09
abril

Artigo – Por Adriano Oliveira


A OPOSIÇÃO NO CAMAROTE

 

Neste instante, não precisa existir oposição ao governo Bolsonaro, pois o próprio governo é situação e oposição em instantes diferentes. Porém próximos. Considero como oposição ao governo Bolsonaro as seguintes agremiações partidárias: PT, PSB, PSOL, PDT e PCdoB. Automaticamente, na mente do eleitor, o PT é a antítese do bolsonarismo, o qual não tem partido. O bolsonarismo independe da legenda. É semelhante ao lulismo.

Com exceção de pronunciamentos contrários à reforma da Previdência proposta por Paulo Guedes, a oposição está em silêncio, dorme. E pode continuar. As duas viagens internacionais do presidente Bolsonaro criaram polêmicas. Em particular, a ida a Israel. O presidente conseguiu contrariar todos os atores interessados.

Na condução da reforma da Previdência, o chefe do Executivo, Bolsonaro, insiste em não fazer política. O ministro da Economia, Paulo Guedes, sofreu com a solidão na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. Na última quinta-feira, o presidente Bolsonaro recebeu os presidentes dos partidos. Decisão correta. Mas em seguida, informou que não negociou cargos e nem negocia. Ora, certamente, variados deputados indagam: Por que apoiar este governo?

O desempenho do Ministério da Educação é sofrível. Até o instante, as notícias que de lá chegam fazem referência às demissões. Não existe, ainda, nenhuma proposta de política pública para a melhoria dos indicadores educacionais e de expansão e qualificação do ensino superior público e particular.

O presidente Bolsonaro reverenciou o golpe militar. Tal reverência trouxe repúdios. Produziu noticiário negativo. Polemizou. No Carnaval, festa admirada por milhares de brasileiros, o chefe do Executivo optou por postar um vídeo que também polemizou. De acordo com a empresa Diálogo Institucional e Análise de Políticas Públicas (Em Maria Cristina Fernandes, Valor Econômico), o governo Bolsonaro cumprirá apenas 20% das metas estabelecidas para os 100 dias de governo.

Portanto, por que cobrar da oposição? Até o instante, o atual governo não requer oposição. Pois o governo é autofágico, despreza a política, cria polêmicas, não tem líderes na Câmara para lhe defender, e governadores eleitos com o bolsonarismo, como João Dória e Wilson Witzel, sugerem que estão dispostos a abandonar o barco. Quem precisar acordar é o governo. Não é a oposição.

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