27
outubro

“A relação de Júnior (Gomes) com a presidência sempre foi azeda”, diz Carlos Lisboa


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Fotos: Thonny Hill.

Chefe de gabinete da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Capibaribe, Carlos Lisboa, fez uma série de críticas e desabafos, quanto a postura de alguns vereadores e governo municipal, na manhã dessa quinta-feira (27), durante o Programa ‘Estúdio 1’, da Rádio Polo FM.

Entre suas críticas estiveram, principalmente, o vereador Junior Gomes (PSB), além do líder da bancada de situação, Pipoca (PSDB). Quanto ao primeiro, as restrições são em relação a sua postura, quanto ao segundo por, supostamente, ter faltado liderança em algumas ocasiões.

Carlos Lisboa fez uma defesa do presidente da Casa, Afrânio Marques (PTD), falando das pressões que o mesmo passou por seus posicionamentos, por vezes, distintos do poder executivo. Ele nega que houve submissão ao gestor, mas reconhece falhas.

“Houve, de certa forma, uma mudança. Mas não foi uma mudança drástica, se fosse, Afrânio não teria sofrido o que sofreu. Nas questões da CPI ‘comeu o pão que o diabo amassou’”, disse e completa mais à frente “Houve uma certa acomodação, não diria subserviência”.

Relação ‘azeda’ e falta de seriedade

img_8154-copiaQuando questionado sobre a polêmica recente com o vereador Junior Gomes (PSB), Lisboa afirma que falta seriedade e respeito, com colegas, da parte do socialista. Além disso, reconhece que a relação de Junior e Afrânio esteve desgastada, durante os últimos anos.

“A rigor, a relação do vereador Júnior com a presidência sempre foi azeda”, declara.

Junior solicitou, em sessão ordinária, uma articulação do presidente com o Comando do 24º BPM, para tratar a segurança municipal. O chefe de gabinete comentou, em rede social, que o vereador, pertencente ao mesmo partido do governo estadual, não fez o mesmo durante os últimos anos, recebendo resposta de Júnior para ‘trabalhar, antes de deixar o cargo, fim de ano’.

“Eu elogiei ele em pedir ao presidente que fizesse essa diligência para tratar dessa questão. Depois, fiz um questionamento do porquê agora? por que não antes no período eleitoral? Por que ser líder da frente parlamentar do vereadores e não ter tomando isso à cabo? Uma Proposição correta, mas acho que deveria ter sido feita antes”, fala.

“Ele, assim como alguns outros, não é muito sensível a críticas construtivas e disse algumas besteiras”, critica, acrescentando a postura, supostamente sarcástica com os demais colegas da Casa.

Bancada solta?

A relação entre os vereadores poderia, de acordo com o chefe de gabinete, ser amenizada com uma postura mais presente do líder de bancada, Pipoca (PSDB).

“Faltou liderança. Onde se tem líder de bancada essas coisas são minimizadas. É uma boa pessoa, tem feito bons trabalhos, mas faltou isso”, comenta.  

Reforma na Casa do povo

De acordo com Carlos Lisboa, os vereadores que seguirão ou iniciarão o mandato em 2017, devem ter responsabilidade e compromisso em dar sequência ao projeto de reforma administrativa da Casa José Vieira de Araújo, proposta pela atual mesa diretora, inclusive, com formulação de concurso público.

“A rigor, deve seguir, e se espera que os vereadores reeleitos e novos, tenham decência e responsabilidade pública e tratem a coisa com a seriedade que ela merece. É humanamente impossível estar todos os cargos de forma comissionada”, disse.

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Diogo Moraes e futuro

Carlos Lisboa ainda criticou, mesmo sem citar nominalmente, o deputado estadual Diogo Moraes (PSB), fez uma avaliação da nova composição legislativa e lamentou o insucesso nas urnas de apenas três parlamentares; Afrânio Marques, Zezin Buxim (PSDB) e Luciano Bezerra (Rede).

“Como um deputado estadual, independente de procurar ou não, grava para algumas figuras e não grava em favor de outras, pedido votos e elogiando? Essas coisas, de certa forma, pesaram”, diz, acrescentando porém que não cria desculpas para o insucesso do aliado. 

Diogo Moraes gravou inserções para vereadora eleita Jéssyca Cavalcanti (PTC).

Por fim, Carlos Lisboa recomenda a Afrânio, para preservar um histórico político, abdicar de políticas ligadas aos dois grupos tradicionais da cidade.

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