07
julho

Política regada a polêmica


Foi dada a largada: o Brasil quer mudanças

 

Esta semana é o marco inicial das disputas eleitorais que acontecem este ano no Brasil. Antes o que tínhamos eram cidadãos que se apresentavam como pré-candidatos e postulavam alguns dos milhares de cargos eletivos que estarão em disputa, tais como as vagas de deputados federais, estaduais, senadores da república, governadores e, o principal deles, o de presidente da república.

 

Expressarei meu ponto de vista sobre a conjuntura nacional, estadual e municipal, onde, por questão de organização, dividirei estes assuntos em três textos, começando pelo plano nacional. Pois bem.

 

No ano passado, o país viveu um grande movimento, onde parte da população foi às ruas cobrando, genericamente, melhoria na saúde, educação, menores preços e maior qualidade no transporte público, explicações sobre os gastos excessivos na Copa de Futebol, dentre outros pontos.

 

Foi um movimento fantástico, até o momento em que foi desvirtuado por uma minoria de vândalos que se mostraram a serviço da grande mídia (pois estava começando a intimidá-la) e dos próprios governantes que, salvadas exceções, sempre têm medo das manifestações populares.

 

Este movimento popular, ocorrido há pouco mais de um ano, sintetizou que a população desejava mudança, fato que permanece como principal anseio da população, segundo diversas pesquisas de opinião pública que foram realizadas pelos mais importantes institutos de pesquisa do país. Em meio a isso e somado ao fato de termos eleições para a escolha do presidente do país, este fato é, sem dúvidas, o principal ponto a ser tratado na disputa.

 

DILMA A atual presidente e candidata a reeleição Dilma Rousseff, foi, teoricamente, a que mais sofreu com este sentimento de mudança da população, pois a avaliação de seu governo despencou a patamares que trouxeram muitas preocupações, inclusive a fantasma do “volta Lula”, inclusive dentro do governo, em uma clara alusão que preferiam vê-la fora da presidência e o retorno do seu antecessor.

 

Diante disso optaram por uma estratégia dual: apostar nas ações de boa aceitação pela população e apresentar-se como uma nova pessoa capaz de construir a mudança que o povo quer.

 

Seria como mudar o governo, sem mudar o governante. É incerto saber se a população vai assimilar esta ideia, mas o certo é que o governo Dilma tem muitas conquistas para mostrar à população e continua com o forte apoio do ex-presidente Lula. As pesquisas apontam, no momento que ela tem entre 35% e 40% dos votos.

 

AÉCIO – O senador Aécio Neves, duas vezes governador do Estado de Minas Gerais, é o candidato da oposição que, até o momento, aparece com mais chances de ser o grande rival da presidente Dilma. Com uma gestão bem avaliada pela população mineira e tendo elegido seu sucessor no governo do Estado, Aécio ainda conta com o fato de ser sobrinho do grande Tancredo Neves, importantíssimo na redemocratização do país.

 

O senador tentará usar o desejo de mudança da população em seu favor, pois conta com boa experiência administrativa e, demonstrando uma aparência jovial quer ser o representante dessa “juventude”. Conta com importantes apoios nos principais colégios eleitorais do país, a exemplo de Minas e São Paulo, bem como com uma multiplicidade de apoios no restante da nação. Pesa contra o fato de ser representante dos que governavam o país quando o Brasil sofreu com crises internacionais e a favor o fato de, também, representar quem deu estabilidade monetária à nação.

 

EDUARDO – O ex-governador de Pernambuco, avaliado como o melhor gestor do país, Eduardo Campos surpreendeu a todos quando, no ano passado, deixou o governo Dilma e deu sinais que iria disputar a presidência da república, fato que se confirmou.

 

Os planos remetiam Eduardo candidato apenas em 2018, mas o clamor das ruas por mudanças fizeram com que o mesmo revisse suas estratégias e, neste ano, iniciasse sua busca pela presidência. Eduardo sempre foi visto como um aliado fiel do ex-presidente Lula e tratado por muitos como seu sucessor natural. Agrega, ainda, o fato de ser da “escola” de Miguel Arraes de Alencar, grande líder.

 

Eduardo Campos tem um problema no inicio desta caminhada: tornar-se conhecido. Dos candidatos principais é o mais desconhecido pela população, mas, para esta questão, conseguiu agregar em sua candidatura a Marina Silva, grande liderança e nome importante nas eleições de 2010, tendo cerca de vinte milhões de votos.

 

Campos se apresenta com “coragem pra mudar o Brasil” e aborda que tem experiência e, como fez parte do governo Lula, tenta a todo custo ficar associado ao governo do ex-presidente, onde foi ministro junto com sua vice Marina. Penso que, caso chegue a um eventual segundo turno é o que pode trazer mais “perigo” à reeleição da presidente Dilma.

 

OS DEMAIS – O pastor Everaldo, Eymael e Levy Fidelis estão na disputa apenas para apresentarem à nação ou consolidar a “fama” de candidatos. Luciana Genro apresenta-se como uma candidata de opinião, igualmente como fez Plinio Sampaio em 2010, mas com poucas possibilidades de conseguir emplacar seu discurso.

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