25
fevereiro

Coluna


Os Espinhos da Vida

 

Escrevendo aos Coríntios (II Co. 12:01-10), o apóstolo Paulo, descreve sua experiência de vida junto ao seu Senhor. Do versículo 01 ao 06, apresenta-se como tendo recebido da parte do Eterno visões e revelações.

 

Suas revelações diziam respeito às doutrinas do Evangelho. Ele foi arrebatado à presença de Deus, ou como disse, “foi arrebatado ao Paraíso”. Apesar da grandeza do privilégio, Paulo não faz disso a base fundamental do seu ministério. Ele pregava a cruz!

 

Do versículo 07 ao 10, narra sua experiência com Deus envolvendo o “espinho na carne”. Esse tema tem gerado muitas especulações. Comentaristas inclinam-se para um problema físico, possivelmente nos olhos, ou perseguições por parte de seus opositores. Seja o que for, incomodava demasiadamente, pelo que, chamou de “mensageiro de satanás”, e orou por três vezes para que lhe fosse retirado. Mas o Senhor lhe disse: “A minha graça te basta”.

 

Como no caso de Jó, Satanás pode ser o executor da ação, mas Deus é o autor. Ele é a causa primeira e última da experiência que redundará em bem, crescimento e amadurecimento da fé. Ele é o Deus soberano, Senhor de tudo e todos!

 

O relato de Paulo leva-nos a pensar sobre nossos próprios espinhos. Não nos esqueçamos, que os espinhos são pedagógicos, nos ensinam belíssimas lições. Portanto, vejamos o que aprendemos com os Espinhos da Vida:

 

1. Eles são permitidos por Deus com propósitos específicos (vs.07,09). O espinho era pra ele não se exaltar com a grandeza das revelações. O espinho foi descrito como uma espécie de remédio contra o orgulho espiritual. O que Deus poderá fazer com nossa vida de espinhos?

 

(1) Poderá tirar os espinhos de nós; (2) Poderá nos tirar dos espinhos (levando-nos); (3) Poderá derramar graça sobre graça para enfrentarmos a vida e os espinhos.

 

2. Eles não podem interromper nossa caminhada cristã (vs.09,10). Paulo propõe que seguirá na caminha com contentamento, mesmo traspassado por espinhos. Os grandes heróis da fé sempre foram homens de dores, nem por isso recuaram.

 

Jesus nunca prometeu vida fácil pra ninguém! Muito pelo contrário, disse que não tem onde reclinar a cabeça; que o seu caminho é estreito, apertadíssimo, e que na vida, é preciso negar-se a si mesmo (Mt.7,8,16).

 

3. Eles não fazem acepção de pessoas (v.10). Eles atingem, inclusive, os mais consagrados servos de Deus, aqueles vivem por amor a Cristo, à exemplo de Paulo. Observe I Pd.5:09. Os espinhos são coletivos e democráticos, são de todos. As mais belas flores têm espinhos em seu calcanhar.

 

Foi assim com David Brainerd, David Livingstone, Charles Spurgeon, consagrados e abnegados pregadores, cheios de fraquezas, cheios de espinhos.

 

4. Eles são da terra (v.10). Eles restringem-se à este mundo. Aqui surgem, aqui ficam! O apóstolo experimentou isso na realidade da vida, sentindo-se inúmeras vezes fraco, debilitado, em perseguições e angústias. O consolo está na redobrada graça experimentada. Os espinhos passarão (Ap.21:04).

 

Na terra tem Getsêmani, no céu tem consolo eterno. Na terra tem coroa de espinho, no céu tem coroa de glória. O mundo passará… Assim seja!

 

As opiniões aqui expressas são de responsabilidade de seus idealizadores e não refletem, necessariamente, a opinião deste veículo de comunicação.

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