07
julho

Exemplo


Jovens cientistas do Agreste dão primeiros passos

 

Estudantes de escola estadual de Santa Cruz do Capibaribe participam de projeto idealizado por professora.

 

Observar, entrevistar, comprovar hipóteses, usar linguagem científica, escrever artigos e participar de congressos. Atividades imprescindíveis no ensino superior são pouco comuns nas escolas públicas. Uma das exceções é a Escola de Referência em Ensino Médio Luiz Alves da Silva, em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste. Quando concluem o ensino fundamental, estudantes da escola começam a dar os primeiros passos para a iniciação científica.

 

A pesquisa foi adotada como ferramenta didática pela professora de geografia Valdiana Gonçalves, 37 anos, nove deles dedicados à rede estadual de ensino. Depois de trabalhar conteúdos como recursos hídricos, resíduos sólidos e saneamento básico em sala de aula, Valdiana ensina os estudantes a planejar e executar trabalhos científicos.

 

“Após o contato com a teoria, eles vão fazer pesquisas de campo nas ruas da cidade para analisar, por exemplo, a qualidade da água dos poços artesianos da cidade ou para monitorar a presença de resíduos sólidos no Rio Capibaribe”, explica a professora.

 

Depois de coletarem os dados, os estudantes, com idades entre 15 e 18 anos, escrevem artigos científicos. Algumas  produções chegam a ser apresentadas em congressos. “O principal objetivo do projeto é aproximar os alunos da academia. Quando chegam ao ensino médio, eles sentem que o ensino superior é algo muito distante deles, veem a universidade como um bicho-papão. Quero desmistificar isso”, ressalta a professora.

 

Além de possibilitar que os adolescentes aprendam os conteúdos do currículo escolar, a professora estimula os estudantes a se tornarem mais autônomos. “Passei a ver o meio ambiente de forma diferente, além de ter percebido que posso pesquisar como um estudante de nível superior”, conta Adriel Nascimento, 16.

 

Fonte: Diário de Pernambuco.

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