01
julho

“Defendo com documentos, não com ‘achismos’” diz vereador Afrânio Marques  


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Após vazamentos de polêmicos áudios gravados em reunião interna do grupo de situação, pelo vereador Vânio Vieira (PTB), o presidente da Câmara de Santa Cruz do Capibaribe, Afrânio Marques (PDT), respondeu sobre o caso, em entrevista ao Programa Rádio Debate, nesta sexta-feira (01).

O pedetista estava na referida reunião, com demais integrantes do grupo, e é um dos principais alvos da oposição, que afirmam que o encontro serviria para planejar em conjunto, e macular procedimentos em relação ao processo conhecido por ‘KMC Locadora’, onde o prefeito, Edson Vieira (PSDB), e outras pessoas são acusadas de contratação de uma empresa fantasma para locação de veículo para o município.

Durante sua participação, Afrânio nega que tenha mudado sua postura ao longo dos anos, apontada por muitos como ética politicamente, e garante que todas as suas defesas, foram baseadas em documentos.

“No áudio deixa claro, digo de uma forma enfática, mesmo sendo da base aliada, que não defendo a empresa. E estávamos certo, por que recentemente o TCE (Tribunal de Contas do Estado) condenou a empresa”, falou, acrescentando que mesmo antes dos áudios serem divulgados, já buscava explicações da gestão e informações sobre a empresa, que de acordo com ele “Deixava a desejar”.

O vereador, que também já foi aliado do ex-prefeito José Augusto Maia, argumenta que, no período de 1 ano e 3 meses, o defendia da forma que faz com o governo Vieira. Segundo ele, sustentado em documentações.

“Defendia Zé Augusto com documentos. E defendo Edson com documentos. Não é com achismos”, diz.

Durante a gravação divulgada, Afrânio afirma que está com o grupo ‘para rir ou chorar’. Em sua explicação disse que se referia a momentos bons e ruins.

“Rir ou chorar é isso. Mas sempre com embasamento e posições corretas”, falou.

Dois ‘Afrânios’?

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Afrânio também foi, após rompimento político, um dos mais efusivos opositores do ex-prefeito José Augusto Maia (PTN), no famoso “caso da merenda” e nega que esteja com postura diferente.

“Denúncias não são condenações. Quando a oposição foi pra tribuna e denunciou, eu disse ‘apure, investigue leve para o Ministério Público e para o Tribunal de Contas’, como sempre eu fiz. Fazia isso. Não defendo como muitos da oposição… Ou que já chega acusando”, falou.

Ele ainda traçou um paralelo entre os casos ‘KMC’, que atinge o atual gestor e o caso da ‘merenda’, onde uma suposta empresa fantasma foi criada para abastecer escolas do município, que atingiu o ex-prefeito.

“Agora há uma denúncia, há uma investigação, um processo que deve ser apurado, mas não há ainda um julgamento. Na merenda, quando fui para tribuna, havia uma auditoria especial com 5 mil páginas, que levei para Câmara. E já havia uma condenação do Tribunal de Contas. Havia um julgamento. E a gente estava justamente julgando as contas de Zé Augusto. A justiça condenou, diferentemente de hoje. Eu continuo defendendo que se apure, que se investigue e vamos aguardar”, argumentou.

Confiança 100%?

Quando indagado se acredita ‘100%’ no prefeito Edson Vieira, ele respondeu primeiramente que ‘precisa esperar’ o rumo das investigações. No entanto, depois complementou que ‘enquanto estiver no governo, confia no governo’.

“A gente tem que aguardar. Eu não condenei Zé antes de ter uma condenação dele. Nunca condenei, antes de chegar aquela auditoria do Ministério Público. Então porque vou condenar Edson antes?”, indaga e complementa mais à frente “Eu não posso desconfiar de Edson sem haver um julgamento. Vou aguardar o julgamento, como fiz com Zé, e eu estou no governo, isso significa que enquanto estiver no governo, confio”.

E o sorteio?

Uma das polêmicas que envolve as gravações diz respeito a ordem de falas na tribuna da Casa, que estaria sendo tramado para o oposicionista Ernesto Maia (PT) falar primeiro. A situação geraria contra-argumentos para vereadores governistas, falando em seguida.

Afrânio sustenta que nunca participou de algo semelhante, nem recomendou que isso fosse feito.

“O sorteio é feito por dois vereadores, de situação e de oposição. Tirando a bola e chamando na frente da imprensa”, disse e completou em seguida “Eu não fiz, nem recomendei a ninguém”.

Na gravação, o vereador Junior Gomes (PSB), presidente no período, fala como deveria ser a ordem inicial, que colocava o petista em primeiro.

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