Dezessete produtores rurais de Santa Cruz do Capibaribe realizaram no Sítio Magana, zona rural de Santa Cruz do Capibaribe, um protesto contra o Governo Federal, o motivo é a demora da assinatura ao programa da Lei em subsídio ao preço do milho para os produtores do Nordeste. O preço do milho, principal alimento do gado subiu mais de 100% desde que o Governo Federal cortou os subsídios do produto.
De acordo com Joás Cardoso, que faz parte da equipe de criadores de cabras leiteiras da zona rural de Santa Cruz do Capibaribe, o protesto ocorreu pela demora na liberação e devido a seca, em que os agricultores da região estão enfrentando.
“Esse protesto é em relação a situação que todos nós produtores rurais do Nordeste, estamos atravessando. Nós já estamos entrando no quarto ano de seca e de contrapartida, o Governo Federal nos vira as costas , por conta que, existe um projeto do programa de subsídio através da Conab sobre a venda de milho a preço de balcão, mas infelizmente só foram liberados até 2013 e desde o ano passado, o Governo Federal virou as costas para nós produtores rurais” – desabafou.
O agricultor explicou que a medida prejudicou diversos produtores da região e que a presença da cochonilha acabou com toda a palma, o que dificultou ainda mais a manutenção do rebanho.
Joás Barbosa ressaltou que teria entregue uma reivindicação através de um ofício ao senador Humberto Costa (PT), porém até o momento não obteve nenhuma resposta.
“Através da Associação dos produtores rurais, nós entregamos em mãos um ofício ao senador Humberto Costa e até hoje esperamos uma resposta, pois já faz mais de 90 dias e até agora nada” – finalizou.
Os subsídios permitiam à Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) oferecer milho para os produtores de pequeno porte a preços mais baratos. Porém, desde que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, suspendeu o Programa de Vendas em Balcão da Conab, o preço do produto passou a seguir como referência o valor médio de comercialização no mercado.