A ex-secretária de educação, Socorro Maia foi entrevistada no programa Opinião, da rádio Comunidade, nesta terça-feira (21) para rebater as suspeitas levantadas pelo vice-prefeito Dimas Dantas (PP), atual gestor da educação, de que havia maquiagem nos números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica no período que ela esteve à frente da educação.
Socorro afirmou que uma equipe da Gerência Regional de Educação, de Caruaru, ficava encarregada de trazer, recolher as provas avaliativas e orientar o grupo que iria aplicar o exame. Segundo ela os professores da rede municipal aplicavam a prova para a rede estadual e vice-versa.
“Nunca foi corrigido nada na secretaria” afirmou. A ex-secretária também disse que no primeiro ano de sua gestão, quando ainda não sabia o que era o IDEB, o município conseguiu a melhor colocação do estado.
Durante a entrevista de Socorro, a professora e vereadora Jéssyca Cavalcanti (PTC) participou por telefone e rebateu as declarações. Jéssyca afirmou que a ex-secretária burlou a prova com a aprovação automática de alunos da 5ª série.
“Quando o aluno estava na quinta série ele podia passar o ano todinho sem frequentar a escola, quando era no ano seguinte ele estaria na 6ª serie ao invés de repetir a 5ª. Então ela conseguiu burlar o número da aprovação e o da evasão” afirmou Jéssyca.
Jessyca ainda apontou que muitos servidores eram contratados para serem supervisores do programa Mais Educação antes do período, e essas pessoas serviriam de cabos eleitorais na campanha do filho da ex-secretária e vereador, Ernesto Maia (PSL).
Socorro rebateu Jéssyca afirmando que as avaliações do IDEB eram realizadas com os alunos que estavam no segundo e último ciclo, quando haviam também as avaliações escolares para aprovação e reprovação. Ela também relatou que nas séries que não havia avaliação final, os alunos eram submetidos ao TCA — um reforço ministrado aos sábados — e em todos os ciclos havia a reprovação por falta de frequência nas aulas.
De acordo com a ex-secretária, sua atuação no município lhe rendeu a eleição para a presidência estadual da União dos Dirigentes Municipais da Educação (UNDIME), segundo ela, contra a vontade do governador Eduardo Campos (PSB).
“Eduardo queria um presidente que obedecesse a vontade do palácio” revelou.
Para a ex-gestora da educação, as críticas feitas por professores e políticos a ela é devido a sua excelente atuação.
“Eu devo ter feito um trabalho excelente na secretaria de educação de Santa Cruz, por que não me esquecem” disparou.
Em outro ponto da entrevista, Socorro afirmou que a postura do sindicato dos professores era uma posição política
“Eles tinham um problema pessoal com Socorro Maia. Se a forma de trabalho deles fosse pra defender os professores, eles estariam atuando da mesma forma hoje”.
A presidente do sindicato dos professores, Luciene Cordeiro entrou por telefone e também rebateu as afirmações da ex-secretária, desta vez disparadas contra o sindicato. Luciene afirmou que os professores tinham medo da secretária que agia com perseguição.
“A secretária lembra que foram fechados todos os portões das escolas para a sindicato não entrar? […] O Ministério Público era quem obrigava a senhora a sentar na mesa com a gente. Mesmo assim a senhor montava um cenário, levava todos os diretores, levava um rapaz com a filmadora. A senhora ainda vem dizer que a gente ainda tinha uma coisa pessoal com a senhora? […] A senhora não tem moral para falar um “A” do sindicato. A senhora sabe muito bem o que aprontou” disparou Luciene.
Socorro afirmou que a filmagem das reuniões seriam para que ninguém falasse mais nem menos dos fatos. Segundo ela, em sua administração, os professores tiveram o apoio para participarem de capacitações e palestras com os melhores palestrantes do país.
apesar de ter gostado bastante da saída dessa senhora , quero lhe dizer que a educação que hoje se encontra em santa cruz tá de fazer dó, não tem rumo, uma bagunça só, começa pelas cadernetas do ensino fundamental e termina no secretário de educação.
a denúncia q um aluno morreu no meio do ano e passou de ano no fim do ano foi e mais vc tem q responder isso claramente socorro maia”
Enquanto discutem entre si , os professores continuam sem receber o que tem por direito: o 1/3 de sua férias…