01
julho

Avó de criança brutalmente assassinada relata momentos da tragédia familiar que chocou o agreste


“Ele disse: Pode correr, vai morrer mesmo! Eu disse: Não mate a menina, que ela é inocente” – afirma avó de criança brutalmente assassinada

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Ao lado da criança, avó relata momentos de terror vivenciados no dia dos crimes – Foto: Arquivo.

Em entrevista concedida ao repórter policial Fernando Lagosta, a senhora Maria do Carmo Ferreira Alves (51 anos), uma das vítimas da tragédia que terminou com uma criança de três anos e oito meses brutalmente assassinada, deu sua versão para o caso.

A tragédia familiar aconteceu no final da tarde do último domingo (26) quando Ashley Yasmin Ferreira da Silva foi assassinada, enquanto dormia, em uma residência em um assentamento no Sítio Algodão, zona rural de Taquaritinga do Norte. A criança, que residia em Santa Cruz do Capibaribe, foi sepultada dois dias depois.

A assassino, segundo a polícia, é o companheiro da avó, identificado por José Antônio dos Santos Irmão (conhecido por “Dadá”), que ainda segue foragido. Ele matou a criança com uma facada no pescoço.

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O que aconteceu no dia da tragédia

De acordo com a vítima, ela e o companheiro estavam conversando, normalmente, dentro da casa. José teria pedido um beijo a companheira, que teria negado por estar fazendo o almoço e, em seguida, o mesmo teria se dirigido para um bar. Horas antes, os dois teriam ido vender animais em uma feira no Sítio Jerimum, também no município.

Então, já depois de ter almoçado com o pai, José Gomes Ferreira Neto (de 80 anos – que também é bisavô da criança), ela teria se arrumado e ido a igreja evangélica junto com a criança e o pai.

Após retornar, pouco tempo depois, José Antônio teria ido até um dos quartos e relatou detalhes das agressões.

“Ele colocou a cabeça na porta do quarto e disse: ‘Almoçando agora, minha linda?’ e eu disse: ‘Estou comendo um comezinho para eu tirar o leite das cabras para dar aos bodinhos com você’ e ele disse: “Não, eu só vim aqui conversar com você, dar um ponto final da nossa vida”. Agora rindo, uma coisa… Eu acho que era o capeta mesmo nele. Eu disse: ‘Porque assim?!’ e ele disse: ‘Botei a panela no fogo e vou cortar sua orelha’. Quando vi o cabo da faca, eu disse: ‘Papai, Dadá está com uma faca e vai me furar’. Aí, papai falou de lá: ‘Meu Deus, esse homem bebe e vem atribular’. Aí, ele disse: ‘Cala a boca velho’ e virou-se para o lado de papai para furá-lo. Quando ele se virou para furar papai, que foi na porta do meu quarto, bem pertinho, distância de centímetros… Quando eu escutei o ‘uuuuuuuuu (gemido)’ de papai, eu me levantei. Furou papai, me derrubou e começou a me furar. Ele dizia: ‘Já matei o velho e agora vou matar você também’. E furando, furando, e eu me ensanguentando… Eu acho que consegui pegar nas partes (intimas) dele e consegui correr. Ele disse: ‘Pode correr, vai morrer mesmo!’. Eu disse: ‘Não mate a menina, que ela é inocente’” – disse.

Em seguida, a mulher teria conseguido chegar à frente de casa para pedir ajuda para ela e o pai, a um dos vizinhos e depois, quando ele teria fugido, a criança já foi localizada morta.

Segundo a avó, Ashley Yasmin era uma criança extrovertida e tinha o desejo de ser veterinária quando crescesse. Já o pai, ainda continua internado no Recife, com recuperação lenta e, segundo ela, ainda não sabe que a bisneta foi assassinada.

Ela também relatou que tinha um relacionamento conturbado com Antônio, que ficava agressivo quando bebia.

Confira a entrevista na íntegra:

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