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outubro

“Boa parte do eleitorado não tem aquela confiabilidade”, diz vereador eleito Dr.Nanau sobre as mudanças de grupos em Santa Cruz


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Fotos: Thonny Hill

Com data certa para regressar à Casa José Vieira de Araújo, como vereador eleito de Santa Cruz do Capibaribe, Dr.Nanau (PSDB) compareceu, na manhã desta terça-feira (04), ao Programa Rádio debate, da Rádio Polo FM, para agradecer aos votos e falar de projetos para os próximos anos no legislativo local.

Ele aproveitou ainda para contar alguns detalhes dos bastidores, durante o processo, seus projetos, e se emocionou ao falar da mãe, Dona Geralda, sua maior incentivadora, falecida em julho deste ano.

“Agradecer primeiramente a Deus, por ter mais uma vez obtido sucesso. Foram 1.112 pessoas que acreditaram em mim, muito obrigado. Essa campanha encontrei muitas dificuldades, essa foi a sétima eleição, três candidatura proporcionais, com essa a quarta, além de duas para vice e uma para prefeito. E essa foi uma das mais difíceis, curta, restrita a 45 dias, que tive que correr atrás do voto, não tinha praticamente palanque, só nome e número, e ir a casa do povo, olho no olho”, disse.

Dr. Nanau reconheceu as dificuldades de uma eleição no palanque de situação, classificando como ‘palanque pesado’, pelo número de candidatos com forte potencial eleitoral. Ele revelou que tentou ir para uma coligação de partidos menores, a conhecida ‘chapinha’, mas que foi barrado, pelos critérios criados no grupo.

“Tentei ir para chapinha, conversa com presidentes de partidos pequenos, mas disseram que não poderia ter candidato que fosse vereador, ou que já tivesse tido mandato, na chapinha”, disse, acrescentando que candidatos como Toinho (PSB) e Zé Elias (PSDB), antes de suas filiações, tentaram outras legendas com vistas também à chapinha.

O vereador afirmou que a segunda chapinha, liderada por Luciano Bezerra (Rede) e Ronaldo Pacas (PR), foi criada de última hora, mas que isso não lhe atrapalhou.

“De minha parte, não houve desconforto. A norma era essa, dita pelo prefeito reeleito, Edson Vieira, que seria uma chapinha e um chapão. Depois, de última hora, aos 45 do segundo tempo, no apagar das luzes, soube da ‘chapuleta’ de Ronaldo e Luciano. Mas, para mim, não afetou. Apenas que tínhamos essa informação e depois surgiu isso”, disse.

A desconfiança

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O vereador também falou que sentiu uma certa rejeição, por parte de alguns eleitores, em virtude das mudanças de facções, ao longos dos anos.

“Uma boa parte…algumas pessoas que eu sabia que já tinha votado em mim, ia pedir o voto, mas a gente sente a firmeza do eleitor, e sente também quando dá o ‘sim’ só para não perder a amizade, para não desagradar. Isso dificultou muito, uma boa parte do eleitor não tem aquela confiabilidade”, disse.

Para ele, a queda em números de votos, em relação a pleitos passados, é um reflexo dessa desconfiança.

Emoção

Ao falar de Dona Geralda, sua mãe e maior incentivadora na política, que faleceu em julho deste ano, Dr.Nanau não segurou a emoção e enfatizou a importância da família no processo.

“Foi difícil a campanha, perdi minha mãe, tive que chamar a família, reuni filhos, esposas, irmãos e todos, e expliquei a situação: ‘ou vocês vestem a camisa junto ou estou fora da Câmara’, e graças a Deus todos, irmãos, filhos e netos, foram envolvidos, e tive êxito”, disse.

Posição

Questionado sobre seus posicionamento na Câmara, em relação a possíveis projetos polêmicos, com determinações prévias do poder executivo, Nanau foi evasivo, e não respondeu, de forma direta, como decidirá.

“Projetos polêmicos vou para o diálogo. Vou defender o povo e também não vou ser contra o meu grupo, contra o prefeito. A gente senta, conversa e se arranja uma solução para que saiam ganhando todos, o governo e o povo de Santa Cruz do Capibaribe”, falou.

De acordo com ele seus projetos vão se intensificar, principalmente, para viabilizar a construção do Distrito Industrial na cidade. Segundo ele, já tinha levantado a pauta em 2012, mas a falta de água dificultava sua celeridade. No entanto, acredita que a chegada da água do Pirangi viabilizará o projeto.

O vereador obteve 1112 votos, no pleito do último domingo (2). Ele inicia o mandato em 1 de janeiro de 2017.

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