Foto: Thonny Hill (arquivo).Em entrevista concedida ao programa Rádio Debate desta segunda-feira (25), o vereador Fernando Aragão (PROS) falou sobre a discussão entre ele e o deputado federal Silvio Costa (PTB) no evento realizado pelo PTB na cidade do Recife na última quinta-feira (21).
Fernando Aragão teria batido boca após Silvio Costa, que disputa a reeleição, ter dito, em uma roda de políticos cotados a disputa eleitoral de 2016, que o grupo taboquinha teria agido com má fé em não apoia-lo para essas eleições.
O que seria o suposto acordo
Um valor de R$ 400 mil teria sido pago pelo deputado para ajudar nas despesas de campanha de prefeito de José Augusto Maia (PROS) durante as eleições de 2012. Esse seria o valor para que o grupo taboquinha realizasse o suposto acordo e passasse a apoiar Silvio para o pleito deste ano.
Como foi o tom da discussão em Recife
Durante a entrevista, Fernando Aragão disse que o deputado teria extrapolado em suas atitudes e que essa não seria a primeira vez que Silvio cobrava tal apoio. A mesma atitude teria acontecido em um evento do PTB em Caruaru.
Ao saber que o deputado teria dito que os vereadores do grupo taboquinha seriam “safados porque tinham um compromisso e não estavam cumprindo”, o vereador citou que chamou Silvio Costa para uma conversa em que estavam presente os vereadores Helinho Aragão (PTB) e Galego de Mourinha (PTB).
“Eu disse a ele: ‘Silvio, eu acho que você está cobrando das pessoas erradas. Em nenhum momento, se você, de fato, ajudou na campanha política de 2012, em nenhum momento, e eu lhe convoco para fazer isso, você reuniu, pelo menos, os vereadores que tinham mandato naquela época pra dizer que estava fazendo isso e que era necessário da gente assumir esse compromisso com você. Em nenhum momento você fez, fez?! Não!’. Então meu amigo, vá cobrar a quem de fato você o acordo, não é a gente que você tem que cobrar”, frisou.
Os nomes envolvidos
Indagado sobre quem seriam essas pessoas com quem Silvio Costa teria fechado o suposto acordo financeiro, Fernando respondeu:
“O que Silvio Costa disse foi que, na hora que se estava para se fazer o acordo, estavam presentes José Augusto, Toinho (do Pará) e Tão (Figueiroa, empresário e irmão de Toinho). Não sei se é verdade ou se é mentira, não acho que isso seja um absurdo demais e a gente sabe perfeitamente que um deputado, quando quer se candidatar na próxima, ele deve ajudar o nosso (candidato a) prefeito a chegar (ao comando da prefeitura). A gente sabe disso”, frisou.
Fernando completou que sempre existiu esse tipo de ajuda na política em qualquer ala e aproveitou para reafirmar que desconhecia os moldes do suposto acordo, mas ressaltou que Silvio Costa teria que cobrar essa suposta quebra de acordo aos três envolvidos.
