03
abril

Grupo de lutadores vivencia momentos de terror em mais um assalto por quadrilha armada na BR-104


Um dos lutadores conseguiu fugir do assalto e segue desaparecido, afirma motorista

Motorista mostra local onde pegou um dos tiros – Fotos: Thonny Hill

Na manhã desta segunda-feira (03) a equipe do Blog entrevistou Davi Chaves Oliveira (41 anos), motorista de uma van que transportava lutadores de jiu-jitsu de Santa Cruz, Caruaru e Bom Conselho, grupo este que foi alvo de assalto na BR-104.

O grupo, formado por 15 pessoas, vinha de Natal (RN) foi rendido por bandidos fortemente armados nas proximidades da cidade de Alcantil (PB) onde, de acordo com o motorista, os bandidos, usando de uma caminhonete Frontier, de cor preta, já chegaram atirando.

Segundo Davi, logo após pararem, três criminosos entraram no veículo e começaram a revista na busca de pertences, um deles inclusive com uma arma apontada para sua cabeça, mas teriam ficado frustrados ao perceberem que a van não era ocupada por compradores de confecções.

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Os momentos de terror

De acordo com o motorista, o grupo foi levado para uma estrada de terra e ficaram reféns dos bandidos por cerca de quatro horas. Davi falou sobre as ameaças feitas pelos criminosos.

“Eles pensaram que éramos compradores que estavam vindo para Santa Cruz. Quando eles viram que não éramos, ficaram indignados e diziam que não éramos para estar passando ali; aquele negócio todo… Fizeram pressão psicológica; um dizia que fazia tempo que não tinha matado um, que não deu tiro, que queria escutar o tiro do (revólver) 38. Que todos eles atavam armados com 9mm, com escopeta… Foram momentos de terror. Era o pessoal orando, sempre pedindo para que nada acontecesse” – disse.

Ainda segundo o mesmo, os bandidos afirmaram que só liberariam o grupo quando conseguissem assaltar outra van, mas não tiveram sucesso.

Em destaque, locais dos tiros

A revolta do grupo

Um fato que chamou a atenção é que, logo após liberados, policiais militares da Paraíba chegaram a ser acionados e afirmaram que o registro da ocorrência deveria ser feito, pelo motorista, na delegacia em Santa Cruz, já que eles tiveram documentos e outros pertences levados.

Ao chegarem à delegacia, teriam recebido a negativa da autoridade policial local que, segundo Davi, os teria recomendado a prestar queixa pela internet ou ir até Campina Grande (PB). O fato causou revolta ao grupo.

“Saímos de lá, do cárcere privado, no meio do mato… Passar por tudo o que a gente passou e ao chegar na delegacia para prestar queixa… Queríamos um Boletim de ocorrência para resguardar cada um dos atletas e a minha pessoa, porque temos celulares e documentos na mão de bandidos e todo mundo sabe o perigo que é. O policial disse que não podia fazer nada porque isso aconteceu próximo a Alcantil e é outro estado, que era para sair para Campina Grande. A incoerência da autoridade é o fato de eu ter que pegar o carro, juntamente com todos sem documento, para ir em Campina Grande para prestar uma queixa e ter o boletim. Oras, se formos parados por blitz, até provar que fomos assaltados, não temos nada” – desabafou.

O motorista relatou ainda que um dos lutadores conseguiu fugir da ação criminosa, pulando da van ainda em movimento. Traremos mais detalhes em instantes.

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