21
setembro

Promessas, novidade e frustração marcam reunião de vereadores de Santa Cruz na sede da Compesa em Recife


 

Na tarde desta quinta-feira (21) o blog conversou com os vereadores Ernesto Maia (PT), líder da bancada de Oposição e também Toinho do Pará (PSB), líder da bancada governista em Santa Cruz.

Os dois, juntamente com uma comitiva de cinco vereadores (entre eles Deomedes, Capilé e Carlinhos da Cohab), estiveram presentes em uma reunião realizada em Recife na sede da Compesa onde, de acordo com os mesmos, foram tratadas questões como a cobrança por mais oferta de água para o município e também sobre a situação dos trabalhos relacionados Adutora do Alto Capibaribe. Também esteve na reunião o ex-vereador Furibinha (de camisa vermelha), da cidade de Jataúba.

Sede da Compesa em Recife

Orçada em R$ 70 milhões, vindos de recursos estaduais e federais, a obra teve sua ordem de serviço assinada 25 de maio deste ano e tem como objetivo amenizar o problema hídrico da região, captando água do Rio Paraíba entre a cidade de Barra de São Miguel e o Açude Boqueirão.

A destinação da água seria via tubulação de engate rápido para as cidades de Santa Cruz do Capibaribe, Taquaritinga do Norte, Vertentes, Vertente do Lério, Frei Miguelinho e Riacho das Almas; com previsão de conclusão em oito meses a partir do início das obras, marcadas para este mês de setembro.

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A frustração – Obras da Adutora Alto Capibaribe não começaram por falta de recursos federais, afirmam Ernesto e Toinho

Durante as entrevistas, os vereadores afirmaram que um dos gerentes da Compesa, Dr. Marconi Soares, lhe passou a informação que as obras da adutora sequer teriam começado.

Ainda segundo Ernesto e Toinho, o presidente da Compesa, Roberto Tavares, não esteve presente na reunião porque estaria em Brasília na tentativa de liberar os recursos.

“Nos foi informado que a adutora do Alto Capibaribe não começou ainda porque os recursos que disseram que estavam garantidos, ainda não chegaram. Então, segundo ele, a Compesa luta com o Governo Federal para liberação, mas dos R$ 70 milhões prometidos, ainda nenhum tostão foi liberado para o Governo do Estado” – disse Ernesto.

“É verdadeira essa informação. No Ministério da Integração Nacional estava tudo certo na época que foram na Câmara de Vereadores e fizeram aquela explanação, de que o dinheiro estaria alocado, mas que, por conta de burocracia, não chegou no Estado. Roberto Tavares estaria tentando (em Brasília) os recursos mesmo que não fossem liberados de uma vez só, mas pelo menos 30, 40 (milhões) para se começar as obras até Santa Cruz para depois se estender aos outros municípios” – pontuou Toinho.

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Promessa 1 – Nova data para começo das obras

Durante suas falas, Toinho citou um novo prazo dado pela Compesa para começo das obras. A resposta veio do questionamento de nossa equipe se o presidente da Compesa, Roberto Tavares, teria dado alguma posição perante o impasse com o Governo Federal.

“Ele (Dr. Marconi) passou para a gente que até o mês de outubro, ou com recursos federais ou com a contrapartida do Governo do Estado, eles querem iniciar a obra. Hoje ficou clara a ida de Dr. Roberto Tavares, praticamente, para ir buscar uma parte esse recurso, mas se por acaso ele não conseguir, o Governador Paulo Câmara está fazendo todos os esforços para começar essa obra nem que seja com recurso inicial estadual, para que depois se venha o complemento federal” – afirmou.

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Promessa 2 – Nova oferta de água para Santa Cruz contemplaria quase 80% dos bairros até dezembro

Outro ponto destacado pelos edis foi de que a Compesa repassou dados de que 50% dos bairros de Santa Cruz já estariam sendo contemplados com água nas torneiras.

Ernesto afirmou que os presentes teriam questionado tal número e a Compesa foi mais além nos números.

“Eles nos disseram que, com o aumento da água que está sendo disponibilizada, esperam que, até dezembro, possam abastecer algo em torno de 80% da cidade. Mas baseado nessa informação de que eles nos deram hoje, de que 50% estaria sendo atendida, mas refutamos esses números” – destacou.

Já Toinho comemorou a notícia de que a oferta de água seria aumentada e deu detalhes de como tal promessa poderia ser cumprida até dezembro.

“É do aumento de bombas que estes estão trabalhando tanto da adutora que existe hoje do Prata quanto também do (Sistema) Pirangi. Ele nos garantiu que, com esses aumentos no Prata e no Pirangi, e se Deus quiser com essa adutora do Alto Capibaribe, ele acredita que não daria para atender os 100%, mas 80% dos bairros nós poderemos ter água nas torneiras, inclusive na Palestina, que é uma questão interessante. Fica esses 20% com carros pipas”.

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A novidade – Vila do Pará também passaria a receber água da Adutora Alto Capibaribe, afirma Toinho

De acordo com Toinho, o distrito da Vila do Pará também passaria a ser contemplado no projeto. Segundo ele, a água prevista para vir da adutora do Alto Capibaribe, uma parte da água seria destinada ao distrito com uma saída de água, com vazão de cinco litros por segundo, duas vezes por semana, enchendo uma caixa lá existente. Uma Estação de Tratamento (ETA) de pequeno porte deve ser providenciada pela Compesa, segundo Toinho.

 

E a Adutora do Agreste?

Ambos foram questionados sobre a Adutora do Agreste, cuja tubulação tem promessa de abastecer a cidade de Toritama. Sobre o assunto, tanto Toinho como Ernesto frisaram que esta também deve destinar água para o município no futuro, através da água vinda de uma adutora presente em Surubim e Limoeiro destinada a tubulação.

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