07
julho

Desencontro de informações faz pessoas esperarem horas na fila em policlínica municipal


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Por volta das 10h40, cerca de 30 pessoas já aguardavam na fila, muitos desde a madrugada – Fotos: Thonny Hill

Na manhã desta quinta-feira (07) nossa equipe foi procurada por pessoas que usam dos serviços da policlínica Dr. Valter Aragão, em Santa Cruz do Capibaribe.

A procura se deu após uma suposta mudança no horário de distribuição de fichas para marcação de consultas para exames de ultrassom de vários tipos e também, segundo algumas gestantes, a longa espera para conseguir uma delas para marcar tal exame, que são feitos no dia seguinte na mesma unidade de saúde.

Nos dirigirmos policlínica e, ao chegarmos no local por volta das 09h, cerca de 20 pacientes já aguardavam na fila. Segundo populares que lá estavam, o número seria em torno de 40, já que a metade, que chegou horas antes (inclusive durante a madrugada), teria saído para tomar café.

IMG_4740Uma dessas gestantes, Rosa Maria de Andrade Silva (29 anos), afirmou que lhe foi repassada a informação de que tais fichas seriam distribuídas a partir das 07h, fato que, segundo ela, fez com que a mesma chegasse as 02h30 para tentar garantir uma das 10 senhas disponíveis para marcação do exame para as gestantes.

“Eles me falaram ontem que as fichas seriam distribuídas as 7h, que as 7h era para eu estar aqui porque quem fazia o horário é o paciente que chega. Hoje, nos disseram que seria as 12h. Estão esperando a diretora da unidade chegar, para tentar resolver a situação” – disse.

Rosa também questionou sobre a quantidade de fichas disponíveis. De acordo com ela, apenas 10 para gestantes seria um número muito baixo frente a demanda. Outras gestantes, que não quiseram gravar entrevista, também reclamaram da suposta mudança de horário para a distribuição de senhas.

IMG_4738Já o paciente Marcelo Tributino da Silva (33 anos) questionou sobre, segundo ele, o longo tempo de espera para se receber uma senha.

“A gente chega aqui de 4h ou 5h para esperar aqui abrir, por volta de 7h. Na hora de chegar, eles só querem nos dar a ficha de meio dia, para que possamos voltar as 15h para fazer a marcação. Isso é um descaso. Se é para dar a ficha, porque não pode dar a mesma quando a policlínica abrir?!” – disse, questionando também a quantidade de fichas que são passadas..

Reunião interna deve ser realizada para apurar de onde saiu desencontro de informações

Em entrevista com a diretora da unidade, Juliana Feitosa, foi questionado o porquê da divergência de horários quanto a distribuição das fichas, alegada pelas gestantes.

De acordo com ela, há mais de 60 dias houve a mudança de horários para a distribuição das fichas para a marcação de exames de ultrassom, que antes eram de 07h e passando agora ao meio dia. Ainda segundo a mesma, o novo horário é tratado com frequência com os pacientes que lá buscam o atendimento.

“O pessoal começa a chegar mais cedo e, para essas pessoas irem almoçar, nós entregamos as fichas ao meio dia. Faz mais de 60 dias que esse é o procedimento nosso. Com a mudança. Que antes era de 7h a entrega das fichas, a população vinha, dormia aqui, existia a formação de filas desde a meia noite e achamos isso desleal” – disse.

Já sobre a divergência nos horários, ela disse:

“Vou fazer uma reunião interna com todos para saber, porque todos os funcionários da policlínica Valter Aragão já sabem e, tendo em vista os avisos de que a marcação é as 15h e a entrega de fichas é ao meio-dia” – disse.

Forma de marcação não tem previsão de mudanças, diz diretora

Questionamos também a diretora se haveria alguma forma prevista para a mudança nesse atendimento, de modo a diminuir ou eliminar as filas. Também questionamos se haveria alguma uma previsão para contratação de mais profissionais para a realização dos exames.

IMG_4755Sobre os dois pontos, ela respondeu:

“Temos sim. É um serviço que vai ser melhorado. Desde que esses (exames de) ultrassom vieram para cá, percebi a necessidade de um novo profissional só que, para isso, temos que sentar, organizar, ter noção da demanda, do quanto tem aumentado. Antes tínhamos três postos de saúde funcionando, mas agora temos 18. São reuniões que são marcadas mensalmente na secretaria de saúde e estamos amadurecendo muitas ideias, principalmente nesse sistema de marcação. Tomara que, logo, essas ideias que temos sejam colocadas em prática na questão de marcação (de consultas), ou por telefone ou pela internet… Estou aguardando o pessoal da secretaria (de Saúde) me passar mais novidades” – pontuou.

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