Fotos: Thonny Hill.
Em entrevista concedida na redação do Blog do Ney Lima, o vereador Klemerson “Pipoca” (PMN) falou sobre o problema da seca em Santa Cruz do Capibaribe.
O vereador preside a Comissão de Convivência com a Seca, que é formada por vereadores das duas bancadas.
Na última segunda-feira (08) foi veiculada, no Jornal Nacional, uma matéria que tratou sobre os problemas da estiagem, com destaque para a lentidão das obras da Adutora do Agreste e o impasse que se gera entre o Governo Federal e a Compesa.
O Governo Federal alega que não houve interrupção no repasse de recursos para a obra; já a Compesa alega que há sim o atraso nos pagamentos. Vale ressaltar que a adutora deveria ter sido concluída este mês, mas apenas 60% dos trabalhos foram concluídos.
Confira os principais pontos da entrevista:
“Ficamos preocupados, pois vai ser um jogo de um jogar para o outro, mas o que importa é que um projeto nosso da Câmara de Vereadores em criar essa Comissão de Convivência com a Seca é, justamente, para fazermos esse relatório em busca de saber como anda a questão hídrica de nosso município e ver quais as possibilidades de melhorias. Desde quando eu me entendo por gente, nunca houve um projeto do Estado, da União ou do próprio município teve um relatório para que pudéssemos analisar como conviver com a seca.”.
Pipoca citou que uma reunião da Comissão será feita com órgão do governo municipal (Meio Ambiente e Defesa Civil) já nesta quinta-feira (11) para dar andamento à confecção do relatório que terá dados como quantidade de barreiros, poços artesianos ativados e desativados e outras opções para fornecimento de água a população.
O vereador frisou que uma das prioridades da Comissão, na ida a Brasília, era viabilidade de se trazer água do Sistema Camevô (prevista para trazer água de um dos afluentes do Rio Una até a Barragem do Prata) para Santa Cruz.
A comissão recebeu uma negativa no Ministério, citando que não havia dinheiro para essas obras, mas somente recursos para a conclusão da Adutora do Agreste e voltou a falar do jogo de empurra-empurra entre Compesa e Governo Federal.
“A única possibilidade seria (de vir recursos) pela Defesa Civil. Ficamos preocupados porque a Compesa já tinha levado esse projeto para o Ministério e levamos o projeto novamente e alegaram que não se tinha recursos. A Compesa está se tirando do jogo, está se saindo, sendo que ela é a principal responsável.”, disse.
Recentemente, o prefeito Edson Vieira (PSDB) alegou, em sua visita a Brasília, que deveria o projeto de trazer água a partir do Rio Una deveria ser refeito na Compesa, de forma a colocá-lo como caráter prioritário.
Questionado se a Compesa já teria sido acionada após a ida ao Ministério, o vereador respondeu que essa reunião será marcada, possivelmente, na semana que vem.
Também serão apresentadas informações obtidas a partir da reunião da Comissão com representantes do governo municipal. Uma obra paliativa deve ser solicitada a Compesa para trazer água ao município.
“Tem que se ter uma solução, seja pela Defesa Civil, pela Compesa, pelo Ministério ou pelo Governo do Estado. O que não pode é a população estar sofrendo com a falta de água.”.
Audiência pública e possibilidade de se entrar com uma ação contra a Compesa
“Vamos fazer uma audiência pública para se escutar a população, vamos ver se entramos com uma ação civil contra a Compesa. A Compesa recebe (dinheiro) e vemos hoje que mais de 60% da população não está recebendo água em casa e porque está recebendo?! Porque a população não tem água?! Quem é o culpado?! Então fica neste jogo e é para saber isso que estamos fazendo esse relatório.”, disse.
O vereador completou que essa audiência será marcada e que deve acontecer nos próximos 15 ou 30 dias.
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