16
fevereiro

Proposta do Governo é desacreditada


Proposta do Governo é desacreditada por Estudantes do Sesi em Santa Cruz do Capibaribe

Foto: Thonny Hill

Momento que secretário Joselito tenta dialogar com os estudantes, que mostraram descontentamento com a proposta governista – Foto: Thonny Hill

Em entrevista concedida ao blog, o secretário de educação Joselito Pedro falou sobre o impasse entre Prefeitura e Sesi, que está deixando diversos alunos sem aula.

 

Para quem não conhece, a parceria entre os dois órgãos deu origem a turmas na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), onde os estudantes têm aulas, no sistema de módulos, das disciplinas voltadas para o ensino Fundamental e Médio, de forma a completarem seus estudos.

 

A dívida com o Sesi

 

Durante a entrevista, o secretário confirmou que a dívida da prefeitura ultrapassa os R$ 440 mil e que o município, segundo ele, tentou negociar por várias vezes com o Sesi para que as turmas fossem continuadas.

 

“A primeira proposta foi de entrarmos com R$ 100 mil e dividir o restante em 10 parcelas, mas não foi aceita. Fizemos outra proposta de R$ 150 mil em duas parcelas de R$ 75 mil até começar o Sesi e depois dividia o restante. A proposta foi levada e não foi aceita novamente. A última proposta foi dada por nós na sexta-feira passada, pós carnaval, de R$ 200 mil até começar o Sesi, sendo R$ 100 mil no dia 10 de fevereiro e R$ 100 mil em 10 de março, que também não foi aceita. Não cabe a mim julgar o Sesi pelo fato de não ter aceito, até porque são duas empresas (referindo-se aos dois órgãos) que estão negociando, mas cabe a mim como secretário em dar continuidade ao ensino desses alunos” – disse.

 

O temor dos estudantes

 

Já segundo os alunos, a dívida seria antiga e que vinha sendo protelada pela prefeitura, mas que a situação se tornou insustentável segundo a estudante Mirlene Muniz.

 

“O Sesi não alega para nós a questão de datas (da dívida), mas alegam que existe essa conta. Fomos a prefeitura; falamos com o prefeito (Edson Vieira), com o secretário (de educação) Joselito e com (a secretária de Articulação Institucional) Jessyca Cavalcanti e eles não nos dizem nada. Quando pegamos nossas férias, ficou a zoada de que não haveria mais o Sesi. Procuramos saber e nos foi alegado que no dia 15 de fevereiro retomavam as aulas. Quando chegamos na escola, fomos informados que na próxima quarta-feira (17) era para pegarmos as nossas matrículas porque o município iria oferecer outro tipo de ensino. A preocupação nossa é que o município não passa a parte de ensino modular e estamos atrás, tentamos conversar e ninguém nos responde. Estou reivindicando meus direitos porque se o Sesi parar, eu estou no terceiro módulo, que é a cada seis meses… Então eu vou perder um ano e meio de estudos” – disse.

 

A solução segundo o secretário

 

Ainda na entrevista, Joselito afirmou que a prefeitura criará um “EJA Especial” que, segundo ele, oferecerá o mesmo sistema de ensino modular aplicado pelo Sesi. A medida, segundo ele, fará com que os alunos não sejam prejudicados.

 

Segundo Joselito, a partir desta quarta-feira, das 19h às 22h, uma equipe da secretaria de Educação estaria na escola Ivone Gonçalves (local onde ocorre o Sesi) para realizar um cadastramento aos estudantes e deu mais um prazo, para o dia 01 de março, para que as aulas voltem a começar.

 

“É preciso que analisemos o histórico e cada turma e a realidade de cada aluno. A partir daí, vamos formar as nossas turmas especiais para que cada aluno dê continuidade ao sistema modular de ensino e não perca o tempo que passou estudando” – pontuou.

 

Joselito citou ainda que viajará a Caruaru nesta terça-feira para se encontrar com a diretoria do Sesi para, segundo ele, buscar a documentação para viabilizar as novas turmas.

 

A proposta é vista com descrença pelos estudantes em virtude das seguidas polêmicas e prazos para retomada das aulas.

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