo falou sobre o polêmico requerimento da Oposição que foi reprovado. O vereador reafirmou que uma audiência pública não seria necessária e que cada caso, em relação aos problemas do calçadão, deveriam ser resolvidas de modo individual.
Em seguida, Ronaldo partiu para o ataque contra o vereador Ernesto Maia, frisando que Luciano Bivar poderia integrar o Governo de Pernambuco.
“Eu quero ver como vai ficar o seu discurso como vai ser se Luciano Bivar vier a assumir uma vaga no Governo de Pernambuco. Como ele sempre esteve como Paulo Câmara, eis a sua derrota que o senhor esteve, sempre amargando, no seio da sua família”, frisou.
Ronaldo citou também que José Augusto Maia está orquestrando um bloco de pessoas jovens para poder tirara vagas dos atuais vereadores de oposição nas próximas eleições.
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No discurso do vereador petista, dois pontos foram destaque. No primeiro deles, Deomedes Brito (PT) citou que recebeu denúncias de agentes e funcionários da saúde de que estariam faltando remédios controlados a população.
Já no segundo ponto, o vereador denunciou que não está sendo feito o repasse, por parte da prefeitura, da receita originada da Câmara que patrocina os atletas paraolímpicos. De acordo com o vereador a verba já teria sido aprovada pela Casa e encaminhada a prefeitura, mas que não teria sido repassada.
“Quero também lamentar que os atletas paraolímpicos de nossa cidade não têm recebido a devida atenção dos poderes públicos de nossa cidade”.
Quanto ao requerimento de explicações de denúncias do calçadão, Deomedes citou que uma audiência não seria ilegal e que muitas denúncias estariam chegando como pessoas da ligadas a política sendo beneficiada com pontos e que isso deveria ser esclarecido.
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Último a discursar, o vereador Helinho Aragão pautou seu discurso em três pontos.
No primeiro, ele destacou a falta de água, citando que os níveis da barragem de Jucazinho diminuíram ainda mais, passando a contar com apenas 18% de sua capacidade.
Em seguida, o vereador mostrou sua preocupação com a entrada de produtos chineses em nossa economia, citando que isso já tirou o emprego em diversas empresas de componentes têxteis do país, que fecharam suas portas.
Já no último ponto, o vereador fez a sua defesa, com ressalvas, a Zé Elias (PTB) sobre a abstenção de votar em requerimento polêmico.
“Acredito muito na sua força e que sei que o senhor nunca mudaria de lado”, frisou, citando a história polícia do vereador ao logo dos últimos governos taboquinhas.
