O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin autorizou a abertura de um inquérito para investigar o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) na Operação Lava jato.
O senador conseguiu 18.771 votos em Santa Cruz do Capibaribe, nas eleições de 2014, apoiado pelo grupo de situação.
Segundo o Ministério Público Federal, há suspeita de que ele tenha cometido os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro com base nas delações premiadas de ex-executivos da construtora Odebrecht.
As investigações apontam que a propina teria sido destinada ao senador, quando era secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, em 2014. À época o estado era governado por Eduardo Campos. O montante, chegaria a R$ 2 milhões.
Bezerra Coelho já é alvo de denúncia no STF, apresentada em outubro do ano passado, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por irregularidades na construção da refinaria de Abreu e Lima. Ele também responde a outros dois inquéritos abertos a partir das delações da Odebrecht.
Ainda não há previsão de quando a denúncia será analisada – a segunda turma terá que decidir se transforma ou não o parlamentar em réu.
“A defesa do senador Fernando Bezerra Coelho, representada pelo advogado de Andre Luís Callegari, afirma, em primeiro lugar, que não foi comunicada oficialmente sobre abertura de inquérito e desconhece o teor do pedido da PGR. Acrescenta ainda que os conteúdos das delações dos ex-executivos são absolutamente inverídicos.
A defesa do senador reforça que todas as doações feitas à campanha dele cumpriram rigorosamente a legislação e todas as contas foram devidamente apresentadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.
Todas as contas do período em que Fernando Bezerra Coelho ocupou o cargo de Secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e presidente do Complexo Portuário de Suape foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE).
O senador afirma que sempre trabalhou, única e exclusivamente, pelo desenvolvimento do país e do estado de Pernambuco, e está à disposição para esclarecer quaisquer questões no devido momento processual”.
Com informações do G1