17
maio

Em Santa Cruz – Vigilância Sanitária realiza interdições e expõe impasse entre comerciantes na Praça de Alimentação


Fotos: Thonny Hill e Fernando Lagosta

Na noite desta quarta-feira (17), vários quiosques da Praça de Alimentação, em Santa Cruz do Capibaribe, foram alvos de uma operação feita por fiscais da Vigilância Sanitária.

De acordo com as informações, os fiscais estavam a procura de estabelecimentos que apresentassem irregularidades em seu funcionamento, entre elas a falta de água corrente nos lavatórios para realizar a manipulação de alimentos, assim como a limpeza e higienização correta dos utensílios usados e também de seus proprietários e colaboradores.

Ao todo, quatro estabelecimentos foram interditados por não estarem de acordo com as normas determinadas, em especial a falta de água corrente.

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Ação foi alvo de críticas

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A interdição nos locais acabou virando motivo de críticas por vários dos comerciantes, até mesmo de alguns que não tiveram seus estabelecimentos fechados.

De acordo com eles, o problema da falta de água é constante na Praça de Alimentação, fato que, de acordo com os mesmos, é intensificado graças a um impasse que existe entre os que comercializam lanches e os que vendem café da manhã e almoço na modalidade self-service.

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O impasse

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Comerciantes que trabalham com lanches afirmam que a responsabilidade de encher a cisterna presente no local, que abastece uma caixa de água com cerca de 5 mil litros e que deveria levar água para os 32 quiosques existentes, seria de todos.

Para tanto, existia uma espécie de rateio entre eles, mas tudo teria mudado a partir do momento que teria sido dada, pela Prefeitura Municipal, uma autorização para que alguns comerciantes trabalhassem também com a venda de cafés da manhã e almoço.

Segundo esses comerciantes de lanches, o gasto de água pelos que trabalham com a modalidade self-service seria muito maior do que os que trabalham com lanches, o que não compensaria o rateio. A fala de todos os que protestaram pode ser evidenciada por um deles:

“Trabalhamos, na maioria, com utensílios que são descartáveis. Vou dizer o meu caso: só tenho que lavar meu liquidificador em cada vez que faço um suco ou uma vitamina e minhas mãos e pia antes e depois de manusear algum alimento. Já quem trabalha diferente, tem que lavar pratos, talheres, bandejas, panelas… E tudo isso direto. Eles querem ratear a água por igual e não acho isso certo. Falta alguém da prefeitura vir aqui e determinar isso” – resumiu Joseval de Moura, comerciante de pastéis.

Ainda segundo Joseval, antes se gastava uma média de 03 caminhões pipa por mês, mas que, com a implantação do self-service, o gasto teria se elevado para até 15 mil litros de água por semana.

Já comerciantes que trabalham com selfie service alegam discordar das afirmações e, segundo eles, atendendo a outras orientações feitas pela vigilância há cerca de 20 dias, a maioria já colocou, em cima de seus estabelecimentos, caixas de água de 1000 litros para garantir o fornecimento em cada quiosque.

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Tentamos gravar com comerciantes de self-service, mas os que foram procurados por nossa equipe não quiseram gravar entrevista. Já o fiscal Marcos confirmou o impasse:

“Foi constatado que aqui estava sem o uso de água corrente, de água na torneira e isso não é permitido pena vigilância estadual e municipal. Estamos fazendo esse trabalho há mais de um mês e conversamos com todos. Existe aqui um problema muito sério de desentendimento entre eles. Existe uma caixa de água que serviria para alimentar todos os pontos mas, infelizmente, por desencontro deles, não teria esse entendimento e foi proposto, por eles, que cada um coloque sua caixa de água individual. Para a vigilância, não interessa se é caixa individual, mas essa resistência não pode ficar acima da lei” – disse.

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O que mais diz a Vigilância Sanitária

Ainda de acordo com um dos fiscais, os locais interditados seriam liberados para continuar suas atividades assim que houvesse a regularização dos locais por parte de seus proprietários.

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Prefeitura também foi criticada pela falta de água na praça

Um fato que chamou a atenção é que vários comerciantes fizeram críticas a prefeitura. O argumento seria de que a água que deveria ser usada para garantir a limpeza dos banheiros deveria ser colocada pela mesma, mas segundo eles, isso não vem sendo realizado com a frequência necessária.

Verificamos a cisterna do local e a mesma estava vazia.

Entramos nos banheiros e notamos que os locais estavam limpos, mas a água para ser jogada no vaso ou para se lavar as mãos após o uso estava armazenada, de forma improvisada, em recipientes plásticos.

3 Comentários

  1. renan disse:

    Seria interessante também que a vigilância sanitária fizesse uma fiscalização nos restaurantes e lanchonetes do moda center, principalmente agora da alta temporada de vendas.

  2. Salette disse:

    O MODA CENTER tem que haver um fiscalização, os donos dos restaurantes deixa a comida descoberta principalmente os bolos só tem mosca, e uma verdadeira nogueira, a central de feira já vir comercialização de rapaduras descoberta, e as moças fazendo a festa, carne podre.

  3. Maria José disse:

    Náo sei como a vigilância sanitária deixa aqueles self service da praça de alimentação funcionar , todos cheios de comida exposta sem tampa, levando poiras e fumaça de carros e moscas e sem higiene nenhuma, uma vergonha.

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