Uma auditoria especial realizada pelo Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) apontou que o estado tem o pior índice de disponibilidade hídrica do Brasil. O levantamento, divulgado nesta quarta-feira (19), foi feito para identificar os principais problemas que afetam o abastecimento de água no Agreste.
Além da escassez natural por falta de chuva, o tribunal afirma que 50% da água encanada que é servida pela Compesa, se perde em vazamentos de tubulações e adutoras.
A disponibilidade hídrica é o resultado da quantidade de água acumulada nos reservatórios, dividida pela quantidade de moradores. O resultado obtido em Pernambuco é de 1.270 metros cúbicos de água para cada habitante. Por ano, cada pernambucano recebe pouco mais de 100 mil litros de água, o menor índice do Brasil.
De acordo com o TCE, dos 107 reservatórios monitorados em Pernambuco, 66 estão em situação de colapso, com menos de 10% da capacidade total. Das 71 cidades do Agreste, 70 decretaram situação de emergência ou calamidade pública.
Compesa
O presidente da Compesa, Roberto Tavares, afirma que o governo investiu R$ 8 bilhões, desde 2006, em obras que vão resolver o problema da falta d’água em Pernambuco. Ele também disse que o cronograma das obras foi prejudicado, porque o trabalho depende de recursos federais.
Prazos
Relator da auditoria, o conselheiro do TCE-PE Dirceu Rodolfo disse, no entanto, que o governo estadual não pode depender de recursos federais para resolver o problema da falta d’água, principalmente em cidades do Agreste. Foi dado um prazo de 30 dias à Compesa e a Secretaria de Planejamento e Gestão de Pernambuco para apresentar ao tribunal uma defesa e um plano de ação.
Informações do G1 Pernambuco.