05
outubro

Após resultado das urnas, Fernando não descarta candidatura em 2020


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Fotos: Janielson Santos e Thonny Hill

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Segundo colocado nas eleições 2016, em Santa Cruz do Capibaribe,  Fernando Aragão (PTB) compareceu ao Programa Rádio Debate, da Rádio Polo FM, na manhã desta quarta-feira (5). O petebista falou sobre o pleito, com o resultado mais apertado da história municipal, as estratégias, erros e dificuldades. No fim, colocou o nome à disposição do grupo para a próxima eleição e afirmou que os projetos devem iniciar a partir de agora, com organização e trabalho.

Mesmo não considerando que houve falta de estratégias, durante a campanha, Fernando reconhece que o grupo demorou para definir a chapa majoritária, que teria comprometido o seguimento das articulações.

“Não foi falta de estratégia. Todos sabem que nossa campanha começou de baixo pra cima. Um grupo um pouco ainda procurando se definir quem seria o candidato, que demorou um pouco, problemas com questão de vice… Se tivesse condições de ter definido isso a mais tempo, poderia ter melhorado, até para biometria”, disse.

Ele acredita que a maior lição para o grupo é que não adianta tentar fazer tudo ‘encima da hora’, por isso reafirma o posicionamento de recomeçar imediatamente.

“Palhaçada”

img_6942Lembrado as pesquisas, registradas e divulgadas dias antes do pleito, em que mostravam o candidato Edson Vieira (PSDB) com ampla vantagem, Fernando classificou os levantamentos como “palhaçada” e “enganações”, que teriam contribuído para o resultado final. Ele disse lamentar pelos apostadores mais humildes, que perderam dinheiro e bens.

“Não tenho pena dos ricos, que apostaram e perderem muito dinheiro, porque esses têm demais e fizeram com que o pobre, que às vezes só tem uma casinha, um carro, uma moto, ou um box no Moda Center, acreditasse na palhaçada, numa mentira descabida de 20%”, disse completando, em seguida. “Tinha um que dizia que a mão levantada de Fernando Aragão, era cinco mil votos e levantaria as duas mãos que seria dez. Queria ver ele fazer isso agora, no dia da posse, para aqueles que perderam. Porque esses acreditaram. Infelizmente, enganaram mais uma vez o povo de Santa Cruz”.

Por pouco

Fernando afirmou que acompanhou a apuração em casa, com familiares e amigos. De acordo com ele, por um momento, com cerca de apenas 400 votos de diferença, imaginou que chegaria a virar o quadro.

“Infelizmente não deu. Mas em nenhum momento fiquei triste. Fiquei magoado, claro, porque quando se perde, isso acontece… Mas, acho que cumpri com meu papel”, diz exaltando as funções da coordenação, amigos e familiares dele e do candidato a vice, Cleiton Barbosa (PTN).

Orientador

Segundo Fernando, o publicitário José Nivaldo Jr. não chegou a ser seu marqueteiro de campanha, por falta de recursos, no entanto, foi um grande conselheiro, durante o período.

“Tive um grande conselheiro, não foi marqueteiro. Não tinha dinheiro para contratar. Conversava muito, e ele foi um orientador. Certo momento, em uma reunião, quando soltaram a primeira pesquisa, que se não me engano dava 17% (desvantagem) eu fiquei aperreado, e ele (José Nivaldo) disse ‘não se preocupe com pesquisa, a nossa campanha vai começar a partir do dia 7, quando o povo despertar realmente para eleição’, pediu que confiasse nele e continuasse o trabalho como estávamos fazendo”, disse.

Poucos dias aconteceram entrevistas na rádio Polo, sabatinas, debate e grande eventos de rua.

“Naquele momento vi que podíamos ganhar as eleições em Santa Cruz”.

Na justiça?

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Minutos após o pleito, em entrevista à Rádio Polo, Fernando afirmou que ‘lutaria com tudo que fosse possível’,  em referência à esfera judicial, que envolve pedido de cassação do registro de candidatura de Edson Vieira, por parte do Ministério Público e acatado pelo Juiz eleitoral Dr. Diego Vieira Lima. Para Fernando, é necessário ter cautela, não cria expectativa de datas que isso possa acontecer, mas ratifica que não vai desistir.

“Isso é uma questão jurídica, não vou criar expectativa, nem vou criar na cabeça do povo que pode ser resolvido hoje, amanhã, daqui a um mês ou dois. Eu não sei, isso é justiça. A grande verdade é que, como ele está com um pedido de impugnação da candidatura, posto pela promotora, vamos aguardar que o juiz se pronuncie.  O juiz acatou e tem que se pronunciar. Perdi a batalha mas não a guerra. Estou esperançoso que haja justiça, por que o poder econômico também influenciou muito e usando a Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe”, disse.

Mais à frente afirmou que se o resultado se configurasse no que mostravam as pesquisas, já teria desistido.

“Poderia deixar de lado se as pesquisas fossem sérias, honestas e realmente tivéssemos perdendo por 20%, e o resultado das urnas tivesse sido de 10 mil votos. Eu acho que aí seria a grande vontade do povo de Santa Cruz, e contra isso eu não brigo. Mas, o que vimos foi usar o dinheiro público para fazer uma coisa diferente e influenciar as pessoas”, disse.

Nova tentativa?

No fim, o petebista colocou seu nome à disposição para 2020, se credenciando para uma nova eleição, pelos números alcançados. Disse que seus planejamentos são de quem quer ser candidato majoritário no próximo pleito.

“Não tenha dúvida nenhuma. Desde que entrei na política, disse que meu sonho é ser prefeito de Santa Cruz, e isso não morreu. Vou lutar, como sempre lutei nesses 30 anos. Se tiver com minha cabeça boa, como tô agora, meu nome vai tá a disposição para disputar novamente, por que não?”, questiona, acrescentando a importância também do fortalecimento de novas lideranças e a união para 2018, em torno do nome de José Augusto Maia, para o poder legislativo estadual.

O petebista assegurou que na segunda-feira (03), após o resultado, retornou às suas atividades normais e caminhou pelas ruas de Santa Cruz com a mesma naturalidade.

Ele esteve no programa acompanhando de vereadores eleitos e suplentes, do candidato a vice, Cleiton Barbosa e do ex-deputado federal, José Augusto Maia.

Cleiton também destacou a importância de se definir caminhos estratégicos de forma antecipada, com demarcações e fortalecimentos do grupo.

Fernando Aragão obteve 21.965 votos, 914 menos que o vencedor, Edson Vieira (PSDB), que conseguiu 22.879.

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