04
janeiro

“Eles o escantearam e tudo foi comandado pelo prefeito” – afirma vereador de Oposição com reviravolta na Câmara de Taquaritinga


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Fotos: Janielson Santos

Na manhã desta quarta-feira (04) o programa Patrulha do Agreste, da Polo FM, recebeu o vereador de Oposição em Taquaritinga do Norte, Jorge Custódio Maia, mais conhecido como “Borges” (PSD).

O vereador foi um dos que votaram governista Eraldo da Pedra Preta (PTN), eleito o novo presidente da Câmara de Vereadores daquele município. A eleição de Eraldo está sendo alvo de uma polêmica, já que o preterido para ocupar o posto pelo grupo Calabar seria o do vereador Geovanne Cezar (PR).

No dia da posse, em 01 de janeiro, a bancada de Oposição deu seus votos ao vereador após um acordo articulado nos bastidores. Já cinco edis da bancada governista, por não chegar a um consenso, optaram por abandonar o plenário antes da eleição e, alegando ilegalidade no processo por falta de quórum, recorreu na justiça contra a votação.

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Negativa de tentar levar Eraldo para Oposição e críticas a governistas

Durante a entrevista, Borges foi questionado se a eleição seria uma tentativa de “puxar” o governista para sua bancada. Sobre o fato, ele disse:

“Em termos de política, não tivemos nenhum acerto. Não costuramos, não fizemos. Simplesmente sentamos e vimos que Eraldo era merecedor (do cargo)” – disse.

Em seguida, o mesmo fez críticas ao prefeito Lero (PSB) e aos governistas que não apoiaram o projeto eleitoral do presidente eleito.

“Eles o escantearam e tudo foi comandado pelo prefeito. Eles estão para entrar na Justiça contra a eleição para derrubar Eraldo e fazer uma nova eleição. Quero dizer ao povo e aos novos vereadores que estamos tranquilos porque sei que não tem como derrubar, mas se derrubar a Mesa Diretora, vamos para outra eleição uma vez, duas, seis, oito, dez vezes… Ganhamos todas elas; temos seis votos” – frisou.

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Mais críticas a Lero e ao grupo Calabar

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Questionado sobre esse ponto, o oposicionista voltou a fazer críticas ao prefeito, afirmando não entender do porque não apoiar Eraldo, que foi o mais votado das últimas eleições no município.

Borges chegou a relatar fatos que aconteceram, segundo ele, na gestão anterior, durante o rompimento político do então prefeito Evilásio Araújo (PSB) com o então vice, Lero.

“Eraldo ficou lá na Câmara brigando, indo de encontro a quase tudo das coisas da prefeitura defendendo o nome de Lero contra a prefeitura (comandada por Evilásio), defendendo o nome de Lero. Já pensou um vereador de situação virar Oposição para defender uma pessoa e depois, lá na frente, levar uma mala de votos, despejar nas costas daquela pessoa (Lero) e ele virar as costas?” – disse.

O mesmo citou que a decisão de apoiar Eraldo se deu não só pelo acordo, mas também pela possibilidade do seu grupo não ganhar a presidência e também pelo “bom trânsito” do mesmo na Casa.

Sobre a saída do plenário dos governistas no dia da votação, ele foi enfático:

“Coisa mais vergonhosa que teve no domingo passado foi quando os cinco da situação deram as costas para o povo e deixaram o atual prefeito, o ex-prefeito e o vice naquela Casa sem saber o que faziam, um olhando para a cara do outro como se dissessem: “O que está acontecendo?!”. Saíram e não deram satisfação” – pontuou e completou sobre quem seriam, segundo ele, os articuladores pela tentativa de invalidar a eleição para a Mesa Diretora: “Com certeza são o ‘chefinho’ (referindo-se ao vereador Geovanne) e o ‘chefão’ (referindo-se ao prefeito Lero); são os dois” – concluiu.

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