25
fevereiro

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Santa Cruz está entre as cidades mais pobres com população maior que 80 mil pessoas, revela ranking da FPN

Foto: Arnaldo Viturino.

Será divulgado amanhã (26), o ranking dos 100 municípios mais pobres do país, com população superior a 80 mil pessoas. O ranking é organizado anualmente pela Frente Nacional dos Prefeitos (FPN) através de um levantamento conjunto com uma empresa de consultoria e leva em consideração diversos fatores.

 

Entre eles estão à renda por pessoa (ou “per capta”) e também dados obtidos a partir de informações financeiras fornecidas pelo Governo Federal. De acordo com o ranking, Santa Cruz do Capibaribe ocupa a 18ª colocação entre as cidades mais pobres, perdendo apenas para o município de São Lourenço da Mata (10º), Abreu e Lima (14º) e Paulista (16º).

 

Estão também nesta lista os municípios pernambucanos de Abreu e Lima (14º); Paulista (16º); Vitória de Santo Antão (20º); Olinda (24º); Jaboatão dos Guararapes (39º); Garanhuns (57º); Igarassu (62º); Caruaru (63º); Camaragibe (73º) e Petrolina (87º).

 

De acordo com o levantamento, as cidades que integram essa lista possuem grande dependência financeira do Fundo Nacional dos Municípios (FPM), recurso obtido através de impostos como o IPI (Imposto de Produtos Industrializados) e o IR (Imposto de Renda) e que vem sofrendo diminuições ao longo dos anos graças às políticas de desoneração do Governo Federal.

 

Em Santa Cruz do Capibaribe, isso é evidente já que o FPM é tido como uma das principais fontes de receita, já que sofre também com falta de arrecadação de recursos próprios como o IPTU.

 

A ausência de uma arrecadação eficiente impede que obras, feitas com recursos próprios, aconteçam mais rapidamente, fazendo desses municípios “verdadeiros reféns” dos poderes estadual e federal, revela o estudo.

 

O relatório também revela dados assustadores. As cidades que integram essa lista estão muito atrasadas em relação a outras do mesmo porte que não fazem parte do ranking em setores como educação, infraestrutura e saúde, além de ter o dobro da taxa de pessoas em situação de extrema pobreza.

 

Outro dado agravante é a taxa média de homicídios nesses municípios, que é de 37,8 para cada 100 mil pessoas. O dado coincide com a realidade local, já que foram registrados 45 homicídios no ano de 2013, em Santa Cruz do Capibaribe.

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