07
junho

Série: Violência Silenciosa


 

Os filhos também são vítimas de violência doméstica, principalmente, a violência  psicológica

 

 

Os filhos acabam sendo ameaçados constantemente, sejam agredidos fisicamente ou não. As crianças são vítimas de violência psicológica, já que muitas vezes presenciam as agressões.

 

 

“Só o fato daquelas crianças crescerem naquele lar, em que ele vê, constantemente, uma relação de violência, uma relação de agressividade. Muitas vezes não só de violência física, mas violência sexual. A violência psicológica eles são vítima constantemente. A violência moral também, porque esse homem xinga essa mulher na frente dos filhos. Essa criança, independente de apanhar ou não, ela já passa por esse tipo de violência”, aponta a psicóloga Verônica Valadares.

 

 

Um dos maiores problemas encontrados nesses casos, é o fato de a mulher acreditar que mesmo com toda a violência sofrida nessa casa, a melhor opção para criar os filhos é a presença daquele pai. “Eu já vi muitas vezes a mulher dizer “não, ele tem que cuidar dele porque ele é o pai. Ninguém vai cuidar dele como o pai”. Então você tem que ficar presa a ele por causa disso, mas não é verdade. Às vezes tem homem que, independente do laço sanguíneo, cuida muito melhor do que aquele pai que está ali, agredindo, expondo essa criança o tempo inteiro”, exemplifica Verônica.

 

 

A psicóloga explica ainda que esse tipo de violência é o mais difícil de trabalhar porque está dentro de casa, faz parte de um ambiente em que os envolvidos construíram sonhos e expectativas de vida. Acontece em todas as classes sociais e pode se perpetuar na família.

 

 

“Muitas vezes é o filho que faz isso com a mãe. Ou então é a filha que começa a ter um relacionamento que é a repetição desse relacionamento que a mãe teve. A violência doméstica é algo que afeta a família toda. Ou realmente as mulheres começam a mudar essa atitude, e quando eu falo às mulheres não é só a vítima, toda a sociedade de uma forma geral, começam a ver isso realmente como um problema”, alerta a especialista.

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