02
fevereiro
Índices de violência e baixo efetivo policial em Santa Cruz são levados à tribuna
Uma das principais pautas de embate na tribuna da Câmara de Santa Cruz, no retorno das sessões ordinárias, se deu em torno da violência no município.
O vereador de oposição Marlos da Cohab questionou ‘o que melhorou, na área, em 5 anos da administração Edson Vieira’.
“Essa bancada chorou encima de um palanque. Edson criticando a segurança (da administração Toinho do Pará), perguntando se Santa Cruz estava satisfeita. E agora eu pergunto, o que foi que melhorou?”, indagou.
Marlos estendeu suas críticas ao governo do estado. Mesmo com uma operação especial de fim de ano, para reforçar a segurança em dias de feiras na região, o vereador afirmou que vários assaltos continuou acontecendo em toda cidade.
O vereador Júnior Gomes (PSB) rebateu e disse que o adversário seguia o ‘discurso fácil, jogando pra galera’.
“Indo por esse lado, tenta distorcer os vários fatos que estão contidos nessa problemática”, falou o socialista, acrescentando que o problema é amplo, envolvendo fatores enraizados socialmente, desemprego e até o poder judiciário.
Sobre a operação de fim de ano, Júnior argumentou que foi algo ‘jamais visto na região’ e lembrou dos concursos públicos realizados para polícia civil e militar que tendem beneficiar todo o estado.
O oposicionista Capilé sustentou que o efetivo policial atual é totalmente desproporcional ao município.
“Tem 18 policias diários e 3 viaturas para 110 mil habitantes”, disse, acrescentando que a segurança havia sido feita apenas em dias de feira.
Por fim, o petista Deomedes Brito também entrou na discussão, ‘frisando que resolver não é fácil, mas tendo boa vontade política, pode agilizar muito’.
Ele acredita que um dos caminhos para amenizar o problema, a curto prazo, é instituindo a Polícia Amiga nos bairros e dividindo a cidade em áreas de atuação e rondas constantes.