Plenário estava lotado com maioria de estudantes no momento das denúncias – Fotos: Thonny Hill e arquivo
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Na tarde de quinta-feira (02) foi realizada mais uma sessão na Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Capibaribe. Como principal pauta, a denúncia apresentada pelo vereador de oposição Carlinhos da Cohab (PTB), que afirmou que a vereadora situacionista Narah Leandro (PSB) teria sido beneficiada com boxes e lojas no Calçadão Miguel Arraes.
Carlinhos trouxe o resumo do conteúdo de um vídeo, gravado no mês de março, em que o ex-cunhado da vereadora, identificado por Oseilton Barbosa de Lima afirma que a mesma teria sido contemplada, supostamente, com lojas e boxes, usando terceiros como laranjas (um motorista e parentes).
A denúncia também se generalizou a situacionistas, que saíram em defesa própria e também da situacionista. Narah rebateu o discurso de Carlinhos, chegou a chamá-lo de irresponsável e também de não ter provas de suas acusações.
A vereadora também apresentou um Boletim de Ocorrência contra Oseildo, no qual o mesmo seria acusado de ameaçar de morte a mãe e a irmã da vereadora.
No seu discurso, o vereador de Oposição, Carlinhos da Cohab (PTB) fez uma denúncia contra a vereadora Narah Leandro (PSB) e contra outros vereadores de situação.
Carlinhos citou que foi procurado pelo ex-cunhado da vereadora, Oseildo Bezerra de Lima, e destacou o conteúdo de um vídeo, onde Oseildo diz que a vereadora foi, supostamente, contemplada com lojas e boxes no espaço comercial, usando um ex-motorista de campanha como laranja.
O vereador citou que, no vídeo (gravado em março), Oseildo relatou que boxes, que supostamente pertenceriam a vereadora, já teriam sido vendidos para pagar dinheiro a agiotas e foi mais além, enfatizando que outros vereadores, sem dizer nomes, também teriam sido supostamente contemplados.
“Eu pergunto a vocês: foi para isso que o povo pagou milhões de reais para aquele Calçadão Miguel Arraes estar lá, para ser em benefício de vereadores?” e completou: “Vereadores aqui também ganharam suas lojinhas” – disse.
O vereador citou que vai levar a denúncia ao Ministério Público e completou que a prefeitura continua a negar a fornecer informações sobre quem seriam os proprietários de boxes e lojas.
Já em outro momento, o vereador defendeu que uma CPI contra ela fosse aberta e que ela pedisse licença do cargo.
Ao fazer uso da tribuna, o presidente da Casa, Afrânio Marques (PDT), fez sua defesa a colega situacionista.
Afrânio fez críticas a Carlinhos da Cohab (PTB), que denunciou que a vereadora Narah Leandro (PSB) teria sido contemplada, de forma irregular, com boxes e lojas no calçadão Miguel Arraes de Alencar. Carlinhos também disse que outros situacionistas também teriam sido supostamente contemplados.
“O senhor traga o nome de todos e melhor ainda: traga documentos comprobatórios. O que tiver contra mim, pode ficar à vontade para entregar a imprensa” e completou: “Você disse os 17 vereadores e não só a vereadora Narah, que eu tenho certeza que ela vai esclarecer. Gravações, o senhor apure, mas não atire pedras em ninguém sem haver julgamento” – pontuou.
O vereador também destacou a entrega de quatro ruas calçadas no último fim de semana, no bairro Nova Santa Cruz e destacou que parcerias entre a prefeitura, população e Câmara vão continuar.
O vereador Ernesto Maia (PT) destacou a denúncia feita por Carlinhos da Cohab (PTB) contra a vereadora Narah Leandro (PSB).
Carlinhos afirmou que a vereadora teria, supostamente, ganhado boxes e lojas no Calçadão Miguel Arraes de Alencar, em nome de um motorista de campanha e também de parentes.
Ernesto destacou que, passados mais de um ano da inauguração do empreendimento, mais da metade das lojas continuam fechadas e criticou o vereador Zé Minhoca (PSDB) pelo fim da CPI do Calçadão.
“Isso se passa por uma questão que deve ser colocada a limpo. Agora dizem que temos que ter muito cuidado porque agora vamos entrar em período eleitoral, mas porque, na hora de se discutir quando se tinha uma CPI, se colocou tudo para debaixo do tapete?” – disse.
O vereador defendeu que Narah tem que ser levada ao Conselho de Ética para fazer sua defesa e reafirmou que uma das atas da CPI do Calçadão que, segundo ele, teria sido solicitada e que fazer com que a CPI fosse retomada mediante a Justiça, até agora não foi entregue.
Ernesto aproveitou para dizer que, segundo ele, boxes e lojas já teriam sido trocados por carros de luxo.
Ao falar sobre a denúncia feita pelo vereador Carlinhos da Cohab (PTB), que acusou Narah Leandro (PSB) de ter sido supostamente contemplada com boxes e lojas no Calçadão Miguel Arraes, o vereador fez um breve comentário sobre o fato.
“Fiquei chocado com o tamanho da denúncia e espero, vereadora, que a senhora esclareça isso para a população. É uma denúncia séria, grave, que envolve o Calçadão em supostas doações indevidas” – disse.
Em seguida, o vereador falou da situação que pipeiros, segundo ele, estão enfrentando no município sem receber atrasados de contratos realizados com a Compesa. Helinho também fez críticas ao deputado estadual Diogo Moraes (PSB) que, em recente entrevista, citou que se Jucazinho deixasse de abastecer o município, teria água da Barragem do Prata a disposição.
“Tem hora que se cansa de falar nessa questão hídrica porque nada está sendo cumprido pela Compesa. Fomos a estação de tratamento no bairro do Salgado e lá foram claros e diretos que a Água do Prata não tem condições de chegar, não tem esse volume todo para ser bombeada, apenas no Pirangi, que vai chegar em fevereiro, se Deus quiser” – disse.
No seu discurso, a vereador Narah Leandro (PSB) se defendeu das denúncias feitas por Carlinhos da Cohab (PTB).
A vereadora citou que o ex-cunhado, Oseildo Bezerra de Lima, mentiu ao dizer que a vereadora teria sido supostamente contemplada com boxes e lojas no Calçadão Miguel Arraes e apresentou um Boletim de Ocorrência, datado de 13 de março, em que o denuncia por supostas ameaças de morte contra sua irmã e sua mãe. Narah fez duras críticas ao vereador de oposição.
“O senhor é irresponsável, não tem provas contra mim e chega aqui, para usar a tribuna, e dizer que meu ex-cunhado disse que ouviu falar que eu disse… Está muito solto vereador. Eu tenho aqui as provas, mas o que o senhor tem são falácias” e completou: “Eu é que chamo que ele (Carlinhos) também vá a Comissão de Ética porque o sonho dele está aqui. Acho que ele está assistindo muito “Tropa de Elite” e fica me pedindo para sair. Saiba que não tenho medo de homem nenhum” – disse.
No seu discurso, o vereador Ronaldo Pacas (PSDC) fez sua defesa a vereador Narah Leandro (PSB), que foi denunciada por Carlinhos da Cohab (PTB) em, supostamente, ter sido contemplada, em nome de terceiros, com boxes e lojas no Calçadão Miguel Arraes de Alencar.
Ronaldo frisou que Carlinhos estaria fazendo denúncias sem provas e aproveitou para compará-lo ao vereador Vânio Vieira que, segundo ele, apresentou denúncias sem provas.
“Digo ao nobre vereador Carlinhos, como esse rapaz (Oseildo): que pode provar. Se ele citou, como ele disse, vereadores, eu quero mais uma vez, não só me defender, mas defender a Casa. Não é a primeira vez que se acusam vereadores disso” – disse e completou: “Eu queria que o vereador Vânio Vieira estivesse presente porque sempre fala que “Esses vereadores, essa bancada fez isso ou aquilo” e nunca teve a coragem de apontar alguém, de mostrar essas gravações, com exceção de uma conversa entre Afrânio Marques e o prefeito. No mais, vem para criticar e se manchar essa Casa; isso tem que parar” – disse.
No seu discurso, Zé Minhoca aproveitou para rebater afirmações de vereadores de oposição. O primeiro deles foi Ernesto Maia (PT), que o acusou de ter encerrado antecipadamente os trabalhos da CPI do Calçadão e não entregar suposta ata que poderia reabrir os trabalhos mediante esfera judicial.
“Ele pegou o costume do vereador Carlinhos da Cohab, toda semana é uma denúncia, mas eu repito, que essa CPI, que me teve como presidente, agiu com lisura” e completou em outro momento: “O vereador Ernesto Maia concordou e assinou todas as atas que a Comissão elaborou em todas as reuniões. Ele assinou todas as atas e vem fazer isso agora: jogo sujo” – disse.
Já sobre a denúncia feita de Carlinhos da Cohab contra a vereadora Narah Leandro, que afirmou que a mesma teria, supostamente, ganhado boxes e lojas no Calçadão Miguel Arraes usando nome de laranjas, ele foi enfático.
“Narah, vamos nos preparar porque a pisada vai ser essa até as eleições. Toda semana eles vão querer trazer algo. Essa denúncia surgiu em março, passados 60 dias e ele veio trazer isso agora? Porque não disse isso no outro dia? Porque viu que a vereadora se antecipou e ele veio aqui fazer essa falsa denúncia” – frisou.
No seu discurso, o vereador Dida de Nan (PSDB) fez sua defesa a vereadora Narah Leandro (PSB). Carlinhos da Cohab (PTB), durante o uso da tribuna, denunciou que a vereadora teria, supostamente, sido contemplada, com uso de laranja e de parentes, com boxes e lojas do Calçadão Miguel Arraes. Dida fez críticas a Carlinhos.
“Veio aqui as acusações de Carlinhos da Cohab para cima da vereadora Narah Leandro. Vejo mais uma vez a Oposição, não por parte de todos, pega uma informação na rua, de qualquer jeito, chega diante de uma Câmara cheia, de um microfone de uma rádio, joga no ar de qualquer jeito, tentando prejudicar a vereadora, o nosso grupo e outras pessoas. A coisa não é bem assim, procure se informar. O senhor levanta os braços, grita, mas quando a vereadora vem aqui se justificar, o senhor fica dando risada. Quem trabalha dessa forma, com maldade, não procede, não dá utilidade ao trabalho” – disse.
Já sobre as acusações de Ernesto Maia, que disse que boxes e lojas teriam sido trocados por veículos de luxo, Dida citou que o vereador não teria moral, e nem provas, para fazer tais afirmações.
No principal ponto de seu discurso, o vereador Deomedes Brito (PT) destacou a denúncia feita por Carlinhos da Cohab (PTB) contra Narah Leandro.
De acordo com o vereador, ante os novos fatos apontados ao Calçadão, Deomedes fez críticas a Zé Minhoca (PSDB) quanto ao encerramento dos trabalhos da CPI, que apurava o suposto favorecimento político de pontos comerciais. Ao comentar sobre a denúncia, Deomedes destacou:
“Vereadora Narah, espero que a senhora possa se defender e dizer ao vereador Zé Minhoca que o trabalho de vereador não é arrancando toco não, mas de fiscalizar, fazer projetos de Lei, porque a denúncia que fizemos com relação a KMC, onde evitou-se gastar mais de R$ 40 milhões e, quatro anos. Esse foi um trabalho muito bom para Santa Cruz”.
Em seguida, o vereador cobrou união quanto a busca de soluções no combate a insegurança e também aproveitou para denunciar que faltou, segundo ele, medicamentos a paciente cirurgiado no Hospital Municipal.
No seu discurso, que teve como pauta a denúncia feita pelo vereador Carlinhos da Cohab contra Narah Leandro, o vereador Zezin Buxin (PSDB) fez sua defesa a vereadora.
Zezin destacou que as denúncias que, comumente, são levadas a Casa de leis, devem, segundo o mesmo, serem feitas com raciocínio ao invés de emoção que, para ele, tem resultados prejudiciais.
Já especificamente sobre a denúncia contra a vereadora, que foi acusada de ter, supostamente, recebido lojas e boxes no Calçadão Miguem Arraes com uso de nome de terceiros, ele comentou:
“Vereadora Narah e os demais (da minha bancada). Somos situação e, não tenha dúvidas, que seremos muito mais atingidos que a Oposição porque ser situação é bom e ser Oposição é confortável. Prefiro continuar na situação e vamos em frente. Que Deus abrande os corações de pessoas que se empolgam e pré-julgam” – disse.
Ao fazer uso da tribuna, o vereador Galego de Mourinha (PTB) também destacou a denúncia feita por Carlinhos da Cohab (PTB) contra a situacionista Narah Leandro (PSB).
“Depois de ouvir essa denúncia feita por Carlinhos, não podemos deixar passar despercebido. Não estou acusando ninguém ou pré-julgando, mas quero dizer que essa denúncia deve ser apurada. Isso não quer dizer que alguém tem que pagar, mas vamos averiguar até que ponto essa denúncia tem fundamento. A Casa tem que procurar esclarecimentos” – disse.
Em seguida, o vereador falou sobre a problemática da insegurança pública, destacando viaturas quebradas e o episódio em que um homem foi vítima de assalto duas vezes no mesmo dia. Ao prestar queixa do primeiro crime, o homem foi assaltando mais uma vez, poucos minutos depois de dar queixa do primeiro crime.
“A insegurança em Santa Cruz do Capibaribe parece uma piada. Quando se vai no 24º BPM se denunciar, a gente houve que lá tem quatro viaturas quebradas. Antes, no governo de José Augusto, se disponibilizava sete mil por mês para ajudar as viaturas, mas há poucos dias, um sargento da PM veio aqui para pedir R$ 100 de cada vereador para se colocar bateria em duas e pneus em uma. Eu disse que era obrigação da empresa que locou, que esses carros não são do Estado, mas o estado está devendo R$ 12 milhões e a empresa não tem condição de manter” – disse.
No seu discurso, o vereador Junior Gomes (PSB) assumiu a postura de defesa a vereadora Narah Leandro (PSB), alvo de denúncia por parte do oposicionista Carlinhos da Cohab (PTB).
Contra Deomedes (PT), Junior citou que o petista não poderia falar do seu papel de fiscalizar como Oposição já que, segundo ele, a legenda foi a responsável, segundo ele, dos maiores escândalos de corrupção do país.
Intensificando as críticas, Junior citou que a bancada adversária não poderia falar em combate a corrupção, colocando como ponto a votação favorável da bancada as contas de José Augusto Maia, que tinham recomendação de rejeição por parte do Tribunal de Contas do Estado.
O vereador seguiu o discurso e, ao falar sobre a denúncia feita a vereadora socialista, ele foi enfático nas críticas a Carlinhos.
“Vereadora, confio e acredito em vossa excelência, mas o que a gente pode esperar de um vereador que veio aqui nessa tribuna, no começo da reunião, acusar a vereadora Narah em que, na primeira atitude quando eleito, foi vasculhar o lixo da vereadora e ainda tirou foto. Vereador, vá se ocupar, ter o que fazer, trabalhe pelo povo e dignifique esse salário que o senhor ganha aqui” – disse.
No seu discurso, o vereador Fernando Aragão fez uma análise um breve relato sobre a gestão do prefeito Edson Vieira, além de uma análise dos discursos dos vereadores. Rebateu palavras de Junior Gomes (PSB), de Zé Minhoca (PSDB) e relembrou o escândalo da KMC e a polêmica envolvendo o Santa Cruz Prev.
Fernando acusou que a prefeitura estaria gastando mais de 70% de sua receita com pessoal, teria muitos imóveis alugados e foi mais incisivo ao falar de gastos públicos.
“Essa gestão que pediu uma chance, dizendo que tudo ia ser modificado, mas você vai a um posto de saúde e observa que não tem remédio de pressão, não tem nada. Se não fosse o Governo Federal colocar uns médicos cubanos, não tínhamos nem médicos, mas se paga uma conta de mais de R$ 1 milhão com cooperativa e nem se sabe se esses médicos existem” – disse.
Já quanto a denúncia feita por Carlinhos da Cohab (PTB) contra Narah Leandro (PSB), ele citou que o vereador não tem que responder a Comissão de Ética, mas sim que, em caso de erro, seria o denunciante, o ex-cunhado da vereadora, a responder judicialmente.
