Teatralização – O professor, vereador e presidente da Câmara de Santa Cruz do Capibaribe, Afrânio Marques (PDT), sempre utilizou o termo “Teatralização do Poder” para condenar, principalmente, a alimentação da paixão política pelos dois grupos políticos da cidade aos seus eleitores.
O que é? – A teatralização do poder tão citada por Afrânio é a encenação do poder político, é o modo como os seus detentores exibem a natureza deste poder a quem governam, aos seus pares ou aos seus rivais. Estas encenações foram sempre destinadas a impressionar, evidenciar, mistificar, aterrorizar, ou simplesmente ridicularizar os espectadores. Certas encenações, especialmente as “entradas” e “triunfos” (reais, imperiais, pontifícios, presidenciais) serão duradouras, outras apenas modas passageiras.
Identificação – Ao lermos o texto acima, facilmente identificamos o que os líderes políticos dos dois principais grupos da cidade fazem com os seus eleitores.
O diferente – Contudo, ao longo dos últimos 30 anos, o vereador Afrânio Marques sempre tentou desmistificar a teatralização do poder na política de Santa Cruz do Capibaribe, mas no último áudio disponibilizado por Vânio Vieira (PTB), o presidente se utilizou da ferramenta, outrora condenada, para tentar solucionar uma crise interna do seu grupo.
O áudio – Na gravação Afrânio apontou que existem três tipos de eleitor em Santa Cruz: O apaixonado Boca Preta, o apaixonado Taboquinha e o eleitor “mais consciente”. Na ocasião o professor Afrânio dá uma aula sobre como se comportar a frente de cada uma desses eleitores, mas principalmente à frente do eleitor “mais consciente”.
A aula – Ao final de mais uma aula de nossa política, concluímos que a teatralização do poder continua sendo utilizada para abafar supostos escândalos de corrupção, para defender o indefensável, para abafar crise e você eleitor, do apaixonado ao consciente, que é o fantoche desse teatro escroto.
