A principal vantagem do cartão de crédito está na possibilidade de se aproveitar sua característica de cobrança futura para adquirir, agora, um produto ou serviço. Ao comprar algo com o cartão, levamos imediatamente o bem para casa e o pagamento só acontecerá na chegada da(s) fatura(s), podendo ainda o valor total ser parcelado, no ato da compra, junto à loja ou prestador de serviço.
Isso significa consumir antes, pagar depois.
CARTÃO DE CRÉDITO. ALIADO OU VILÃO?
O que aconteceria se deixássemos uma criança pequena se aventurar com um martelo e alguns pregos? Ela certamente se machucaria, simplesmente porque não está preparada para usar a ferramenta martelo para lidar com o produto prego. Algum problema com a ferramenta em si? Não. E com o produto? Também não. Fica óbvio, que o problema não é a ferramenta, nem o produto, mas a falta de prática e conhecimento para usá-los.
Ao optar pelo cartão de crédito para realizar um negócio, precisamos estar cientes de que o valor negociado será cobrado e, portanto, precisa estar programado em nosso controle financeiro. O crédito associado ao cartão é parte da ferramenta e não significa dinheiro extra, mas simplesmente poder comprar, consumir e deixar o pagamento para uma data futura – que deverá ser respeitada.
Indivíduos organizados frequentemente centralizam seus gastos no cartão de crédito. Fazem isso por razões simples:
“ENTÃO O CARTÃO DE CRÉDITO É UMA MARAVILHA”
Não, não é. Longe disso. Como toda ferramenta, o cartão também tem seus problemas. Não por acaso, seu maior atrativo é também sua maior armadilha. As facilidades impostas pelo uso diário do cartão implicam em uma das mais altas taxas de juros cobradas no sistema financeiro mundial. Usar o crédito disponível e não honrá-lo integralmente no vencimento da fatura significa dar início a um processo perigoso de endividamento.
Confira uma lista simples dos juros cobrados por alguns dos muitos cartões disponíveis hoje em dia:
Exemplos rápidos
Suponha que você tem uma fatura de cerca de R$ 1.500,00, valor que extrapolou seu orçamento – e você nem percebeu por aproveitar a comodidade do cartão nas compras – e então você decide que pagará, neste mês do estouro R$ 500,00. O problema é que você estará pagando multa, juros + impostos sobre estes R$ 1.000,00
A próxima reflexão iremos usar o exemplo intermediário de 13,42% ao mês. Se você ficar “arrastando” a dívida de R$ 1.000,00 por um ano (12 meses), o valor devido ao final deste período será de R$ 4.581,35. Se deixar rolar e esperar 2 anos (24 meses), o valor subirá para R$ 20.537,68.
Conclusão: usar o crédito rotativo oferecido pelos bancos emissores dos cartões é um dos erros mais perigosos que um cidadão pouco informado pode cometer. Se é esse o seu caso, pare imediatamente de usar o cartão, ligue para o banco e negocie o pagamento do saldo devedor em parcelas – de forma a pararem a cobrança de juros. Se não der certo, faça um empréstimo consignado ou pessoal (CDC) do valor devido, pague a dívida e inutilize seu cartão até que o empréstimo seja quitado .
Como não parar para rever nossas decisões diante de números e casos como esses?
A verdade é que o cartão de crédito não é para todo mundo. Porque é simples, é caro. Porque é caro, deve ser motivo de muita análise. O cartão de crédito pode ser seu aliado? Pode. Pode arruiná-lo? Pode. A diferença? Educação financeira!
gostei muito de ler essa matéria me ajudou ate nos trabalhos que tou fazendo pra faculdade,
parabens por essa matéria.
Vc e uma pessoa de bom coração