15
fevereiro

Artigo – Por Adriano Oliveira


A incerteza eleitoral

 

adriano oliveiraNeste primeiro semestre, o Tribunal Superior Eleitoral deverá julgar ação do PSDB contra a chapa presidencial Dilma Rousseff e Michel Temer. Esta chapa poderá ser condenada por utilização de recursos ilícitos para o financiamento da campanha eleitoral ocorrida em 2014. Caso a condenação aconteça, ocorrerá eleição presidencial este ano. E esta eleição poderá ser simultânea a eleição para prefeito.

 

Qual será o comportamento do eleitor, caso ocorram eleições simultâneas para prefeito e presidente da República? Esta indagação é estratégica, pois é possível especular sobre a nacionalização das campanhas eleitorais. Ou seja: o eleitor, independente do tamanho do eleitorado municipal, escolherá o seu candidato a prefeito considerando a sua escolha para presidente da República.

 

Se o eleitor do município X vota em Y, ele escolherá para presidente da República, o candidato Z, em razão de que este é apoiado por Y. Ou em virtude de que Z apoia Y. Sendo assim, a simetria do voto existirá. Se a simetria do voto existir, os candidatos do PT ao cargo de prefeito serão fortemente prejudicados, pois a conjuntura nacional tende a ser caracterizada pela presença maciça de eleitores refratários aos competidores do PT nos âmbitos municipal e federal.

 

Porém, alerto que as eleições municipais são costumeiramente desnacionalizadas. Entretanto, tal característica é explicada pela não coincidência das eleições para presidente e prefeito. Desta vez, tal coincidência poderá ocorrer. Assim sendo, a (1) nacionalização da disputa municipal e a (2) municipalização da disputa nacional são eventos que podem acontecer.

 

Outro dado relevante: em razão da insatisfação com a classe política e com a gestão da presidente Dilma, eleitores poderão estar revoltados e optarem pela mudança. Se assim vier a ocorrer, eleitores votarão pela mudança nas eleições para presidente e para prefeito. Tal raciocínio revela a possibilidade já apresentada, qual seja: a nacionalização da disputa municipal.

 

Esclareço o raciocínio exposto: eleitores, majoritariamente, tendem a optar pela mudança no âmbito nacional. Desejam romper com a ordem estabelecida, a qual é representada pelo PT, Lula e Dilma. Tal desejo é transportado para a eleição municipal. Com isto, os eleitores também optarão por candidatos de oposição ao prefeito que deseja a reeleição.

 

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