20
junho

Estúdio I – Entrevista reveladora


Hospital nos moldes do Mestre Vitalino não veio para Santa Cruz do Capibaribe devido as desavenças de Eduardo Campos e José Augusto Maia, afirma Toinho do Pará

Toinho afirmou que tinha conhecimento desse projeto de construção de um hospital em Santa Cruz desde 2009. Fotos: Elivaldo Araújo (Arquivo).

Em entrevista concedida no programa Estúdio I, da Polo FM, o ex-prefeito e candidato a deputado estadual Toinho do Pará (PHS) falou sobre vários assuntos relacionados a sua vida pública.

 

O político respondeu as recentes declarações ditas por Ernesto Maia (PSL) quanto a ele (Toinho) abdicar de seu atual projeto político em prol do grupo Taboquinha, para ser o candidato a federal nas eleições em uma eventual desistência de José Augusto Maia (PROS).

 

Outros pontos respondidos por Toinho foram o desafio feito pelo deputado estadual Diogo Moraes (PSB) em relação à viabilidade de sua candidatura e revelar seus apoios em outras cidades, além da insatisfação com José Augusto Maia em declarar apoio às duas pré-candidaturas a estadual pelo grupo e uma polêmica ainda maior: a não vinda de um hospital, nos moldes do Mestre Vitalino (inaugurado em Caruaru) por conta de desavenças políticas entre Eduardo Campos e José Augusto Maia.

 

Confira os principais pontos da entrevista:

 

Resposta ao desafio feito por Diogo Moraes

 

Questionado sobre esse desafio feito pelo deputado socialista, Toinho assegurou que sua candidatura tem viabilidade, graças à formação de uma “chapinha” composta por três partidos.

 

Toinho citou que, ao contrário de Ernesto, que fez uma contabilidade de votos esperadas em vários municípios, não faz a conta de quantos votos terá em cada cidade, mas afirmou que espera ser votado em mais de 100 municípios.

“Tem 10 deles que se encarregam com uma votação maior, que é Santa Cruz do Capibaribe e a região metropolitana. Santa Cruz vem em primeiro”, citou, completando que precisa obter 30 mil votos para ser reeleito.

 

Questionado sobre quantos votos Toinho espera ter em Santa Cruz, o político foi evasivo e preferiu não se pronunciar, mas espera que comerciantes e segmentos mais simples da população possam dar sua contribuição ao seu projeto eleitoral.

 

Hospital nos moldes do Mestre Vitalino não veio para Santa Cruz por causa de desavenças entre Eduardo Campos e José Augusto Maia, afirma Toinho

 

Durante a entrevista, Toinho afirmou que um hospital, nos moldes do Mestre Vitalino, não veio para Santa Cruz do Capibaribe devido as desavenças políticas de Eduardo Campos com José Augusto e completou que chegou a conversar com Antônio Figueira (Secretário de Saúde do Estado) sobre o assunto e relatou que existiria um projeto para a edificação dessa unidade hospitalar aqui no município.

 

Toinho ainda revelou que sabia dessa informação desde quando assumiu a prefeitura, em 2009.

 

“Se você visse discurso de Eduardo Campos no encerramento do meu comício, lá de frente do (hospital) Souza Aragão (atual Materno Infantil), ele, justamente, toca no sentido do hospital: ‘Vamos fazer o hospital tão esperado’. De lá para cá, eu passei quatro anos falando, pedindo, mostrando… E sentimos que, de momento, ele (o hospital) foi para Caruaru”, afirmou.

 

Ainda questionado se alguém teria passado essa informação da desavença de Zé e Eduardo, de maneira oficial, Toinho respondeu:

“Não era uma informação direta, mas por tabela, a gente sente que tinha alguma coisa. Porque esse hospital não veio para Santa Cruz?! O meu pensamento de ir para a Assembleia é, justamente, mostrar a necessidade desse hospital, porque a gente precisa”.

Desavença entre Eduardo e José Augusto teve implicações na não instalação de faculdades públicas em Santa Cruz

 

Aumentando ainda mais a polêmica, Toinho afirmou que a desavença entre os dois políticos teve implicações na não instalação de um campus da UPE no município e também no da UFPE.

“Teve alguma coisa que segurou, segurou… No meu pensamento, o que eu sinto é essas coisas: essa certa desavença entre Eduardo e José Augusto que, aí, Eduardo empanca por um lado, José Augusto pelo outro… É preciso que a gente ‘desempanque’ agora com Armando Monteiro”.

 

Possibilidade de se candidatar a federal, em caso de desistência de José Augusto

 

Nesse ponto, Toinho afirmou crer que José Augusto Maia será candidato a reeleição, mas completou que, no caso de uma eventual desistência, quem deveria assumir a responsabilidade de ser o federal pelo grupo seria Ernesto Maia.

 

“Se Ernesto não quiser, nós vamos ver. Eu estou pronto para o diálogo da gente ver quem seria o outro (nome a) deputado que viria para cá. Vamos conversar com José Augusto e vamos ver. Eu sou candidato a deputado estadual, eu já disse e minha candidatura não é fictícia, não é de brincadeira”, frisou, completando que não tem idade nem estrutura financeira para bancar essa mudança.

 

“Eu queria que Zé Augusto tivesse tido coragem e tivesse escolhido um”, sobre apoio às duas pré-candidaturas

 

Toinho mostrou sua insatisfação quanto ao grupo ter dois nomes para a disputa a estadual. O político f=citou como exemplo que, se fosse perguntar ao vereador Zé Elias (PTB) ou a outros vereadores sobre em quem eles votariam, o assunto já lhe causa constrangimento.

“Para mim, é a mesma coisa de um pai dizer: ‘Ó… Tem dois irmãos… Um vai para o céu e outro para o inferno’. Isso não existe, foi muito ruim para nosso grupo político. Eu queria que Zé Augusto tivesse tido coragem e tivesse escolhido um, mas já que não pode, escolhesse Ernesto… Porque a gente ia trabalhar ou ia juntar meu povo, me aquietar, e dizer que vamos votar em Ernesto ou, se eu achasse que tinha condições, iria fazer minha campanha, mas não. Ficou dois e isso é muito ruim, a gente está pagando um preço alto e ainda vamos pagar muito mais por isso”.

 

Toinho citou que pessoas chegariam para ele e diziam que todos os vereadores do grupo estão com Ernesto, mas discordou, citando que deles, sem citar nomes, também estariam em seu apoio.

 

Obras inacabadas em seu governo, inauguradas por Edson Vieira

 

Nesse ponto, Toinho afirmou que detalhes fizeram com que muitas obras, que deveriam ter sido entregues em seu governo, fossem inauguradas pela atual gestão.

 

Como exemplo, ele citou as 335 casas do “Minha Casa, Minha Vida”, que não foram entregues por problemas na caixa d´água que abastece o local. Já sobre a quadra de Poço Fundo, Toinho citou que faltavam apenas a pintura e o portão, além do açougue público, que á está pronto, mas que não foi entregue porque a feira próxima ao açougue público municipal não foi transferida por falta do piso.

 

Se ele subirá junto com Ernesto Maia em palanque único

 

Questionado por um dos ouvintes, Toinho citou que as duas candidaturas postas e registradas, iria definir se subiria em palanque único.

 

“Ainda vamos ver como é que vamos fazer. Isso ai é coisa para o futuro, pois vamos ver como vai se definir essa candidatura de José Augusto e, automaticamente, da majoritária com Armando Monteiro e como vamos fazer os palanques aqui em Santa Cruz”.

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