Na última noite de uso da tribuna em 2013, três temas foram destacados pela maioria dos vereadores: o balanço de seus mandatos, o protesto dos agentes de saúde e também as denúncias de um suposto esquema de favorecimento a empresa vencedora da licitação para a construção do Calçadão.
Na pauta de votação, o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA), que apontou a previsão de gastos no município para o ano de 2014, com valores estimados em R$ 154 milhões.
Também foi aprovada, por unanimidade, a suplementação orçamentaria de R$ 4.300.000,00 para a construção da primeira etapa do Calçadão.
Já entre os discursos, os destaques pela bancada de situação ficaram por conta de Jessyca Cavalcanti (PTC), que fez um discurso em tom de despedida com a possível volta de Luciano Bezerra a Câmara a partir de 10 de janeiro e também de Junior Gomes (PSB), que apresentou a previsão de gastos para o próximo ano do Poder Executivo.
Já na Oposição, Ernesto Maia (PSL) denunciou um esquema na licitação para a construção do Calçadão, que denotaria o suposto favorecimento da empresa encarregada pelas obras e também Fernando Aragão (PROS), que rebateu vários vereadores de situação e apontou os males do suposto inchaço da máquina pública.
Confira o que falou cada um dos vereadores no resumo on-line mais completo da imprensa santa-cruzense.
Primeiro a usar a tribuna, o vereador Vânio Vieira (PSDB) vários requerimentos aprovados e atendidos pela prefeitura.
Dentre eles estão a recuperação da praça em frente à escola Malaquias Cardoso, a recuperação da iluminação da PE-160 e também das obras para o calçadão por trás do Moda Center, Praça de Alimentação e o calçamento de ruas no Bairro da Palestina.
Além disso, Vânio destacou iniciativas em que esteve envolvido, como a audiência que tratou sobre a demora e a qualidade do atendimento prestado pelos bancos.
Para o vereador, a discussão sobre o tema já está tendo resultados na melhoria do atendimento aos usuários através da colocação de bebedouros e banheiros em algumas agências bancárias.
Nos principais pontos de seu discurso, o vereador socialista apresentou o orçamento para gastos no governo para 2014, que é de R$ 154 milhões. Os valores foram aprovados pela comissão de finanças e orçamento da Câmara.
Já quanto aos protestos dos agentes de saúde, que reivindicavam o pagamento do salário atrasado de novembro e que os demais fossem pagos na data correta, Junior Gomes (PSB) apontou um suposto direcionamento político no protesto.
O vereador citou que Gilmar da Saúde (que e suplente de vereador pela oposição), atual presidente da associação da categoria, sabia que o dinheiro estava na conta da prefeitura desde o dia 09 de dezembro.
Mesmo assim, Gilmar teria mobilizado os agentes de saúde para protestar em frente a prefeitura.
O vereador petista rebateu o discurso dito pelo vereador Junior Gomes. Para Deomedes Brito (PT), o presidente da Câmara estaria querendo tirar a legitimidade do protesto e saiu em defesa de Gilmar da Saúde.
Deomedes também fez um balanço de seu mandato, citando a aprovação de requerimentos para calçamento de ruas no Santo Agostinho e a solicitação de doação de terreno para construção de casas populares.
Ele focou também a necessidade de implantação de um posto do Expresso Cidadão e de seu pedido a Celpe para a volta de programas para troca de geladeiras para a população de baixa renda.
O petista também falou sobre o projeto do calçadão, afirmando que a gratuidade para os feirantes só foi conseguida graças ao empenho da Oposição.
No ponto mais importante de seu discurso, o vereador Galego de Mourinha enfatizou como será o papel da Oposição para o ano que vem, com o fim do prazo de um ano dado ao prefeito Edson Vieira (PSDB) para que ele se organizasse a frente do executivo.
“A partir de janeiro, vamos fazer a verdadeira Oposição de cobranças”, citou o político, referindo-se as promessas de campanha feitas pelo atual gestor.
Galego de Mourinha também enfatizou que houve um volume expressivo de arrecadação neste ano por parte da prefeitura. Cerca de R$ 100 milhões teriam sido arrecadados, mas a prefeitura não estaria com suas contas em ordem dado a, segundo ele, uma grande quantidade de veículos e imóveis alugados.
No seu discurso, a vereadora socialista destacou várias ações realizadas através da aprovação de projetos de lei e requerimentos.
Dentre os projetos, estão o evento Louva Santa Cruz e o Outubro Rosa, este último focando o tema da prevenção do câncer de mama e de colo de útero.
Além disso, a vereadora também deu destaque também a abertura e efetivação do polo da Universidade Aberta do Brasil, que está em funcionamento na Escola Padre Zuzinha e oferece cursos gratuitos em nível superior.
Sobre o segurança e lazer, Narah destacou as reformas realizadas nas Academias das Cidades da Cohab e do Santo Agostinho, como também a sua luta pela implantação do programa Polícia Amiga, também no Santo Agostinho.
O vereador Ronaldo Pacas (PSDC) afirmou que o todo protesto é legal, mas citou que houve o avanço de alguns fatos que fizeram o protesto do agentes de saúde ter aspecto de direcionamento político da ala adversária.
“Eu acho que é legal todo movimento que se cobra, mas não se se houve avanço de alguns que sabiam que o dinheiro (do pagamento) estava depositado”, frisou o vereador.
Ronaldo também destacou seu apoio ao deputado federal Mendonça Filho (DEM) que, recentemente, prometeu a destinação de emendas para Santa Cruz, voltadas para pavimentação de novas ruas e para compra de equipamentos para a educação.
Os valores somam R$ 700 mil. “Eu acho que Santa Cruz merece toda a atenção de todos aqueles que foram votados e que ainda serão” frisou.
O líder do governo Dida de Nan (PSDB) enfatizou algumas ações realizadas pelo governo ao longo de 2013.
O vereador destacou o pagamento da dívida dos salários com os professores, retirada das barracas, calçamentos e ruas e retirada de outdoors da PE-160 e pagamento de dívidas dentro das secretarias herdadas da gestão anterior.
Dida também teceu alguns elogios para o grupo de Oposição quanto a colaboração para aprovação de projetos vindos do poder executivo, como as suplementações orçamentarias.
“Eles estão votando (a favor) e temos mais é que agradecer”, pontuou.
.Com um breve discurso, Zé Elias (PTB) fez um balanço de suas ações ao longo do ano.
Entre elas estão vários requerimentos encaminhado ao Poder Executivo, solicitando calçamento de ruas e também a implantação de uma unidade do Samu e uma viatura policial dentro do Moda Center.
“Isso garantirá um grande reforço na segurança de todos que estão por lá”, destacou.
De palavras fortes, o vereador Francisco Ricardo (PSDB) nãos poupou críticas a Oposição.
Começou criticando Galego de Mourinha, afirmando que seria um caso isolado de falta de merenda em uma escola Palestina e usavam do fato para tentar desqualificar o atual governo.
“Querer desqualificar a merenda aqui é para se ter vergonha”, frisou o vereador.
Francisco Ricardo citou que, durante os quatro anos de governos e Toinho do Pará (PHS), a merenda chegava sempre após o início do ano letivo, durante o mês de abril, onde alegavam problemas com o prazo da licitação.
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No seu discurso, o vereador citou a votação e aprovação de requerimentos e projetos de lei focando temas importantes.
Entre eles, está o projeto, feito em conjunto com a vereadora Narah Leandro (PSB), chamado “Acessibilidade 1000”, que garante o direito a pessoas com deficiência terem acesso específico aos prédios públicos, sejam eles novos ou já existentes.
Outros projetos, já aprovados pelos vereadores, ainda não foram colocados em prática como a implantação da Central de atendimento do Lixo e a Prática de Atividade Teatrais entre os Estudantes de escola das rede muncipal, além de outros projetos.
“Espero que o poder executivo coloque em execução esses projetos para melhorar a qualidade de vida do povo”, destacou. Helinho citou pedidos constantes para continuação da duplicação da BR-104 e o início da duplicação da PE-160.
O vereador questionou o vereador Junior Gomes (PSB) sobre o suposto direcionamento político no protesto dos agentes de saúde.
Para Ernesto Maia (PSL) o protesto partiu da categoria dos agentes de saúde e não do presidente da associação da categoria, Gilmar da Saúde.
Sobre o calçadão, o vereador citou que “algumas coisas estranhas” estão acontecendo em relação a licitação, que deu ganho a empresa Santa Cruz Construção, apontada por Ernesto como sendo de propriedade dos sócios da Camilo Brito e CP Construção, que já realizaram obras no Moda Center.
Para o vereador, na licitação não aparecem os nomes das outras empresas que concorreram a licitação, o que poderia indicar um suposto esquema de favorecimento da empresa em questão.
“Luciano Bezerra, quando voltar a esta casa, vai ter muito o que explicar sobre isso”, indagou Ernesto, citando que o fato é uma denúncia gravíssima.
No principal ponto de seu discurso, o vereador destacou as emendas encaminhadas para Santa Cruz pelo deputado federal Paulo Rubem.
Afrânio Marques (PDT) frisou emendas que ultrapassam a marca dos R$ 2.500.000,00 para investimentos em setores como educação, qualificação de jovens.
Outra parte dessas emendas também servirão na qualificação dos pequenos empresários, destacando a dificuldade de se conseguir um montante como esse de um deputado que obteve menos de 500 votos no município nas últimas eleições.
“O nosso trabalho continua incansável em dizer que, com um deputado que obteve menos de 500 votos, obtivemos mais de dois milhões em emendas”, pontuou.
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No discurso mais aguardado da noite, a vereadora Jessyca Cavalcanti (PTC) usou da tribuna para destacar sua possível saída a partir de janeiro, com a possível volta de Luciano Bezerra a Câmara.
Para não perder a linha, a vereadora partiu para o ataque contra o vereador Ernesto Mais (PSL).
“Qual foi o peso e a medida que Ernesto Maia usou pelo povo do calçadão e pelos professores?!”, completando a falta de ações para essas duas classes.
Em seguida, a vereadora falou de seu inquietamento sobre o protesto dos agentes de saúde na ultima quarta-feira e um suposto direcionamento político e aproveitou também para fazer um resumo dos seus 217 dias de mandato.
Durante esse tempo, requerimentos e 27 projetos de lei foram aprovados, além de quase uma centena de ofícios encaminhados a vários setores e secretarias, cobrando soluções voltadas para a juventude e para a educação.
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O vereador Zezin Buxin (PSDB) usou de seu tempo ao microfone para falar sobre o professor Geraldo Costa, falecido na ultima semana em decorrência de uma infecção generalizada.
O vereador fez uma breve trajetória de vida do professor, citando alguns encontros com o mesmo e aproveitou também para fazer uma homenagem aos servidores da Casa de Leis, destacando cada um deles por nome e função.
Usando da tribuna, um dos vereadores mais jovens da casa de leis falou sobre o balanço das ações de seu primeiro ano como vereador.
Pipoca citou que foram aprovados 85 requerimentos de sua autoria, alguns deles já executados pelo atual governo.
Entre eles estão o conserto dos geradores que ficam no Hospital Municipal e no Materno Infantil além da perfuração de um poço artesiano próximo ao Mercado Municipal e a revitalização do Parque Florestal.
O vereador também destacou que teve 16 projetos de lei aprovados, muitos deles voltados a pessoas com deficiência e também com autismo.
Rebatendo as falas de Ronaldo Pacas (PSDC) e Afrânio Marques (PDT) sobre a chegada de emendas dos deputados por eles apoiados, o vereador Fernando Aragão (PROS) afirmou que a falta de planejamento pode fazer com que a prefeitura fique sem dinheiro para pagar as contrapartidas.
“Com essa casa inchada, do jeito que está… Não vai ter (dinheiro) não viu!”, frisou.
Rebatendo Francisco Ricardo (PSDB), Fernando citou que todas as 60 ruas, com calçamentos prometidos pelo prefeito Edson Vieira (PSDB) não são por mérito dele, mas continuidade da gestão de Toinho do Pará (PHS) e endureceu ainda mais o discurso.
“São todas aquelas ruas que o doutor Antônio Figueiroa (Toinho) deu as ordens de serviço, porque as obras ainda eram (com dinheiro) de (Eduardo) da Fonte. Quero ver daqui pra frente”, frisou.