24
outubro

Cobertura especial – O Julgamento do caso Flânio


Começam as etapas de julgamento dos acusados de cometer crime que chocou todo o país

Grande operação policial foi montada pra trazer os quatro acusados até o fórum de Brejo da Madre de Deus. Fotos: Thonny Hill.

 

Na tarde desta quarta-feira (23), foi realizada a primeira de uma série de audiências relacionadas ao julgamento dos acusados de matar o garoto Flânio Macedo.

 

O garoto foi morto no mês de julho de 2012, em um ritual de magia negra e o caso chocou todo o país.

 

Um verdadeiro esquema foi montado pela polícia para isolar o quarteirão próximo ao fórum e foram ouvidas as testemunhas de acusação e de defesa, mas os quatro principais envolvidos no crime, Edilson da Costa Silva (“Pai Dení”) , Ednaldo Justo dos Santos (“Pai Nal”), Genival Rafael da Costa (“Pai Véi”) e sua esposa Maria Edileuza, não foram ouvidos.

 

Entenda todo o caso, clicando AQUI.

 

Acusados só serão ouvidos em dezembro, afirma juíza de Brejo

 

Em entrevista concedida ao blog, a juíza de Brejo da Madre de Deus, Dra. Marcyrajara Arruda (foto acima) , falou sobre o resultado da audiência.

 

“Existem ainda pessoas que serão ouvidas através de carta precatória e estamos esperando chegar. No dia 13 de novembro terá outra audiência para a oitiva de testemunhas relacionadas a ré (Maria Edileuza). Os acusados provavelmente serão ouvidos agora em dezembro porque temos que exaurir toda a prova testemunhal, pois ainda faltam provas da defesa”, destacou.

 

“Espero que eles sejam punidos com a pena máxima”, relata delegado a frente do caso

Dr. Antônio Dutra.

 

Em entrevista concedida ao radialista Agnaldo Silva da Rádio Polo FM, o delegado titular de Brejo da Madre de Deus, Dr. Antônio Dutra, falou sobre o resultado dessa primeira audiência.

 

De acordo com o delegado, a justiça está sendo feita e que o inquérito do crime foi bem construído, o que diminui as chances de argumentos que possam levar a defesa a inocentar os acusados.

 

Dr. Antônio Dutra rebateu afirmações de familiares de “Pai Nal” e “Pai Deni”, que juram a inocência de seus parentes.

“Eles não conhecem do processo e não podem argumentar uma coisa que não tem conhecimento. A prova foi tanta que a justiça ratificou o nosso trabalho e eles estão presos há um ano e três meses e não houve relaxamento de prisão (…). Espero que eles sejam punidos com a pena máxima”.

 

Inquérito policial tem várias falhas importantes, afirmam advogados de defesa

 

Advogados Washington Cadete Junior e Alexandre Almeida acreditam na absolvição dos acusados.

Em entrevistas concedidas ao blog, advogados de defesa de Edilson da Costa Silva (“Pai Dení”), Ednaldo Justo dos Santos (“Pai Nal”) e Genival Rafael da Costa (“Pai Véi”), falaram que a audiência teve resultado positivo e que nenhuma das testemunhas ouvidas corroborariam com a acusação.

 

De acordo com o Dr. Washington Cadete Junior, que defende Edilson da Costa Silva e Ednaldo Justo dos Santos, o procedimento de inquérito policial cometeu vários erros como a falta de um exame de DNA e de coleta de digitais que relacionassem os acusados ao crime.

 

“Não foi feito isso e a defesa lamenta. Não somos a favor do crime, mas sim do justo processo legal”, destacou.

 

Ao fim da audiência, os acusados foram conduzidos de volta para os presídios nas cidades de Pesqueira e Buíque.

 

 

Um Comentário

  1. Brunno Ricelli disse:

    sou estudante de direito, mas ñ consigo entender como ainda existem pessoas (os 2 “advogados”) que conseguem fazer a defesa desses demônios, esse tipo de profissional é que enoja o judiciário deste país.

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